O João Miranda coloca, com graça, a questão da "revolta nacional". Acontece que já não há daquilo com que se costuma fazer "revoltas", embora, como se escreve na "carta da semana" do Expresso dirigida ao paisano Miguel Sousa Tavares, ter-se-ão já interrogado por que é que acontecem pronunciamentos militares, desde 1817, «quando estão criadas as condições, independentemente da Uniões Europeias ou afins?»
6 comentários:
Já só faltam 95 dias para o 28 de Maio!
"Quando estão criadas as condições"... No entanto, continuaremos na mesma. Que projecto político poderiam ter os militares? Qual seria a sua aceitação por parte dos nossos Aliados ( EUA e RU) Qual seria a reacção dos nossos parceiros da UE? Que inconvenientes económicos daí adviriam?
As perguntas a colocar atingem o infinito e a realidade é outra. O regime terá de evoluir por si mesmo, não encontro por aí nenhum "Sidónio" de parada, nem qualquer professor coimbrão disponível para uma saga desta natureza. Não basta a saída de alguns. É necessário que a comunidade nacional tenha certezas e estas mudanças devem partir da base até à cúpula. Não basta transformar Portugal na West Coast para inglês ver. Perdemos uma oportunidade há 34 anos. Decerto percebem o que quero dizer, não? O problema é que poucos pretendem REALMENTE mudar. Temos 130 anos de propaganda, de derrotismo militante, de inércia devastadora. Aí está o problema.
Já não há "cabos de guerra"
Hoje em dia e desde há muitas décadas ninguém culpa os militares pelas desgraças da nação. E eles não querem voltar a esse lugar.
Os militares não têm a solução para os problemas do país. (Alguém a terá?)
Já não dispomos de controlo sobre a moeda, indispensável para uma politica "revolucionária".
Porventura, daqui a 6 anos, a conversa vai ser outra quando a tributação para a UE aumentar, os subsídios se esgotarem e a realidade do socialismo vier à testa deste povo. Isto a par da corrente independentista vai fazer ranger muitos dentes...
O GRANDE MOTIM
Claro que a ideia de grandes revoltas populares contra Sócrates e o seu governo não tem pés nem cabeça porque não tem em conta a triste e chã realidade. E bem posso continuar à espera de quem queira apostar comigo que, em 2009, o Zé vai votar nos mesmos ou noutros que tais.
Mas, entretanto, ofereço um exemplar do livro «Motim no Reformatório» ao primeiro que, [aqui], responder ao seguinte:
Em relação ao extracto que seguidamente se transcreve - quem foi o seu autor, e quais as duas palavras omitidas em [...]?
E lembra-me que uma noite, a propósito de não sei que novo escândalo [...], achando-nos uns poucos no Martinho, em torno de um café, exclamámos todos, pálidos de furor, cerrando os punhos:
- Isto não pode ser! já sofremos bastante. É necessário barricadas, é necessário descer à rua!
'Descer à rua', era a ameaça terrível. E descemos o degrau do Martinho!
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A resposta já foi dada:
O texto é de Eça, retirado de «O Francesismo», e as duas palavras omitidas são [do Império].
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