28.5.08

FEIRA CABISBAIXA

Passei rapidamente pela feira do livro de Lisboa. E tive saudades da feira de quando andava no liceu e na universidade. Em editoras com patine há fotos de gente que nunca vi e que passam por escritores que coexistem com "casos" como o "pai afectivo" da Esmeraldinha. A "zona demarcada" da LeYa, com seguranças e meninos e meninas "fardados" com a "marca", é digna de uma feira do livro em El Salvador. Tudo tem, em geral, um ar pindérico. Nem o tempo ajuda. Por pouco mais de dois euros, "trouxe" um Eduardo Prado Coelho que não tinha. Aquilo é tudo menos o "fio da modernidade" do título do livro. É apenas triste.

3 comentários:

Anónimo disse...

barracas cheira-me a pinderiquice socialista.
a feira vem a perder interesse para mim. talvez por me especializei demasiado e tive de comprar fora do pais ou encomendar. vou oferecendo à bnp pode ser que tenham segundos leitores.
detestava o pc
a propósito de patine lembro Malraux quando se atiraram a ele por querer limpar os monumentos de Paris. com o seu sarcasmo terá dito «não é patine, é merda». assim vai a feira

Anónimo disse...

Apenas triste é, também, o faltar ao respeito à Juíza, ao Tribunal, pelo Ferreira Torres ; foi um "insulto à Justiça".

E, na minha óptica, o insulto à Justiça, dentro da 'casa' onde se aplica e define, em pleno julgamento, é um grave crime social, uma atitude e postura inadmissíveis e, até, intolerável mesmo em países ditos de desenvolvimento primário.

Ferreira Torres foi "advertido" pela srª. magistrada : "outro", no mínimo, seria preso.

Igualdade ... aqui ... em Portugal ... é o que não falta !

Nuno Castelo-Branco disse...

Pindérica... Bom, a feira é útil, nem que seja para mostrar aos mirones de domingo que os livros existem. E há que reconhecer que existem muitas livrarias neste país. Se as edições são pequenas, enfim, muito há a dizer, mas de facto, quem se interessa, frequenta esses "antros elitistas" de ociosidade :) E nem me parece que as grandes superfícies que vendem alegadas obras menores, sejam inúteis. pelo contrário! Já vemos gente a ler no Metro e isso não me parece de todo negativo. É uma novidade.