20.4.10

COMO NÃO DEVEMOS SER


O inconfundível prof. Lopes da ERC foi à patética "comissão de ética" afirmar que "não se pode dizer que a liberdade de expressão esteja em risco". Já se percebeu que o desfile de "personalidades" perante a dita comissão e a outra, a de inquérito ao "negócio tvi-pt", vai recordar-nos, em mau, os saudosos programas de folclore português desse grande poeta que foi Pedro Homem de Mello. Por uma vez concordo com Sócrates - distância daquela gente toda e por escrito. O prof. Lopes é, aliás, a prova viva do que afirmou. A circulação de tantos como ele - tão sábios e seguros da respectiva "ciência" mas que acabam por vetar o jornalista a ou b para o entrevistar - é um bálsamo para a liberdade de expressão. Para, justamente, termos uma boa noção de como não devemos ser.

Adenda: Este pormenor da pastilha elástica também contribui para o "prestígio". Um qualquer porque é uma palavra cara às gentes do regime como o que lá a colocou. Lembra pormenor idêntico, só que passado, se a memória não me trai, numa varanda. O filme era O Último Tango em Paris, de Bertolucci, e o Lino da varanda era Marlon Brando. Pelo caminho da coisa, a "comissão" ainda chega à parte da manteiga.

7 comentários:

radical livre disse...

o socialismo só é democrático para os seus dirigentes: zé sapatilhas e afins.

para eles só existem ditaduras de direita.
os socialistas Hitler e Pinochet eram de direita

Alves Pimenta disse...

"Les beaux esprits..."
Só pode. É que penso exactamente o mesmo sobre o assunto - e sobretudo a pessoa.
Ele há coisas...

Garganta Funda... disse...

Ainda hoje fui ouvindo espassadamente termos como «ceo», «chairman», «inside information», «share» e outras trambicadas expelidas por um pavão, «leya-se» um fidalgo deste regimén sucialista...

E os pobres deputados, os tais «servos de Deus», a ouvir toda aquela pesporrência com laivos tecno-anglo-saxónicos...

Nuno Castelo-Branco disse...

patética, esta mania da imitação de tudo aquilo que a tv lhes mostra. Excesso de CNN. Agora até inventam "comissões à americana". Um dia destes ainda vão todos parar a Guantanamo

Anónimo disse...

são tantas as "comissões" que já fiquei baralhado...
vi na tv, que numa delas, um recém-deputado, fugaz presidente de câmara, levantar um "incidente de recusa" de um relator...
esse arrivista rosa é o mesmo que não recebe robalos mas que recebia caixas de "bolos" para aprovar projectos ilegais..

Anónimo disse...

O inefável Dr. Lopes (Azeredo para a rapaziada amiga) é um professor de Direito de Universidade do Porto (estarei certo?). Não sei que incursões fez no jornalismo-comunicação social (ignorância minha). O que é certo é que tem o seu lugarzinho de poder. Fala-se em "liberdade de imprensa" e "liberdade de expressão". Os últimos atropelos praticados pela máquina socialista não parecem incomodar o homem. Depois cita, impassível, que "nunca ouviu um jornalista dizer que cedeu a pressões...". A questão é mais antiga, e também outra: os jornais, revistas, rádios e televisões têm, há muito, o seu número de "opinadores-fabricantes-rapazes-da-informação" fechado e blindado; não existe hipótese séria e verdadeira de outras opiniões e pontos-de-vista terem lugar nesses orgãos, que não sejam os da "equipe residente"; a muito custo e muito filtrados, surgem uns artiguitos de outros, só para dizer que existe pluralismo. Querem "liberdade" à anglo-saxónica mas não querem que outros falem do mesmo púlpito - ao contrário do que os anglo-saxões ainda conseguem. Assim se tornaram em castelos com muralhas altas (é mais difícil falar com um jornalista e "ir" a um jornal do que falar com um ministro): "a liberdade de expressão é nossa e só nossa". Agora, os jornalistas, queixam-se de serem condicionados. Se calhar até é verdade e talvez estejam a provar, de volta, o remédio que deram a provar a outros. O que é certo é que terão sempre em Azeredo (Lopes) um vigilante e vigoroso árbitro. Está para vir o dia em que consigamos ver "jornais" ou jornalistas castigados por falta de ética ou difusão voluntária de mentiras. Com TODOS estes personagens carnavalescos simula-se, em S. Bento, a outra parte da democracia.
Ass.: Besta Imunda

Anónimo disse...

"Um dia destes ainda vão todos parar a Guantanamo".

Pois o mal é que sabemos que isso não acontecerá.