22.5.08

A EXPO PERMANENTE


Para "aliviar" vagamente da selecção, o regime "comemora" os dez anos da Expo. Uns dias antes da coisa abrir, a Maria Filomena Mónica, na Gulbenkian, num colóquio sobre "Europa e Cultura", disse o essencial sobre o "evento" para grande incómodo de muitos dos presentes: circo para o povo. A "lógica" dos "eventos democráticos" continua nas suas formas mais absurdas e alienantes. Espero que a selecção perca rapidamente nos primeiros jogos e volte para casa, indo os jogadores às suas vidinhas frívolas pagas a preço de ouro. Um povo que aceita a presente canga dos combustíveis e que, pelo contrário, continua a encher depósitos e a falar para as televisões em "indignação" e "pouca vergonha" como se estivesse a comer bolachas Maria à espera do próximo jogo, é um povo que merece tudo o que lhe acontece. Circo. É só mesmo do que precisa e que se lhe deve dar. Viva a Expo permanente.

16 comentários:

Nuno Góis disse...

Completamente de acordo.
Cada povo tem aquilo que merece, e se este não luta por mais...
Para já hoje só se falará de Cristiano Ronaldo e Nani, quanto ao mais, o português ainda acredita que o futuro a Deus pertence não fazendo quase nada para alterá-lo.

E como o futebol dá jeito a estes politicozecos que nos (des)governam.

Anónimo disse...

Vamos ver,o busílis não está na Selecção ou no gosto do povo por futebol.
Não podemos esperar que a generalidade das pessoas gaste mais que 5 minutos na vida a pensar em problemas sérios.
Isso nunca aconteceu e alguma coisa há-de sempre prender a preferência do populacho.
A grande questão está em não afastar para o cidadão simples sem instrução,o ónus da decadência clara da nação.
Conhecemos os causadores e pergunta-se se numa sociedade com dez milhões de habitantes não existem pessoas com um elevado grau de instrução que tenham honestidade e coragem para enfrentar e afrontar a quadrilha de mentecaptos que nos parasitam descaradamente.
O povo simples sempre foi fácil de ludibriar,tem um temor reverente pelos poderosos.
Onde estão,pois,os intelectuais e homens-bons deste país?
Pois...têm medo de perder as mordomias e empurram para os pobres de espírito a responsabilidade de enfrentar os saqueadores da era moderna!

Anónimo disse...

"pão e circo"
"heil führer! saudam-te os que vão passar fome"
o 1º diz que a culpa é do governo anterior porque anda há 3 anos a fazer turismo.

Anónimo disse...

«se a merda valesse dinheiro, pobre nascia sem cu»

Rui Fonseca disse...

O povo não será lá grande coisa mas os intelectuais que vivem por perto também não se distinguem por aí além.

Destaco do seu post

"Um povo que aceita a presente canga dos combustíveis (...) é um povo que merece tudo o que lhe acontece."

Ora eu pertenço a esse povo que v. vilipendia e fico esperançado que, escrevendo-lhe esta nota, receba da sua parte uma ideia, uma proposta, uma sugestão, um empurrão, que me indique o caminho a seguir.

Para que possa merecer qualquer coisa melhor.

Se tem alguma ideia, claro. Prometo retribuir.

Anónimo disse...

Retrato edificante.
Do papel do «circo» na Roma do início da decadência, já sabemos há muito.
Quanto à «selecção» (de quê e de quem?), que perca ràpidamente. A bem do combate à alienação. Se é que é possivel (na sociedade pós-moderna da Lusitânia). Outro circo.
Quento ao pôvo, entretido entre telenovelas e centros comerciais ao fim de semana,
continua irreformável.
A bem das elites que o exploram. E por quem é abusado mal e porcamente.
Excepto quando emigra.
JB

Anónimo disse...

"Espero que a selecção perca rapidamente nos primeiros jogos e volte para casa, indo os jogadores às suas vidinhas frívolas pagas a preço de ouro."
:)
finalmente alguém que diz exactamente aquilo que eu desejo: que eles percam rapidamente e que vão bugiar para as suas quintas de ouro

catarina

LUIS BARATA disse...

E o Pavilhão de Portugal meu caro João ? Esse belo símbolo da mentalidade portuguesa-construir é preciso, usar não é preciso.
Por mim, que lá se faça um Bingo,pois casino já temos...

Anónimo disse...

Sr. JG:

Talvez seja bom fazer propostas ou liderar a revolta contra a subida de combutíveis...

Apontar as falhas de um povo maioritariamente analfabeto é fácil... E a prinipal causa radica na longa noite Salazarista, no "orgulhosamente sós"...

De qualquer maneira, se todos tivéssemos o seu nível cultural isto seria uma grande monotonia...
E quem faria o trabalho sujo?...

Anónimo disse...

Para estas ocasióes há um gesto eminentemente catártico; sintonizar o canal Mezzo!

Anónimo disse...

O princípio enunciado, adapta-se perfeitamente à realidade!!!
O País vive desde o 25 da silva, com balões oxigénio!!!
1) Gastaram o que havia nos cofres
2) Fmi, emprestou..., foi-se!!!
3) CEE/UE, subsidia..., até!!!
4) Prec!!!
5) Nacionalizações!!!
6) Corrupção!!!
7) Má-governação!!!
As que faltam, são a continuação do sumário anterior!!!
Não aprenderam com as dez pragas no tempo dos faraos!!!

Anónimo disse...

Este blog é alguma terapia de grupo ou estão apenas a jogar batalha naval?

Anónimo disse...

francisco, ao menos o Botas tem as costas largas, para isso e para mais ainda.

fado alexandrino. disse...

E o Pavilhão de Portugal meu caro João ? Esse belo símbolo da mentalidade portuguesa-construir é preciso, usar não é preciso

Segundo especialista o Pavilhão não pode ter qualquer uso pois está mal feito arquitectonicamente.
Precisa de tais obras que era melhor deitar abaixo e construir de novo.
A pala que custou balúrdios dá a sombra mais cara da Europa.

Anónimo disse...

qualquer coisa está muito mal nesta democracia com cerca de 35 anos, para que ainda alguém aponte a causa dos nossos males ao Doutor Salazar.

Anónimo disse...

Afirmar-se que a mentalidade tacanha, quase a roçar pela imbecilidade, de grande parte do povo português é consequência absoluta da governação do grande estadista que foi o Professor Salazar, que teve de ser ditador, denuncia um ódio que não se extingue.
Ora, Salazar já dizia que o povo português não tinha sentido critico,era desprovido de autonomia mental, impressionável e que queria ter tudo sem dispender o trabalho necessário para o obter.
Quando foi para o governo o povo já era assim.