10.11.09

A QUATRO MÃOS

Gabriela Canavilhas - que nos garantiu que o chefe do governo está muito interessado na "cultura" e que o OE ia reflectir isso mesmo - respondeu a três perguntas do jornal i. Eles perguntam-lhe que "novidades" traz o OE à cultura e ela responde que "recusa os discursos miserabilistas" porque o que é preciso "é arregaçar as mangas e transformar o pouco em muito para termos um novo olhar sobre a cultura." E repete, não fosse dar-se o caso de nos termos esquecido: "é preciso transformar o pouco em muito." Isto é uma mera derivação do "fazer mais com menos" que tantas nulas alegrias trouxe ao seu irrelevante antecessor Pinto Ribeiro. Como num mau concerto para piano a quatro mãos.

3 comentários:

Anónimo disse...

Esta teoria do "fazer mais com menos" pegou de estaca no discurso político, como se fosse a solução para tudo o que não está bem. Relembro bem o meu prof. Gestão Industrial ( hoje em dia com enorme sucesso a gerir uma empresa nos antípodas, após ter sido "escorraçado" da elite universitária por não concordar com a concordata de gestão à portuguesa de inspiração pseudo-liberal):
"Pode gerir o mesmo, com menos dinheiro, pode-se optimizar o mesmo output com menos dinheiro; nunca se pode ter maior output com menos dinheiro. Há custos necessários, abaixo dos quais, só se consegue é ter uma mediocridade produtiva e o risco da falência a pairar. Quem disser o contrário,está a falar em histórias da carochinha"

Anónimo disse...

A ideia deve ter sido inspirada pelo caso dos camiões de sucata à tonelada: mais com menos. Daqui a pouco a cultura chega a Luanda.

Garganta Funda disse...

É como eu tinha dito anteriormente.

A DrªGabriela Canavilhas deveria ter ficado nos Açores.

Aturar um país repleto de sucata e entulho cultural não deve ser tarefa fácil.

Uma outra razão será a inscrição no seu futuro curriculum a participação num Governo da República sob a batuta do Zézito (só poderá prejudicá-la no futuro).

Segundo a minha modesta opinião, Portugal merece para gestão da sua "cultura", não uma personalidade como a actual Ministra da Cultura, mas sim um empreiteiro; ou um fadista do Bairro Alto ou ainda um sucateiro qualquer.

Drª Gabriela, volta para os Açores e deixa esse fim-de-mundo que se chama Portugal!