Não são apenas os generais ou um blogger famoso de passagem pelo supermercado que pressentem que o país das maravilhas do senhor engenheiro só existe na cabeça dele. A SEDES - uma agremiação insuspeita cujos principais dirigentes pertencem ao "centrão" e da qual sou sócio - à semelhança do que tinha feito na "era Santana Lopes", produziu este documento de reflexão (alguém está interessado em "reflectir"?) sobre o tempo que passa. Mau tempo, sem dúvida.
Adenda: O Filipe Nunes Vicente - que, juntamente com outros bloggers, se nomeou uma espécie de alto comissário do governo para a blogosfera - vem criticar a SEDES por ter produzido um chorrilho de lugares-comuns recolhidos na sarjeta. Acontece que há mais sarjeta neste país infeliz do que "novas oportunidades", "simplex" e "planos tecnológicos" nos quais, pelos vistos, o Filipe acredita piamente. E, de facto, isso (a sarjeta) é mesmo um trágico lugar-comum, uma banalidade inelutável, um pathos para a maioria que não tem a sorte de, sequer, poder aspirar a conhecer os clássicos ou aceder aos mistérios da "esquerda moderna". Não seja, pois, tão pileca que lhe assenta mal.
15 comentários:
Vejo hoje no CM:
"São 15 mil empregados nos Correios de Portugal que têm 200 sindicalistas a quem podem recorrer, sendo que metade tem total isenção de horários. Vítor Nascimento, de um dos sindicatos dos CTT, considera que o número é adequado à realidade da empresa, que tem 1400 locais de trabalho espalhados por Portugal."
"Vítor Narciso, do SNTCT (Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações), garante que os dirigentes sindicais perdem dinheiro por defenderem os trabalhadores. "
Há pois 1 sindicalista por cada 75 empregados e 7 locais de trabalho e, tenha-se em conta, que o mês só tem 22 dias úteis.
Para acompanhar tudo isto, o sindicalista tem que mensalmente, em média, gastar 7 dias para ir aos locais de trabalho restando 15 dias a ter que conversar com 5 trabalhadores/dia.
Sendo o horário para sindicalizar de 8 horas/dia cada trabalhador tem direito a 1.6 horas o que não é muito dada a confusão que vai no mundo do futebol. Perdão, no mundo dos CTT.
Ora agora vejam lá se não é estafante a vida diária dos 200 sindicalistas dos CTT!
Mas... julgam que só há razões de queixa contra os os "tubarões" que trapaceiam e ganham rios de dinheiro?
Bom dia, João.Já viu a capa do "24 Horas" de hoje?
Este não é um documento de reflexão como diz.
É de aflição.
A "Alice" assim não acorda.
Analiso o documento da SEDES como um texto, por vezes, um pouco redondo, com muitas frases próprias de alguns programas de governo. Não posso aclamar os seus autores, pois se reflectirmos bem, e com o devido respeito, estes senhores pouco fizeram para evitar a dita "crise social". A explosão social, já perspectivada por alguns generais de "reformas chorudas" virá... Só que eles, tal como certos poders, a começar pelos diversos Presidentes da República, não souberam actuar, porque, afinal, vivem numa redoma de luxo e podridão. Portugal nem é o terra da Alice das Maravilhas nem a Zona J. Concordo com o alerta da SEDES, apesar de, uma vez mais, não poder agradecer pelo estado a que conduziram o meu país.
E do Presidente ,o esfíngico silêncio...
O diagnóstico agora traçado pela SEDES, já é há muito conhecido até na tasca da esquina. Ou não serão as sumidades da dita organização, responsáveis também pelo actual estado de coisas? Quantos ex-ministros dela fazem parte? Quantos economistas, sociólogos, deputados ou ex-deputados? Pois sim, onde estão esses tão necessários novos dirigentes da pátria?
Ah... pois é...
ainda se fosse sócio do benfica..isso é q era..
Crise, qual crise?
O FNV pensa pela própria cabeça, é chato... toca a insultá-lo, pois então. Que agora já não há uma Pidezinha para o mandar calar.
NÃO ERA POR ACASO que os contos tradicionais referiam, com muita frequência, a figura do rei (ou do califa, no caso d' «As 1001 Noites») que se disfarçava de pedinte, viajante ou mercador para, misturando-se com o povo (nas ruas, praças, campos e mercados), saber a verdade e o que pensavam dele e da sua governação.
E essa saudável prática bem falta faz a muitos políticos da nossa praça, que demonstram uma total incapacidade de se aperceberem da realidade do comum dos mortais por viverem em redomas, isolados do mundo-real por uma caterva de assessores, bezuntas, familiares, yes-men, amigos e correlegionários.
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Outros três que faziam o mesmo: Reza I Pahlavi, Attaturk e Rama V do Sião. Vejam o que eram os seus países e o que eles procuraram fazer.
O João não me insultou, não é homem para isso. O que ele disse foi "não seja pileca". E tento não ser, de facto.
Os generais ne reforma não contam para coisissima nenhuma.
deverim ter algum pudor e ficar caldinhos pios têm muitos telhados de vidro.
Quanto ao estudo da SEDES, meu caro, para sermos SÉRIOS ele não foca o país de Sócrates , seja ele qual for.
Trata-se sim de uma critica ao sistema. Esxpecialmente aos gestores politicoa pós 25 de Abril.
PS PSD e CDS ( no governo e oposição).
PCP E BE ( sempre na oposição)
E todos nas autarquias.
Não venha agora atirar todas as culpas para o Sócrates!
QUANDO O ESTADO LEGISLA E SE AUTO OBRIGA A ISTO:
Resolução do Conselho de Ministros n.º 34/2008, D.R. n.º 38, Série I de 2008-02-22
Presidência do Conselho de Ministros
Aprova o programa de redução de prazos de pagamentos a fornecedores de bens e serviços pelo Estado, denominado Programa Pagar a Tempo e Horas.
Ver em:
http://www.dre.pt/pdf1sdip/2008/02/03800/0116701172.PDF
CONFESSA QUE NÃO CONSEGUE CUMPRIR OS PRINCIPIOS QUE NORTEIAM QUALQUER PESSOA DE BEM, MORMENTE, UM ESTADO DE DIREITO.
QUANDO SE FAZ "PROGRAMAS" DESTES, JÁ O PODER ESTA NA RUA!
Posso falar um pouco do bocadinho deste pais que vou conhecendo, e não gosto nada do que vou testemunhando. Venham cá "acima" ao Vale do Ave. Não ao fim de semana, em turismo, mas em dias úteis. Vagueiem pelas ruas das localidades, ouçam as pessoas, falem com elas nas lojas de comércio. Considero pois este estudo da SEDES, assim como outros tantos avisos que vão começando a ecoar nos média, principalmente em artigos de opinião e blogues, um espelho do país que os nossos governantes teimam em não querer conhecer. As coisas não vão mesmo bem porque as pessoas têm os bolsos vazios e não têm emprego. Este sistema político está completamente desacreditado. Como se não bastasse, a justiça é o que se vê. Só o 1º ministro consegue ver os sinais de modernidade.
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