No quentinho da sua tendinha desmontável, Paulo Portas falou de contratos assinados pelo ministério da Defesa por causa da Bombardier e das chaimites. Das feiras para a tenda, passando pelo austero edifício da Avenida da Ilha da Madeira, Portas arruma convenientemente tudo no mesmo saco. Costuma juntar as OGMA e os estaleiros de Viana do Castelo. No fundo, Portas quer assegurar a respeitabilidade definitiva da sua pequena seita. Diz ele que quaisquer dez por cento servem. E espreme-se para a "classe média" depois de ter passado os últimos anos a desprezá-la. Só lhe interessa verdadeiramente estar no poder. Ou melhor, continuar. Portas exibe-se na tenda, nos estaleiros ou nas feiras como se viesse doutra galáxia para salvar a pátria com os seus risíveis mapas azuis e amarelos. Convém, pois, no domingo, demonstrar-lhe pelo voto que ele já cá estava há três anos e que não se recomenda de todo. Para, de uma vez, guardar a tenda e meter, por uns tempos, a sua irritante " viola no saco".
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