Pouca gente possui o talento de, ao discorrer sobre livros, nos levar a lê-los. Basta percorrer as páginas de "crítica" literária dos jornais, ou de jornalismo "literário", para entender o que quero dizer. Salvo raras excepções, é de fugir. Medeiros Ferreira falou dos seus livros da única maneira que se deve falar deles: tornando tão universal quanto possível uma escolha íntima através da subtileza e da inteligência com que se transmite essa intimidade. Por isso, fiquei com vontade de ler as memórias de José Cabanis e de Pierre Drieu La Rochelle, para ser "equilibrado" nas escolhas. E gostava, para ser sincero, que o M. Ferreira escrevesse as dele.
5 comentários:
Meu Caro João Gonçalves:
Obrigado pela apreciação e pela presença amiga.Quanto às memórias é um tudo nada cedo, ou vão-se fazendo assim...
O dr. Medeiros Ferreira é uma pessoa com quem se pode falar. É de uma extrema benevolência e é sempre um prazer encontrá-lo na Cister, onde habitualmente toma o seu café. Outro vizinho que me deixou saudades da zona de S. Mamede, é o dr. Serras Gago. Infelizmente, nunca os consegui convencer das vantagens da monarquia e nem eles, tampouco, das excelências da república.
«já que se há-de escrever, que ao menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas»
(Clarice Lispector)
Assenta-lhe que nem uma luva :
«Visto de Bruxelas Portugal está no bom caminho. Espero que Durão Barroso tenha isso em conta quando regressar a Lisboa».
(MF, nos «Bichos»)
Que tal começar-se a pensar numa monarquia republicana? Todas as vantagens de ambas e nenhum dos inconvenientes.
ou talvez o melhor meio para convencer alguém a ler um livro (concedendo que é essa a intenção de uma crítica)seja o apelo ao ego.
Enviar um comentário