9.1.09

UM PAÍS DE OPORTUNIDADES?

Este "país de oportunidades para os jovens" de que ele fala é em Marte? É que, por cá, se os "jovens" não tiverem os amigos certos, estão bem fodidos.

13 comentários:

Anónimo disse...

Alguém me pode explicar se um país deve endeusar os jovens e colocar todos os outros no desemprego e à fome?
É que ser jovem é uma condição transitória.
Não merecerão todos os cidadãos o mesmo respeito por parte dos orgãos de administração do Estado?
Então eu ando há um ror de anos a descontar e a encher o bolso àquela trupe de vigaristas e agora dizem-me:vai para o caixote que não queremos cá velhos?
Que grande alienação e surrealismo estes governos "democráticos".
Eu até compreendo que a caça ao voto tem que
Vai-se tornando difícil enganar os mais velhos com a retórica que leva à certa os mais novos e ingénuos.
Agora não façam de nós portugueses estúpidos!

António Luís disse...

Olhe João, ainda esta semana, um jovem meu familiar, com um curso técnico-profissional daqueles que enche a boca ao Sr. PM e companhia, foi para a Suiça em busca das "oportunidades"... Aqui eram tantas que ele ficou confuso com a oferta!...
Parece que o Sr. Engenheiro Pinto de Sousa já por lá anda também a distribuir o sucesso "dele"!...

Cumprimentos.

Anónimo disse...

...e mal pagos. País de oportunidades ou da opereta?

Anónimo disse...

É, às vezes, só o vernáculo dá conta do que sentimos. Concordo consigo.

Anónimo disse...

Só falta dizer que este país não é para velhos. Que tristeza!!!

Anónimo disse...

Falta de perspectiva (dos críticos, no Sol e aqui).
Tratem de pensar português, de entenderem o sentido das palavras.
Queria dizer o Mestre: «país de oportunidades para os jovens»,
não vêm o que se passou comigo?
De que estão à espera os jovens?
Para encherem os ficheiros da nau PS/PSD?
JB

Anónimo disse...

Não deveriam todos os teóricos do eduquês e das reformas educativas começar por essa constatação? De que serve uma escola e de que serve o esforço de estudar e de ter boas notas se as oportunidades são todas para quem estiver integrado numa rede conveniente?

Já toquei os 40 anos, sou licenciado com distinção por uma universidade pública, pos-graduado com 18 valores por um instituto público e nunca conseguir encontrar alternativa ao emprego que mantenho (sem o querer) há muito tempo de auxiliar numa câmara municipal da província. Já perdi a conta a concursos públicos que fiz e candidaturas que enviei para todo o lado. Estou a tentar agora emigrar, mas nem isso está fácil, porque já não tenho a saude dos 20 anos. Recomendo a todos os jovens que saiam rapidamente desta pátria madrasta e que jamais regressem ou enviem para cá o dinheiro que ganham. Se possível, nem digam a ninguém que são portugueses porque, se tiverem sucesso nas nossas vidas, logo o sr. Sócrates virá dizer que o devem ao seu Governo e vai usa-los como objectos de propaganda.
Adeus Portugal, que estás acabado. Tudo tem um fim e as naçoes tambem. A 3ºa república será o cangalheiro deste país e os primeiros a abandonar o barco naufragante serão os seus comandantes, em fardas Armani.

Anónimo disse...

Discurso redondo, cativante, salvador: "estamos aqui a fazer" ... "damos um bom contributo para a melhoria" ... e a pérola, "Portugal só foi grande quando foi universal". Esta quase que parecia do Obama! Esta só podia mesmo ter sido imaginada por alguém da geração de John Kennedy!

S. Exa quer ... S. Exa. faz ... S. Exa. diz ... S. Exa., generosamente, dá.

Diz S. Exa. que um objectivo central do seu governo "é que Portugal seja um país que dá a todos os seus cidadãos oportunidades para se realizarem, para serem felizes, para fazerem aquilo de que gostam".

Confesso que só agora comecei a perceber o alcance, o rumo e a coerência de algumas das políticas de S. Exa. Lembrei-me logo daquela cena na "escola" do Cerco e das imagens (cada vez mais frequentes) de jovens felizes, fazendo aquilo que gostam, desenvolvendo o seu potencial, em plena sala de aulas. Naquele caso apontavam uma arma a alguém (naquele caso esse alguém era a professora e aquela ainda era uma arma falsa - porque estavam ainda a treinar, os irrequitos e felizes petizes), afirmando internacionalmente, via youtube, o nome de Portugal.

