7.1.09

ÇA N' EXISTE PLUS - 2

Os jornalistas portugueses que defendem Israel nos jornais, nas televisões e nos blogues não têm nada a dizer acerca de o governo de Tel Aviv não deixar a comunicação social "cobrir" a operação militar sionista em curso na Faixa de Gaza, com três hipócritas horas de "humanidade" a título de intervalo?

20 comentários:

Fernando Antolin disse...

Os israelitas são necessariamente sionistas ??

Anónimo disse...

Se Israel eliminar o gang criminoso do Hamas de Gaza quem lhe agradecerá em primeiro lugar é a OLP e os Palestinianos que querem viver em paz em geral.

Anónimo disse...

Por acaso ainda hoje vi um artigo do Guedes de Carvalho que dizia practicamente isso mesmo. Que os jornalistas favorecem a Palestina que não mostram imagens dos ataques a Israel. Isso é rídiculo até porque o palco onde tudo se passa é a Palestina e eles limitam-se a mostrar a realidade. Palestinianos a serem transportados naquelas espécie de macas, outros a morrer, outras crianças ensaguentadas etc.

Anónimo disse...

A Daniela Major deveria ser convidada para jantar na Bica do Sapato por um bombista suicida do Hamas.Jantar pago com um cartão de crédito da Embaixada do Irão.

António Torres disse...

Caro João,
Os Israelitas dizem não poder garantir a segurança dos jornalistas. Parece que é por isso.
De qualquer modo, estão também habituados a serem os maus da fita, na visão da maior parte da imprensa.
Mas o hamas, parece, não se importa que os jornalistas cubram as operações a partir do seu campo.
Talvez haja jornalistas que aceitem essa opção.
Cumprimentos,
António

Anónimo disse...

Anónimo 1:
Tem razão. É o meu sonho de vida! Aliás, sabe se há fichas de inscrição?

Anónimo disse...

Israel goza com a Europa.
É nojento e penoso ver o Durão, o Solana, os checos e até o epiléptico Sarkozy a fazerem declarações patéticas e cobardes sobre o ataque sionista a populações indefesas na Faixa de Gaza, o maior campo de concentração do Mundo.

A paz do Mundo e até o futuro do Ocidente estão a ser prejudicados por essa aberração criada pela então Sociedade das Nações chamada "Estado de Israel" sobre um território habitado por outros povos e confissões.

Resta dizer que um dos entusiastas desse "Estado" foi o genocida José Estaline, que inicialmente lhe forneceu armas, e certamente para ficar livre de judeus na sua URSS, uma vez que a lealdade destes é para o seu lobby e religião.

Tal como o Irão e a Arábia Saudita, Israel é um país teocrático e que promove o apartheid.

Israel a médio prazo auto-destruir-se-á.

Anónimo disse...

A Embaixada do Irão está a recrutar candidatas,cara Daniela.Inscreva-se,pode vir a ser seleccionada! O prof. Pardal pode servir de pombo-correio no transporte do formulário.Ou então o OLIVEIRA da Figueira do Arrastão.

Carlos Sério disse...

Ó António Torres, então você acredita que os israelitas estão preocupados com a segurança dos jornalistas? Que santa ingenuidade!

Anónimo disse...

Já comentei 2 vezes neste blogue, comentários aliás inseridos no próprio blogue por gentileza do autor, alguns aspectos da presente situação na Palestina.

