26.7.09

LENDO OUTROS OU DA MORTE E DA TRANSFIGURAÇÃO







1. A Cultura de Sócrates vista pelos "seus" a propósito de um "Museu da Viagem". «O problema não são os museus. É a sua multiplicação, que custa dinheiro, fazendo com que Lisboa não disponha de um único que possa medir-se com os seus congéneres de Madrid, Veneza, Roma, Paris, Londres e Nova Iorque. O episódio caricato da pretendida e falhada extensão do Hermitage de São Petersburgo foi um bom exemplo da leviandade com que se gerem os dinheiros públicos.» (E. Pitta) Ou Leonel Moura, porventura a pensar nele: «Imagino que o Ministro da Cultura se refira à navegação na Internet, porque da tecla dos grandes feitos do antigamente que não consegue passar dos Descobrimentos, estamos todos fartos.(...) O Pavilhão de Portugal devia transformar-se num centro de experimentação artística, um laboratório de práticas avançadas, um lugar de encontro das artes e das ciências.Esse sim seria um projecto mobilizador.»
2. Por que é que também embirro com o ponto de exclamação. «O ponto de exclamação é um excesso de ruído que não acorda ninguém, uma espécie de martelo pneumático colocado no final de uma frase.» (F.J. Viegas)
3. Joaninha voa mas voa onde e quando quer. «Agora alguém no PS pensou ter chegado a hora de lhe dar a escolher entre manter-se no BE sem cargos ou entrar nas listas de deputados por aquele partido, como independente, em lugar francamente elegível. Declinou. Visto assim ninguém fica mal na fotografia. Para quê então ataques e desmentidos por parte daqueles que se não deram conta de estarem perante uma rara e forte personalidade política?» (Medeiros Ferreira)
4. Miguel Vale de Almeida ou a perda da inocência aos cinquenta. «
Há formas de prisão, reclusão, fechamento muito piores do que o destas fadas: trata-se de alguém aprisionado a uma abstrusa necessidade de se justificar. » (C. Vidal)

5. João Galamba, para grande lástima da sua "direita amiguinha", pode não ser candidato. «Disseram-me que João Galamba pode não ser candidato a deputado. Era a informação que tinha. Se não for, é pena.» (P.P. Mascarenhas)
6. O "ciclo" em vigor. «Estamos a transmitir tragédia em ritmo revisteiro que pouco tem a ver com a "tempestade perfeita". Malhas que outros impérios tecem.» (J. A. Maltez)
7. Só Deus escreve por linhas tortas porque é um direito próprio. Seu. «A nossa noção de causalidade é macroscópica e “sentida”. No nosso universo sensível o tempo e as coisas são diferentes - as coisas têm muito mais tempo que nós - e a criação ex-nihilo ou é obra de Deus ou da magia.» (J.P. Pereira)
8. John Berryman. Para sossegar o João Galamba. «O mundo está gradualmente a tornar-se um sítio onde já não me apetece estar.»

Clip: Richard Strauss, Poema Sinfónico "Tod und Verklärung". Berliner Philarmoniker. Herbert von Karajan

2 comentários:

joshua disse...

Mais Morte, infelizmente, que Transfiguração a não ser pelo Inefável e Místico Maestro.

Anónimo disse...

boa viagem na
nave dos loucos
ou na barca do inferno

a viagem por água era a mais vulgar porque o Supremo Arquitecto criou as infrastructuras necesárias sem recurso ao betão