Com as oportunidades que o governo dá aos jovens, não fico admirado que, cada vez mais, eles treinem e que organizem mesmo visitas de estudo a bancos e bombas de gasolina e que façam testes práticos nas cantinas e bares das respectivas "escolas" para que, quando entrarem na vida activa, já tenham a formação adequada, incluíndo técnicas apuradas em como evitar serem filmados.

Nos intervalos (ou entre dois jogos de consola - que isso também é agradável), aproveitem os preservativos oferecidos pelas "escolas" e entretenham-se mais uma vez a fazer coisas de que gostem, sabendo que, se houver consequências, podem sempre socorrer-se da lei da interrupção voluntária de coisas desagradáveis ou, em alternativa, solicitar o rendimento mínimo.

Quanto aos jovens que tiverem capacidade de trabalho e talento para "afirmem internacionalmente o nome de Portugal" e que possam financeiramente ir estudar / estagiar para o estrangeiro, com ou sem ajuda de S. Exa., vão e fiquem por lá. Boas oportunidades por cá só quando se reformarem, porque o clima aqui é ameno e as casas hão-de ser baratas.

Entretanto vão enviando as vossas poupanças que isso é que dá lucro ao país: não contribuem para o desequilíbrio da balança comercial e ainda mandam para cá uns cobres para ajudar a criar oportunidades para os boys, que geralmente são aqueles jovens que têm a capacidade para afirmar em qualquer sítio e em nome de Portugal, a sua total concordância com S. Exa.

joshua disse...

Vou fazer 39 anos em Março. Perguntam-me por vezes, não sem uma certa superficialidade torpe, por que é motivo eu não tenho, arranjo e mantenho o trabalho?
Digo-lhes sempre que nem tenho amigos que mo possam prover nem posso deixar de ser o mais feroz opositor de esta infinita tirania subreptícia que vara Portugal de lés a lés.

Pudesse eu efectivamente trabalhar com alegria e empolgamento se por um lado o trabalho existisse, digna e compensatoriamente, como na restante Europa e, por outro, não significasse o fodódromo interminável e requintado em que a Socratura o transformou em tão pouco tempo.

Ensinar converteu-se num completo simulacro falsificado na Casa do Ensino que o ME decidiu começar a construir pelo telhado ao transformar cada Escola na sua Faixa de Arrasa privativa.

A minha miséria e o meu desânimo são grandes por vezes, mas não a noção do valor que eu tenho e de um conceito de ensinar que nunca se submeterá à cultura de merda de epígonos espertóides como Valter Lemos mai la sua iliteracia da vírgula desorientada e da mais completa superficialidade nesse fanhoso eduquês.

E por isso, sim, pertenço claramente à tribo dos que, porque não têm amigos no [nem são avençados do] Poder Estabelecido e desejoso de se Restabelecer, são FODIDOS!

E é eufemismo.

alexandre o médio disse...

Foda-se caralho. Ó João Gonçalves tu enervas às vezes. Estas iniciativas são de louvar. O programa de estágios Inov Contact funciona e bem (conheço gente a estagiar no estrangeiro no ambito deste programa), e de é esperar que estes tenham o mesmo sucesso. Foda-se pa. Assim tambem nao se vai a lado nenhum, com esse mandar abaixo constante. Caralho.

VANGUARDISTA disse...

Jovens!
Geração dos 700€ (como lhe chamam em França).
Geração dos 500€ aqui, ou, nem isso, só e apenas desempregados!
As "democracias" neo-liberais estão a preparar-vos para serem "carne para canhão".

Anónimo disse...

A ãnsia de dizer mal é tão grande que se critica excelentes iniciativas como o Inov-Contacto e outros do género.
Haja paciência

Anónimo disse...

Vá lá, compreendam.Claro que é um país de oportunidades. Que o digam os filhos do Sampaio, do ministro da justiça e outros. A propósito de ministro da justiça. Minha Mãe contava que tinha perguntado a um homenzinho de leis porque razão a estátua da justiça tinha os olhos vendados. Resposta: É para não ver as injustiças que se cometem em nome dela.
Não gosto do ministro da justiça porque quando fala com alguém está quase sempre de olhos fechados. Péssim o hábito.