Volto ao tema, com um resumo dos acontecimentos que levaram à situação actual e que podem ser comprovados em toda a imprensa internacional, nos livros da especialidade e nos documentos e declarações do próprio governo israelita. Faço esta advertência para que os possíveis comentadores que julguem falsas as minhas afirmações saibam que as mesmas estão absolutamente documentadas:

1) O HAMAS foi inicialmente criado (em 1987) como uma instituição semi-religiosa de beneficência, tipo das nossas misericórdias, começando a prestar um eficaz apoio de solidariedade à população da Faixa de Gaza (1 milhão e meio de habitantes), que vive a maior parte em campos de refugiados desde 1948 (já lá vão 3 gerações). Nos primeiros anos recebeu apoio financeiro do Estado de Israel, que viu nele um meio de confrontar o regime laico de Yasser Arafat e de criar uma cisão na OLP. O governo israelita tem um plano minucioso de ir retalhando e reduzindo o território que ainda é habitado por palestinianos e ao mesmo tempo de os forçar a exilar-se. Chama-se a isto, em qualquer parte, limpeza étnica.

2) Devido à sua acção humanitária, o HAMAS ganhou as eleições legislativas na Palestina em 2006 (na Faixa de Gaza e na Cisjordânia), vencendo o FATAH e por isso o seu líder na Faixa, Ismaïl Hanieh foi designado primeiro-ministro pelo Presidente Mahmud Abbas, já que o chefe do Movimento Khalid Meschal vive em Damasco,depois de ter sido alvo de uma tentativa de assassínio na Jordânia por parte dos serviços secretos israelitas, vulgo Mossad.

3) Apesar das eleições terem sido completamente livres, conforme comprovação dos observadores internacionais, logo o HAMAS foi considerado uma organização terroristas pelos EUA e pela União Europeia, pela voz do seu presidente da Comissão, José Manuel Barroso. E foi considerado um interlocutor indesejável, pior que o defunto Arafat. Então os EUA e Israel incentivam e municiam um ataque ao HAMAS por algumas facções da OLP em articulação com Tsahal (o exército israelita) para o derrubarem. Prevenido, porém, e dotado de algum armamento ligeiro, o HAMAS antecipa-se ao golpe e toma o poder em Gaza em Junho de 2007.

4) Consuma-se assim a cisão entre os dois territórios descontínuos da Palestina (Cisjordânia e Gaza). Isto satisfaz Israel de um certo ponto de vista: a progressiva desintegração do território palestiniano. Mas, por outro lado, incomoda-o, já que não acreditando nos processos de paz, velhos de meio século e nunca concretizados, o HAMAS abandona a atitude que julga acomodatícia de Mahmud Abbas e vai lançado alguns morteiros artesanais sobre as aldeias israelitas vizinhas, morteiros a que a maior parte dos comentadores televisivos portugueses gosta de chamar mísseis.

5) Em Junho do ano passado, mediante mediação egípcia, é celebrada uma trégua de seis meses, entre Israel e o HAMAS, nos seguintes termos: levantamento do bloqueio terrestre, marítimo e aéreo israelita a Gaza e abertura da fronteira de Rafah, controlada pelo Egipto; fim do lançamento de morteiros sobre Israel. O HAMAS cumpriu, Israel não só não cumpriu como assassinou vários palestinianos em Gaza durante esse período.

6) No fim das tréguas, o HAMAS voltou a lançar alguns morteiros sobre Israel, tentando chamar a atenção do mundo para uma população vivendo num gueto e carente de tudo.

7) Aproveitando esse pretexto, beneficiando de uma situação de "vazio" de poder nos EUA (Bush já não conta e Obama ainda não é presidente) e numa tentativa de ganhar votos nas eleições legislativas do próximo mês, o governo israelita decide bombardear e invadir Gaza. Para esmagar o HAMAS diz, mas especialmente para atingir a população civil e coagi-la a abandonar o território, isto é, a juntar-se aos milhões de refugiados palestinianos no estrangeiro desde 1948. No dizer de um antigo assessor do ex-primeiro-ministro Ariel Sharon os palestinianos não precisam de um Estado porque o seu Estado natural é a Jordânia. Assim estão matando milhares de pessoas e vão obrigar muitas mais a fugir.


8) Chama-se a isto, claramente LIMPEZA ÉTNICA e GENOCÍDIO.

9) Para quem passa a vida a evocar o Holocausto e a chamar anti-semitas a todos os críticos da política do governo israelita, deve responder-se:
HITLER NÃO TERIA FEITO MELHOR!

