Não é habitual neste blogue "dizer-se bem". Soube, no entanto, pela revista Visão, que o procurador-geral adjunto António Rodrigues Maximiano deixou a direcção da Inspecção Geral da Administração Interna. O "silêncio" do estranho dr. Sanches, o ainda ministro, quanto à renovação da comissão de serviço daquele magistrado, terá levado Maximiano a "juntar" os anos todos que dedicou ao serviço público e a partir. Não é meu costume falar aqui da minha pessoa, mas quero deixar uma palavra de agradecimento. Devo ao dr. Rodrigues Maximiano, apesar de algumas naturais divergências de circunstância, os melhores anos da minha vida profissional e a gratidão do privilégio de com ele ter colaborado nos primeiros e fabulosos anos da construção da IGAI. Rodrigues Maximiano pôs de pé uma estrutura do Estado português responsável, entre outras missões, pelo controlo da actividade policial e pela salvaguarda dos direitos de cidadania. A IGAI - agora que tanto se fala da "reforma da administração pública" - é um bom exemplo de como um organismo público pode simultaneamente servir com inteligência, eficácia e sentido de oportunidade os cidadãos e funcionar de uma forma flexível, aberta, criteriosa, "não sovietizada" e não burocratizada, inteiramente ao arrepio da maneira como a maior parte das instituições públicas funcionam.
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