Já tudo me parece igual ; o pior é que 'tudo' não tem valor !
Transmitido na sic notícias, o "expresso da meia noite" - só por curiosidade, difundido pouco depois das vinte e três - os comentadores do costume 'discutiam' os financiamentos aos partidos.
"Coisa" importantíssima ... maior do que a carente situação dos portugueses : enriquecimento dos barões e a miséria do povo.
O blá-blá no 'tal' expresso é o que mais agrada ao Sócrates & Cª.: é assim que estamos a recuperar, a inovar, a desenvolver e, enfim, a ficarmos mais próximos (iguais) a certos povos africanos ... os sobas e os outros.
Não posso dizer que concordo com o que o Excrente acima diz. Na verdade, o financiamento dos Partidos é um assunto importante, porque servirá para a clarificação de enredos nebulosos, situações equívocas ou não, e garantirá a manutenção de um regime de liberdades. É frustrante vivermos num permanente clima de generalizada suspeição. Não é assim, uma matéria completamente irrelevante e deve ser acompanhada, por outros debates e pela procura de soluções que possam corrigir o caminho que já há décadas iniciámos. Não podemos discorrer apenas sobre aquilo que está mal - e que é tanto -, mas temos o dever de apresentar, por mais irrealistas ou fantasiosas que possam parecer, propostas tendentes a aliviar os conhecidos e aqui quotidianamente discutidos males que afligem e "albardam" estas gentes. Não é tarefa fácil, até porque vendo as coisas como elas são, poucos pretenderão colaborar nessa mirífica mudança. É mais fácil o iconoclastismo rotineiro, porque não é prenhe de alternativa palpável. Quando se alvitra uma revisão de todo o sistema político, alertam-se as desconfianças, mesmo daqueles a quem o actual edifício constitucional parece desagradar. É que vivemos já há muitas gerações, submersos numa poça de enraizadas manias do "assim é que deve ser", gostemos ou não desse dever ser. Existiam 75% de analfabetos no início do século passado, e esse peso não é fácil de alijar, até porque foram os mais susceptíveis de interiorizar tudo aquilo que os iluminados do 1+1= 3 lhes disseram para acreditar como sumida divindade. E concordo que hoje a situação, embora infinitamente melhor, não é risonha, porque o mundo não ficou, nem quer estar à nossa espera. E isto, a propósito de generais até hoje adormecidos numa espécie de criogenia cívica, e de uma associação, a SEDES, da qual sairam as cabeças que conformaram a actualíssima "Situação". Manifesto apenas as minhas dúvidas, no que concerne à verdadeira vontade de mudança. Ninguém a quer, porque implicaria uma nova Constituição - meramente generalista -, uma definição e supremacia do poder do parlamento, uma alargada autonomia sem complexos às Regiões Autónomas, uma nova lei eleitoral, a drástica redução do número de deputados, a liquidação da burocrática existência de Supremos, o encarar das Forças Armadas como parte integrante - e participativa em termos de visibilidade - do conjunto nacional, etc. Em suma, interiorizarmos aquilo que se passa em Estados normais, como o vizinho e outros associados mais antigos da UE. É necessário fazê-lo, mas tal é impossível. Para começar, teríamos que mudar de bandeira e isso, ninguém permitirá: é matéria de superstição e até de desafio de uma superioridade moral que só o umbigo de cada português hipoteticamente reconhecerá. É que os símbolos são sem dúvida importantes e servem como marcos de etapa. Não nos iludamos. As coisas baquearão, mas não mercê de um cataclismo social ou da Natureza. No nosso país, as Situações morrem de podridão, mas deixam aos iniciados, o caminho perfeitamente minado para que na essência, tudo se mantenha por muito tempo e sob a direcção dos presuntos depostos. Somos como aqueles romanos , para quem a carne nos banquetes, devia ser servida com um ligeiro travozinho de decomposição. Era mais tenra e quiçá adocicada.
Nota: recebo os mais incríveis e-mail a que alguns se dão ao trabalho de escrever. Não a contestar o que digo, coisa que seria decerto natural e estimulante. Sem argumentos, passam simplesmente ao insulto gratuito. Imagino então, quão recheada deverá estar a caixa de recepção de homens como o João Gonçalves! Deve precisar de uma secretária em assistência permanente.
Pelo longo texto apresentado, este Nuno Castelo-Branco deve ser familiar do autor do Combustões. É de facto um texto construtivo, como tive oportunidade de ler outros que aqui e noutros blogs escreveu. Tem toda a a razão. Não podemos continuar a demolir sem construir qualquer coisa sobre as ruínas. Encaremos o problema que está diante de nós. Chegou o momento de fazer algo. Pedro Matias Lisboa
A pergunta que eu faço a mim mesma, desde ontem,é quiça demasiado infantil, mas alguém me sabe explicar, o porquê daquela entrevista do Sr. Jorge Nuno na S.I.C. ?
7 comentários:
Já não somos um país!
Não passamos da mais pindérica região da europa, onde o despeito move montanhas e derruba a Justiça.
Já tudo me parece igual ; o pior é que 'tudo' não tem valor !
