O primeiro-ministro introduziu um novo "tema" na campanha. Aparentemente deixou de estar preocupado com as eleições propriamente ditas. Saltou já e directamente para o dia 21 de Fevereiro. Ao admitir que pode "perder em toda a linha" e com ele arrastar todo o PSD, Lopes está claramente a dizer lá para dentro que vai vender cara a derrota. Santana Lopes vai fazer disto o seu privado "Titanic". Se ele se afundar, não vai perdoar e vai querer tudo e todos bem lá no fundo frio, com ele. Sente-se rodeado pelo terrível e ameaçador silêncio do partido "altivo" que assiste no 1º balcão e de camarote a este espernear inconsequente. Quanto mais Lopes é "PPD", mais o partido "altivo" reclama a devolução do "PSD". Santana Lopes entra na campanha que agora começa oficialmente como um homem acossado. E um homem acossado, particularmente da "natureza" de Santana, é um homem perigoso. Para ele próprio e para os que o cercam. Até a serenidade do voto resolver esta questão, haverá um dramático crescendo de sobressalto e uma indeclinável pulsão para o abismo. O anúncio disto emergiu em todo o seu esplendor com o recurso a um verbo que não fazia parte do léxico de Santana: perder. Eu, que modesta e pessoalmente o estimo, tenho pena de estar a assistir a esta patética queda de um anjo.
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