O dr. Mário Soares - que há dias "revelou" ter visto as "botas" de Salazar quando tinha 16 anos e que saiu de uma barbearia de S. Tomé a saltar de alegria quando soube do hematoma do então presidente do conselho - não apreciou a prédica de Cavaco sobre o "estatuto" do sr. César. Soares queria que o Presidente falasse sobre "os males da existência" tais como, presume-se, o governo que ele apoia ou a "bolha" (sic) do imobiliário, problemas que, segundo o dr. Soares, "os portugueses sentem na carne". Todavia, o dr. Soares não só desconfia tanto da bondade da intervenção presidencial como da capacidade de entendimento dos ditos portugueses. Ao afirmar que "a questão que o Presidente levantou é de natureza político-constitucional e, na fase em que se encontra, cabe ao Parlamento agora pronunciar-se e não aos portugueses em geral", Soares parece querer dizer que há matérias - as "transcendentes" e "políticas" como estatutos autonómicos e os poderes presidenciais - que só o quentinho parlamentar está em condições de delucidar. Como escreve o Dr. António Sousa Homem no livro ali à direita, «não há portugueses, propriamente ditos; há uma série de pessoas que vive em Portugal.» O dr. Soares é um membro dessa "série de pessoas". Vive cá e tem uma opinião sobre tudo, "em geral", e sobre Cavaco, em particular. Da derradeira vez que a manifestou, obteve menos de quinze por cento dos votos dos "portugueses em geral". É isso que vale a sua opinião.
15 comentários:
É verdade. Muitos disseram o mesmo em jornais, nas rádios e nas televisões. Segundo muitos (cito de cor) "aquele tipo de conversa não interessa" ou "não é conversa para o povo". É uma conversa "demasiado técnica". Pior ainda, a maioria dos especialistas que enchem as televisões e os jornais são do povo. Em Portugal há o povo (o povão) e há políticos e seus satélites: é o que existe.
Além de que, estando completamente cheché, já só dejecta inanidades.
Mas tem por si a RTP, o DN e o mais que se sabe, porque a palhaçada, neste País, continua a render.
Não gosto que desqualifiquem o Mário Soares.
Temos que apreciar o seu esforço. Ele tem evoluído muito. Desde que entrou activamente na política, em 1974, quando a sua cultura se resumia a uns filmes de juventude; a cultura política não passava de dizer mal do Botas e na glorificação a H.Delgado; até aos dias de hoje; em que já consegue ter um discurso escorreito, a sua evolução só pode considerar-se notável.
Deveríamos, isso sim, falar da involução daqueles que glorificaram a sua incipiente cultura de antanho e desprezam a evolução do seu crescente traquejo.
Soares gosta de falar. Gosta de protagonismo, de aparecer. É assim e sempre foi. Fala sobre tudo mesmo que não saiba o que está a dizer (o que, regra geral, é o acontece) e acredita mesmo que as pessoas ainda o ouvem.
É como diz o outro: Não interessa que digas merda, o que interessa é que a digas com convicção-
Olhe que não, olhe que não dr. Gonçalves...
Soares, com a sua aparente leveza, representa - aliás, é - o "português médio" (perdoe-se a inevitável generalização simplista), com todos os seus conhecidos vícios e fraquezas...
A isso acresce, a meu ver, que tem outras características que o português médio não possui ainda, designadamente a atitude optimista e um "faro" (um farol...) capaz de captar o que aí vem a médio prazo, ainda que o faça sem aquela "aparelhística" sofisticada que os "cientistas sociais" contidos em todo e cada um dos "fazedores de opinião" cá do burgo sempre exigem de uma forma tão higiénica e pressurosa...
De toda a forma, "bater" no dr. Soares é, queira-se ou não, "bater" um pouco que seja em cada um de nós...
Com o ódio e desprezo que aí grassa relativamente às "elites" (perdoe-se novamente a generalização simplista) alguém acredita mesmo que algo de mais profundo interessa aos veraneantes deste estio que a carteira e os créditos bancários a galope: "abertura de um precedente mediante a modificação por lei infra-constitucional do regime jurídico da dissolução dos órgãos da R.A.Açores" ??
Francamente, como "representante de todos os portugueses", parece-me que o sr. PR se estará apenas a querer representar a ele próprio e à peoa que a posteriori veio a surgir no jogo partidário...
