3.2.08

LER O PAÍS NOS OUTROS

1. Miguel Castelo-Branco: «A tropa poderia ter evitado tudo isso, logo em 5 de Outubro de 1910, tivesse o pusilânime general Gorjão mandado varejar a tiro de canhão a meia dúzia de energúmenos da Rotunda.» Acontece, Miguel, que já não há tropa para evitar seja o que for. Só meninos e meninas interessados em ganhar uns "cobres" extra em "missões" nos novos cus de Judas.
2. Eduardo Pitta: Cada vez que lhe dá para defender o "querido líder", coloca-o sempre numa fotografia a lembrar o rei de Marrocos. Por que será? Para além disso, o "problema" toca a todos, todos os do magnífico "arco" parlamentar. Veja o caso do dr. Telmo, um ex-ministro perdido num labirinto de 300 despachos em escassas horas. O nosso reino da Dinamarca não está podre por acaso.
3.
Paulo Gorjão: Desiludido com o "querido líder" como Hamlet com a sua mãe e com o seu padrasto. Como quem diz, para 2009, "o que tu querias sei eu mas nem a pose de rei de Marrocos te safa".

4. Pedro Rolo Duarte: «Estamos bem uns para os outros.»
5. Francisco José Viegas: É isso mesmo, é tudo muito mau, em geral. Tudo. Todos. É preciso outra coisa. Homens "incomuns".

7 comentários:

Combustões disse...

João:
Concordo que as Forças Armadas se foram transformando ao ritmo da decomposição do país, que há muita mamuda e muito barrigudo de farda vestida, como quem enverga a bata da Limpezas&Mudanças ou a fardola das empresas de Segurança. Contudo, tenho conhecido muitos oficiais mais jovens, agora capitães, que manifestam um desprezo quase irreprimível por aqueles que têm vindo a sobraçar a pasta da Defesa. Não sou apologista da intervenção dos militares. Os exemplos do passado são eloquentes para de novo não os testarmos. Como acredito que este regime é aquele que o país quer - a que ponto chegamos ! - coloco o problema num outro nível: as FA's saberão, quando o momento chegar, qual a chefia de Estado que melhor se coaduna com sobrevivência do Estado.

Anónimo disse...

A pose Rei de Marrocos aahahahahah
Tem razão, é mesmo. Obrigado pelas gargalhadas

Carlos Medina Ribeiro disse...

«A tropa poderia ter evitado tudo isso, logo em 5 de Outubro de 1910...».

A análise da História em termos condicionais (de "ses") não nos leva a lado nenhum, mas concordo que pode ser lúdico.
Todos conhecem a história «Se o cravo não se tivese soltado, a ferradura não teria caído, o cavalo não teria parado, o mensageiro não se teria atrasado, o general teria sido prevenido, o resultado da batalha teria sido o oposto e o mundo não seria o que é hoje»

José Amador disse...

A missão de um jornalista é informar, pese embora a preocupação - e a arte - do Público em descobrir os rabos de palha do nosso "primeiro". Por essa razão, parabéns ao Cerejo pois assim, vamos sabendo os "currículos" de quem nos governa. Como se não bastassem os podres da banca e respectivas mordomias dos respectivos gestores, as falcatruas do deputado e ex-ministro do turismo do CDS. De facto as opções são cada vez mais limitadas e só nos resta um D. Sebastião que apareça e salve esta frágil democracia tão maltratada pelos sucessivos governos e políticos.

Mario Figueiredo disse...

... e se a Público não tivesse todo o país a comentar o gosto duvidoso do PM por casas ainda estariamos a falar da grande corrupção em Portugal.

Pois é. Lá se perdeu mais uma oportunidade.

Nuno Castelo-Branco disse...

Se virmos as coisas como elas são, salta à vista que a tropa não é uma casta à parte. Faz parte da gente com quem diariamente nos cruzamos no café ou no metro. Nada farão. Ficaram a dormir no 5 de Outubro, como em muitas outras ocasiões. É que estão bem seguros pelo bolso. Como a instituição presidencial, por exemplo.

Anónimo disse...

Lamento ver que o cérebro de Pedro Rolo Duarte continua inerte.

Por outro lado ... é uma esperança para a humanidade, poder viver (e até ter um blogue) sem pensar.