8.1.09

ÇA N' EXISTE PLUS - 3

Desde que o sr. Rabin foi assassinado por um judeu fanático, Israel passou a ser dominado por uma "abstracção" perigosa, de sentido único para efeito externo, que junta os "trabalhistas" e a "direita". Como há eleições em breve e como o aliado texano sai daqui a quinze dias, esta "abstracção" necessita de alguma distinção, para efeitos internos, sempre no sentido do "eu sou mais eficaz nos tiros do que tu". O pior dos sentidos, evidentemente. Helena Matos, no Público, fala na "diabolização de Israel". Não deixa de ter alguma razão. Para quê, de facto, tentar o diabo?

8 comentários:

Anónimo disse...

as seitas islâmicas que os judeus combatem são a involução dos "hachichins" ou assassinos do velho da montanha que lutaram e foram aliados dos cruzados.
o mundo muçulmano continua muito dividido e irrequieto.
mesmo com as bases aperfeiçoadas para atacar a vizinhança, os judeus que se cuidem.

radical livre

Unknown disse...

Nem a entrevista de Shimon Peres ( hoje na SIC notícias, noticiário das 21h ) o leva a conceder aos israelitas,ao menos, o "benefício da dúvida" ?...

joshua disse...

Confio precisamente em Shimon Peres, que deveria ser melhor escutado. Não confio definitivamente no Likhud, que é de um extremismo racionalista, nem confio no Hamas, que um 'ultra-extremismo' ultra-irracional.

Anónimo disse...

"As noções de jihadismo e dhimmitude expressam-se na política externa de países muçulmanos como o Irão. Recusando o reconhecimento da existência de Israel e financiando o movimento terrorista Hezbollah que o fustiga a partir do sul do Líbano, o Irão contribui assim para o jihad contra este país 'ímpio' que mancha o dar-al-Islam, e dele deve desaparecer. O território de Israel era parte integrante do dar-al-Islam antes da sua criação e deve, por isso, voltar a fazer parte. A República Islâmica do Irão pensa que os judeus não podem ser aceites nesse território senão na condição de dhimmis, incompatível com uma soberania política, logo, um estado hebraico. Um outro estado islâmico, a Arábia saudita, usa o seu poder financeiro para influenciar a política europeia no que diz respeito ao conflito israelo-palestiniano, e diabolizar a imagem de Israel na Europa. Bat ye'Or analisa esta dhimmitude europeia em profundidade na sua obra Eurabia (...). os próprios EUA não são poupados pela dhimmitude. Laurent Murawiec, investigador na Rand Corporation e depois no Hudson Institute (...) mostrou como uma parte da classe dirigente americana pôde desviar os olhos das colusões da Arábia saudita com o terrorismo islâmico, por estar seduzida pelos petrodólares.
À semelhança dos estados islâmicos, as redes terroristas islâmicas põem em prática os conceitos jurídico-religiosos do Islão. Aplicam o princípio da dhimmitude aos estados 'infiéis'. Se estes últimos se comportarem como bons dhimmis, se se conformarem a uma atitude de submissão para com os seus diktats, são poupados aos atentados terroristas. Se levantarem a cabeça, são castigados. Durante muitos anos, os terroristas islâmicos tinham posto a Grã-Bretanha no dar-al-Suhl, porque esta deixava trabalhar e pregar no seu território as organizações e personalidades islamistas mais radicais. Esta política inglesa de extrema tolerância, de acordo com o conceito de dhimmitude e que tinha valido a Londres a designação de 'Londonistan', era destinada a pôr o território nacional ao abrigo dos atentados. Foi durante muito tempo coroada de sucesso: entretidos com as suas ocupações sem serem incomodados pelas autoridades, os islamistas classificavam a Grã-Bretanha no dar-al-Suhl, evitando aí a perpetração de actos terroristas. Mas as intervenções britânicas no Iraque e no Afeganistão, e sobretudo a inauguração de uma política de repressão contra as redes islamistas instaladas na Grã-Bretanha (sob a pressão americana consecutiva ao 11 de Setembro), privaram esse país do seu estatuto de dhimmi. Os islamistas desclassificara-no: retirando-o do dar-al-Suhl, o território do armistício, colocaram-no no dar-al-Harb, o território da guerra. Os atentados mortíferos de 7 de Julho de 2005 em Londres foram a consequência desta mutação estatutária. Outro exemplo: a Espanha. O governo Aznar tinha enviado tropas para o Iraque, recusando a sua retirada apesar das injunções dos terroristas islamistas. Os cataclísmicos atentados de Madrid, a 11 de Março de 2004, sancionaram esta recusa da dhimitude. O governo Aznar, dado como vencedor até aí, foi derrotado nas eleições legislativas de 14 de Março. O novo Primeiro-ministro, José Luis Rodrigues Zapatero, acedeu às exigências dos terroristas islamistas ordenando a retirada imediata do contingente espanhol estacionado no Iraque. Procedendo desta forma, agiu como um bom dhimmi, em conformidade com o voto dos seus eleitores."-

Laurent Artur du Plessis, O Irão na Terceira Guerra Mundial, Occidentalis, 2006.

Anónimo disse...

Não li o artigo de Helena Matos mas, pelas prosas anteriores que tem derramado no PÚBLICO, imagino o teor das suas considerações.

Custa-me a crer como Shimon Peres (Prémio Nobel da Paz) apoia e até incentiva a carnificina que está a ter lugar em Gaza. O Kadima e o Likud disputam a primazia dos bombardeamentos, para ver quem tem mais votos nas próximas eleições. Mas é bom lembrar que existe em Israel um razoável número de pessoas que estão revoltadas contra esta acção de terrorismo de Estado e se manifestam nas ruas (vi uma grande manifestação em Telavive) apesar dos constrangimentos do governo israelita. E aumenta todos os dias o número de rapazes e raparigas que se recusam (e não é por cobardia) a combater contra os palestinianos. Lá saberão porquê.

A situação na Palestina nunca poderá ter uma solução militar, e esta fuga para a frente de Israel desde há 60 anos terá um fim. Pergunta-se se valeu a pena tantas mortes e tanto sofrimento dos palestinianos, e também dos israelitas?

Os movimentos de libertação das colónias europeias em África foram apelidados de terroristas durante anos. Morreram milhares de portugueses, franceses, ingleses, belgas,etc. No fim, alcançaram as independências, embora uma parte dos regimes deixe muito a desejar, mas isso é com eles. Para que serviu essa luta? Para nada, e todos teriam ficado melhor se tivessem sido estabelecidos acordos na devida altura.

É a vida!

Nuno Castelo-Branco disse...

Nunca me interessaram justificações de cariz legalista internacional (valem menos que a folha de papel onde surgem impressas), mas sim no sentido prático das coisas. Neste tabuleiro, ponho as fichas todas em Israel. O resto é refugo.

Anónimo disse...

Penso que a pergunta aqui continua a ser: Será que Israel tem o Direito de se comportar como um grupo terrorista? Sim porque a diferença entre Israel e o Hamas que é um grupo terrorista não é assim tão grande. Ambos são movidos por uma grande sede de vingaça. Ambos odeiam os seus "vizinhos", e ambos estão perfeitamente conscientes que nas suas ofensivas matam inocentes. A diferença é que o Hamas não se importa com o matar inocentes do seu própio país, ou seja os próprios palestinianos. Israel, sim importa-se em matar isralitas. Mas de resto não vejo grandes diferenças.

Nuno Castelo-Branco disse...

Olha Daniela, há muitas diferenças. Como mulher, és uma dessas diferenças. pensa nisso e deixa a burka para o halloween...