Dê-lhe a mãozinha, Sr. Presidente, que a coxinha precisa de ajuda para caminhar...!
Que edificante, Dr.ª Manuela Ferreira Leite! Fingir de morta para com nada correr riscos enquanto o árbitro força faltas aos adversários!! Meus sinceríssimos parabéns!
O sr. Soares prometeu digo bem prometeu que a ida de Cavaco Silva para o Palácio de Belém iria produzir um enorme chorrilho de desgraças para o nosso país, isto para além do projecto de poder pessoal que Cavaco inevitavelmente iria implantar e afinal, nos tempos que correm, vem escrever um artiguelho sobre a oportunidade de uma mensagem televisiva.
Coitado de quem não é capaz de estar calado nem tem vergonha na cara.
Há muito que estou cheio de Soares.
a opinião do dr. soares vale mais que os 15% da última votação. vale também os milhares que incomoda de cada vez que fala e que o atacam logo a seguir, provocados e incapazes de resistir.
Enoja-me o Sr. Soares, e só lamento é que, apesar de não ser monárquico (não sou monárquico como também não tenho qualquer simpatia pela república. Porque não é com a mudança de regime, o que está sobejamente provado, que o país se safa; é com a mudança do Homem), não estarmos em monarquia para ouvir o rei, fosse ele qual fosse, dizer-lhe: porque não te calas meu fala barato.
O Sr. Soares é calão (julgo que nunca trabalhou a sério), vaidoso, gostando de se sentir o centro de todas as atenções. Ambiciona estar sempre por cima, a mandar e não gosta de perder. Quando tal acontece bolsa disparate nojento.
Já se esqueceram do "discurso de dona de casa"? Eu não.
O Dr. Soares tudo há-de fazer para acabar com os últimos resquícios do império que ele sempre se ocupou a afundar. Daí a menor importância que ele manifesta quanto ao facto de uma Assembleia maioritariamente composta por licenciados em direito ter aprovado um diploma eivado de inconstitucionalidades, Mais grave (se houvesse ainda alguma coisa grave neste país) quando ele já ocupou o cargo de "guardião" da lei fundamental.
Uma vez mais, o Dr. Soares não perde a oportunidade para destilar o seu ódio de estimação ao Prof. Cavaco. Considerando-se o mais ilustre representante vivo dos espíritos iluminados da 1ª República que tão funestas consequências trouxeram para o País, obviamente que não poderá jamais aceitar alguém que tem mais a ver com o rigor daqueles que fizeram a 2ª república. Aguardo com imensa curiosidade o programa dos festejos que irão celebrar o centenário republicano.
Nada mais natural que o Barbosa elogie a "razão" e a "lucidez" do Soares.
São coisas que manifestamente lhe faltam a ele, Barbosa, no seu constante deambular pelos blogues alheios propagandeando o próprio.
ora muito bem, caro joão gonçalves, permita-me avisá-lo que está errado. o mário soares é uma voz lúcida neste portugal esvaziado de sentido. aliás, estes seus postes, de rejeição primária, só fazem que o seu blogue se inunde da maior parte dos comentáios que gravitam em cima do meu.
um abraço,
jose ricardo
Subscrevo inteiramente o que diz
Caústico Said...de facto assim é
mas não é ele o culpado mas sim os
média que lhe andam sempre a lam-
ber as botas por dá cá aquela
palha, não sei como se pode dar
tanta importância a este homem,
pedante, vaidoso e que em parte
é ele o grande culpado pela des-
graça deste país, com a sua demo-
cracia e liberdade, não falando
do desastroso processo se desco-
lonização. Cheguei a chamar a
este país (portugal dos soares).
Um era o PR, outro presidente
da CML, outro presidente da CVP.
Existe um ódio muito grande nes-
te homem, por isso agora adopta
o sistema do "toca e foje".
Fomos todos ludibriados...
ta cheche mas la vai levando parte donosso IRS um individuo destes que nunca trabalhou. E a bonaca CU a acompanha? Meu rico dinheiro.
Que Mário Soares tenha faro, é coisa que não afirmo porque ainda o não considero um cachorro. Mas que se sabe governar e bem, lá isso sabe.
Quando viu que o seu pseudo-socialismo podia fazê-lo perder um tacho presidencial, meteu-o simplesmente na gaveta.
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