... uma "posta" para ler na Grande Loja. Em complemento, este pequeno "contributo" que deixei no site das Novas Fronteiras, na "área" do "Conhecimento, Inovação e Qualificação, na qualidade de ex-membro do conselho directivo do Teatro Nacional de São Carlos. Trata-se da recuperação e da actualização de um tema aqui abordado aquando da saída de Pedro Roseta do Ministério da Cultura.
A Cadeira Inesperada: Dois Anos de Ministério da Cultura
O que é que se pode dizer destes quase três anos da prestação da "coligação" no Ministério da Cultura? Eu julgo que nem a dita consegue fazer qualquer "balanço". Os dois consulados, chefiados por duas amáveis e cultas criaturas como Pedro Roseta e Maria João Bustorff, saldam-se genericamente por um imenso buraco negro. Sempre preocupados com o dinheiro que não ousaram ou que não conseguiram conquistar "politicamente" no Orçamento de Estado, quase tudo se resumiu à mercearia e ao direito. Pergunta-se pelo pensamento e pela ambição para o sector e não se encontra rigorosamente nada. Amaral Lopes, o primeiro solitário secretário de Estado, viveu o seu mandato em permanente frenesim legislativo. Mesmo naquilo que estava bem - os diplomas orgânicos do teatros nacionais, por exemplo -, Lopes insistiu em mexer. Teresa Caeiro, como sabemos, não conta. Está entretanto em estágio, no D. Maria, o regime SA para os teatros, coisa muito bonita à vista desarmada, mas que não deixa de depender do eterno e único "sócio maioritário", o OE. Os museus estão praticamente exangues e moribundos. O "cinema nacional" resmunga e desconfia da lei de Amaral Lopes, sendo certo que sempre assim seria. O CCB angustia-se financeiramente e a Casa da Música é o que se sabe. A obsessão "fusionista" dos institutos ficou incompleta, à excepção, também ainda em estágio, do Instituto das Artes, entregue ao diletante Dr. Cunha e Silva. Outras audácias jurídicas ficaram a meio, alguns propósitos anunciados não saíram do papel e a intriga barata fervilhou nos gabinetes. Roseta e Bustorff passaram "ao de leve" pelo Palácio da Ajuda onde ocuparam uma cadeira inesperada, algo em que manifestamente se transformou o Ministério da Cultura nestes últimos anos. Uma vez que os próximos tempos não se anunciam fáceis, ao menos que haja ousadia para redefinir as prioridades políticas, concedendo à "cultura", enquanto factor de qualificação da cidadania, o papel que imperiosamente lhe cabe num novo e diferente rumo para o país.
A Cadeira Inesperada: Dois Anos de Ministério da Cultura
O que é que se pode dizer destes quase três anos da prestação da "coligação" no Ministério da Cultura? Eu julgo que nem a dita consegue fazer qualquer "balanço". Os dois consulados, chefiados por duas amáveis e cultas criaturas como Pedro Roseta e Maria João Bustorff, saldam-se genericamente por um imenso buraco negro. Sempre preocupados com o dinheiro que não ousaram ou que não conseguiram conquistar "politicamente" no Orçamento de Estado, quase tudo se resumiu à mercearia e ao direito. Pergunta-se pelo pensamento e pela ambição para o sector e não se encontra rigorosamente nada. Amaral Lopes, o primeiro solitário secretário de Estado, viveu o seu mandato em permanente frenesim legislativo. Mesmo naquilo que estava bem - os diplomas orgânicos do teatros nacionais, por exemplo -, Lopes insistiu em mexer. Teresa Caeiro, como sabemos, não conta. Está entretanto em estágio, no D. Maria, o regime SA para os teatros, coisa muito bonita à vista desarmada, mas que não deixa de depender do eterno e único "sócio maioritário", o OE. Os museus estão praticamente exangues e moribundos. O "cinema nacional" resmunga e desconfia da lei de Amaral Lopes, sendo certo que sempre assim seria. O CCB angustia-se financeiramente e a Casa da Música é o que se sabe. A obsessão "fusionista" dos institutos ficou incompleta, à excepção, também ainda em estágio, do Instituto das Artes, entregue ao diletante Dr. Cunha e Silva. Outras audácias jurídicas ficaram a meio, alguns propósitos anunciados não saíram do papel e a intriga barata fervilhou nos gabinetes. Roseta e Bustorff passaram "ao de leve" pelo Palácio da Ajuda onde ocuparam uma cadeira inesperada, algo em que manifestamente se transformou o Ministério da Cultura nestes últimos anos. Uma vez que os próximos tempos não se anunciam fáceis, ao menos que haja ousadia para redefinir as prioridades políticas, concedendo à "cultura", enquanto factor de qualificação da cidadania, o papel que imperiosamente lhe cabe num novo e diferente rumo para o país.
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