Este post do Tomás Vasques é enternecedor. É evidente que, seja lá quem for o autor, toda a gente é livre de abrir um blogue. Desconheço se existem "assessores do governo" que sustentam blogues nem isso me interessa nada. Limito-me a avaliar os conteúdos da mesma forma que avaliam os meus. A diferença é que eu não telefono a ninguém - a não ser que conheça, como é o teu caso ou o do Eduardo - para "comentar" sem que, do outro lado, saibam perfeitamente quem eu sou e como é que ali cheguei. Não sou "anónimo" nem recorro a pseudónimo. Esse género de "liberdades" são adequadas a imaturos. Há, no entanto, para aí quem as tome sem mais. Isto sou eu a falar e sou velho. E este país não é para velhos.
Adenda: Quando eu quiser falar de mim, escrevo umas memórias. O blogue não é o meu "gabinete do utente" privativo. Não serve para exibir a minha gloriosa pessoa ou "obra" - não sou tal coisa nem possuo uma -, nem serve para falar daquilo que faço profissionalmente. I'm not my own subject.
6 comentários:
Prezo muito as suas reflexões, mas permita-me discordar, este país é de velhos e para velhos,no sentido mais fechado e infeliz que a palavra pode ter. O João não representa de forma nenhuma os "velhos". Admiro-o muito.
Um salazarista que passa a vida a falar da falta de liberdade é delicioso. Este é provavelmente o blogue mais ingénuo que conheço.
Se a repressão era inaceitável em tempos de ditaduras, é asquerosa em tempos de democracia. Há pouco, na manifestação de professores em Portalegre, ouvi uma professora responder, a uma pergunta do jornalista, que não sabia porque tinha medo de falar. É que hoje há conquilhas, mas amanhã podem-lhas cortar.
Defina o conceito de Salazarista.
Passar a vida a falar do que não se sabe também é uma maravilha.
O João decerto olhará com aquele sorriso trocista que bem conheço, para certos comentários, onde se vão estampilhando insinuações de antidemocracia, ou reservadas profissões de fé em mundos perdidos. Olha, repara na assinatura: ANÓNIMOS! Com esta democraticidade, vamos longe. Salazar, honra lhe seja feita, assinava o que dizia e sempre assumiu aquilo que fez. Até o Cunhal reconhecia este facto. Para os saudosistas de ambos, aprendam a lição.
Ena! Tantos "imaturos" anónimos!
E dizer que o Oliveira de Santa Comba assinava tudo o que fazia, é de uma incosciêmcia histórica, quase cómica...
Cá vai mais um, à espera de maturação!
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