NOTA: Entre as várias obras sobre o HAMAS pode ler-se o objectivo e rigoroso livro "Le HAMAS", de Khaled Hroub, professor na Universidade de Cambridge.

Anónimo disse...

Comparar Israel com o Irão e a Arábia Saudita é um absurdo

Anónimo disse...

Neste assunto estou em total desacordo consigo João Gonçalves.

Compreendo os pontos de vista fundamentais de ambos os lados.

Durante 2000 anos, enquanto os Judeus eram perseguidos e mal recebidos por todo o lado, foram talvez os Palestinianos os únicos que menos os perseguiram e que os deixaram viver em paz. É fácil de reconhecer também que é natural a revolta de um povo ao qual as potências ocidentais retiram parte do seu território para formar um país (por exemplo, eu teria ficado revoltado se França, Reino Unido e Estados Unidos nos tivéssem tirado o Alentejo para formar o Estado de Isreal).

Por outro lado compreendo os israelitas que durante 2000 anos, perseguidos e roubados por todos em todo o lado, nunca tenham deixado de considerar a Palestina como sua terra e tenham sonhado sempre com a restauração do seu país. Considero legítima a pretenção de um povo (apesar da diáspora, das perseguições e do tempo nunca perdeu a sua identidade e coesão) a ter um território seu.

Considero que um dos principais deveres de qualquer Estado é defender os seus cidadãos e parece-me que é o que Isreal está neste momento a fazer. Estas acções militares têm como objectivo pôr termo ao contínuo e persistente bombardiamento por mísseis de partes do seu território.

Portugal, como qualquer outro país, já ganhou e perdeu guerras. E apesar das derrotas o país continuou a existir. Mas, para Israel, perder nunca é opção. É importantíssimo também ter esta noção de que a derrota de Israel nesta guerra significaria a sua extinção como país. Israel, nesta guerra tem a necessidade de ganhar sempre, a qualquer custo, porque o que está sempre em jogo é a sua existência.

Não vejo solução para este drama. Pelo menos enquanto a manutenção desta "fogueira" interessar a terceiros, apoiantes de um lado e de outro.

Talvez quando os deixarem sózinhos, quando se calarem as vozes "amigas" de uns e de outros, entregues a si próprios para a resolução dos seus problemas, talvez então se comece a ver uma solução para este drama.

zé sequeira disse...

O Hamas e o estado de Israel (não confundo com os israelitas) são as duas faces da mesma moeda. O Hamas serve a Israel para NUNCA PODER FAZER A PAZ com os Palestinianos, uma vez que essa paz implicaria cedências territoriais, impossíveis para aquela gente que acredita (pasme-se) que aquele naco de terra lhes foi dado por Deus. Israel serve ao Hamas para lhe assegurar um papel de mártir no processo. O que ganharam os palestinianos da Cisjordânia que se têm portado bem? A ampliação dos colonatos, a vida impossível, com bloqueios, check points, etc...
Coloco a seguinte comparação: Imaginemos um empregado que é sistematicamente despedido de todas as empresas onde trabalha. De quem é a culpa? Todos os patrões são maus? Os judeus, volta e meia, são (é da História) massacrados nos países que os acolhem. A culpa será desses países ou de quem nunca é capaz de se integrar, vive com uma visão elitista de povo escolhido, com um Deus (escrevo com Maiúsculas mas não é o meu Deus) privativo e vingativo? Como é que um país daqueles, pequeno, sem recursos, que apenas produz meia dúzia de laranjas, pode ter um potencial bélico daqueles? Quanto custa cada tanque, cada helicóptero, cada míssil? Quem paga? Vamos abrir os olhos. Já chega!!

Anónimo disse...

Só mais um pormenor (que acho até ser um "pormaior"):

Haveria com toda a certeza menos baixas civis palestinianas se o Hamas se preocupasse em afastar depósitos de armas e os seus combatentes dessas populações.