Transmitido na sic notícias, o "expresso da meia noite" - só por curiosidade, difundido pouco depois das vinte e três - os comentadores do costume 'discutiam' os financiamentos aos partidos.
"Coisa" importantíssima ... maior do que a carente situação dos portugueses : enriquecimento dos barões e a miséria do povo.
O blá-blá no 'tal' expresso é o que mais agrada ao Sócrates & Cª.: é assim que estamos a recuperar, a inovar, a desenvolver e, enfim, a ficarmos mais próximos (iguais) a certos povos africanos ... os sobas e os outros.
Não posso dizer que concordo com o que o Excrente acima diz. Na verdade, o financiamento dos Partidos é um assunto importante, porque servirá para a clarificação de enredos nebulosos, situações equívocas ou não, e garantirá a manutenção de um regime de liberdades. É frustrante vivermos num permanente clima de generalizada suspeição. Não é assim, uma matéria completamente irrelevante e deve ser acompanhada, por outros debates e pela procura de soluções que possam corrigir o caminho que já há décadas iniciámos.
Não podemos discorrer apenas sobre aquilo que está mal - e que é tanto -, mas temos o dever de apresentar, por mais irrealistas ou fantasiosas que possam parecer, propostas tendentes a aliviar os conhecidos e aqui quotidianamente discutidos males que afligem e "albardam" estas gentes. Não é tarefa fácil, até porque vendo as coisas como elas são, poucos pretenderão colaborar nessa mirífica mudança. É mais fácil o iconoclastismo rotineiro, porque não é prenhe de alternativa palpável.
Quando se alvitra uma revisão de todo o sistema político, alertam-se as desconfianças, mesmo daqueles a quem o actual edifício constitucional parece desagradar. É que vivemos já há muitas gerações, submersos numa poça de enraizadas manias do "assim é que deve ser", gostemos ou não desse dever ser. Existiam 75% de analfabetos no início do século passado, e esse peso não é fácil de alijar, até porque foram os mais susceptíveis de interiorizar tudo aquilo que os iluminados do 1+1= 3 lhes disseram para acreditar como sumida divindade. E concordo que hoje a situação, embora infinitamente melhor, não é risonha, porque o mundo não ficou, nem quer estar à nossa espera.
E isto, a propósito de generais até hoje adormecidos numa espécie de criogenia cívica, e de uma associação, a SEDES, da qual sairam as cabeças que conformaram a actualíssima "Situação". Manifesto apenas as minhas dúvidas, no que concerne à verdadeira vontade de mudança. Ninguém a quer, porque implicaria uma nova Constituição - meramente generalista -, uma definição e supremacia do poder do parlamento, uma alargada autonomia sem complexos às Regiões Autónomas, uma nova lei eleitoral, a drástica redução do número de deputados, a liquidação da burocrática existência de Supremos, o encarar das Forças Armadas como parte integrante - e participativa em termos de visibilidade - do conjunto nacional, etc. Em suma, interiorizarmos aquilo que se passa em Estados normais, como o vizinho e outros associados mais antigos da UE. É necessário fazê-lo, mas tal é impossível. Para começar, teríamos que mudar de bandeira e isso, ninguém permitirá: é matéria de superstição e até de desafio de uma superioridade moral que só o umbigo de cada português hipoteticamente reconhecerá. É que os símbolos são sem dúvida importantes e servem como marcos de etapa.
Não nos iludamos. As coisas baquearão, mas não mercê de um cataclismo social ou da Natureza. No nosso país, as Situações morrem de podridão, mas deixam aos iniciados, o caminho perfeitamente minado para que na essência, tudo se mantenha por muito tempo e sob a direcção dos presuntos depostos. Somos como aqueles romanos , para quem a carne nos banquetes, devia ser servida com um ligeiro travozinho de decomposição. Era mais tenra e quiçá adocicada.
Nota: recebo os mais incríveis e-mail a que alguns se dão ao trabalho de escrever. Não a contestar o que digo, coisa que seria decerto natural e estimulante. Sem argumentos, passam simplesmente ao insulto gratuito. Imagino então, quão recheada deverá estar a caixa de recepção de homens como o João Gonçalves! Deve precisar de uma secretária em assistência permanente.
Sem dúvida! Uma trama judicial em torno do despeito!
Kafka no seu melhor!
Excrente
Não é verdade que a mulher do Ricardo Costa já trabalha no Governo - Ministério da Saúde?
Que espera do 'tal' expresso ou de entrevistas ao 1º na SIC?
Pelo longo texto apresentado, este Nuno Castelo-Branco deve ser familiar do autor do Combustões. É de facto um texto construtivo, como tive oportunidade de ler outros que aqui e noutros blogs escreveu. Tem toda a a razão. Não podemos continuar a demolir sem construir qualquer coisa sobre as ruínas. Encaremos o problema que está diante de nós. Chegou o momento de fazer algo.
Pedro Matias
Lisboa
A pergunta que eu faço a mim mesma, desde ontem,é quiça demasiado infantil, mas alguém me sabe explicar, o porquê daquela entrevista do Sr. Jorge Nuno na S.I.C. ?
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