Mas parece que a estratégia é a contrária, fazendo dos civis escudos humanos. Quando vejo as imagens de crianças e civis mortos e feridos, pergunto-me também o que fez o Hamas para os protejer e para os manter, tanto quanto possível, afastados dos prováveis alvos militares israelitas.

Se o Hamas está de facto preocupado com as suas populações não deveria mantê-las o mais possível afastadas dos combates? Não tem o Hamas essa obrigação?

O que é um facto é que também para a imprensa, uma imagem de uma criança a evair-se em sangue vende. Se a imprensa, sem ocultar os factos, referindo-os, não publicasse essas imagens, talvez ajudasse a que menos crianças morressem.

Unknown disse...

Helena Matos, no Público" de hoje,lança luz sobre o assunto - quase chega aprovocar, de tão óbvio, um encolher de ombros acompanhado por um "evidentemente!"...

e-ko disse...

Caro João Gonçalves,

sei que fui excessiva consigo por não ter gostado ver por aqui, na altura, uns postais de forte conotação misógina. passei-me...

depois disso vou passando, muito raramente confesso, algumas vezes encontro opiniões de que discordo e ouras em que faço a mesma leitura de certos factos. presumo que também não nascemos nem vivemos do mesmo lado das "barricadas" e os pontos de vista não podem ser os mesmos, porque não temos o mesmo contacto com as diferentes realidades, embora não tenha cartilhas de qualquer espécie nem afiliações a partidos, a minha sensibilidade está mais próxima do que muitos qualificam de esquerda sem, no entanto, deixar de ser totalmente livre em termos de voto eleitoral e tão crítica em relação à incompetência ou desonestidade de candidatos ou governantes de qualquer quadrante do espectro político.

hoje, encontro estes dois postais sobre esta guerra que Israel está a conduzir de forma excessiva, com o cinismo abominável dum argumento eleitoral (sim é a perspectiva duma vitória eleitoral que move o governo actual de Israel) contra todas as convenções internacionais, e a coberto duma pretensa segurança dos jornalistas, está a impedir que os repórteres internacionais façam o seu trabalho, ora como os grandes médias apenas obtêm material susceptível de ser editado nos diferentes suportes dos poucos correspondentes palestianos que lá têm, claro está que depois vão argumentar que esse material não é credível... a má fé é sem limites!

quero agradecer-lhe o elo para o blogue do Fernando Nobre.

Anónimo disse...

Só uma achega: os israelitas não erraram pelo mundo, alguns saíram do território, sim, mas foram convertidos ao cristianismo e ao islamismo, restando algumas bolsas de judeus; são esses os autênticos descendentes dos hebraicos.

Comparar Israel à Arábia Saudita é aberrante. Que eu saiba, não há decapitações nem cortes de mão em Telavive. O mesmo se aplica ao tipo que diz "Hitler não faria melhor". Há de me dizer onde é que estão as câmaras de gás de Gaza (só se forem as do Hamas).

PJMODM disse...

nem sempre a realidade é linear, interessante o artigo de Dershowitz a partir de uma outra perspectiva e dados, sobre os quais existe informação disponível mas sistematicamente esquecidos pela tal comunicação social http://online.wsj.com/article/SB123085925621747981.html

cristina ribeiro disse...

Não podia estar mais de acordo com o Anónimo das 9.47!

Nuno Castelo-Branco disse...

Continuo radicalmente na mesma: Israel que faça o serviço e de preferência, vaporize um bom número de hamazes. De outra forma, ainda teremos a lamentar o facto dessa gentuça considerar Portugal como "território islâmico a reconquistar". Ideal, ideal, seria eliminar o regime do "taxi-driver" de Teerão e reinstalar o Xá. Mas isso os USA não querem, pois não gostam de quem lhes possa fazer sombra, como o magnífico Reza Pahlevi lhes fez e por isso mesmo foi eliminado.