Este artigo de M.M. Carrilho no Diário de Notícias. «Basta ter presente, para se avaliar o grau de autismo que hoje atinge a nomenclatura europeia, o simples facto de nenhuma das decisões das duas últimas cimeiras (de 21 de Julho e de 26 de Outubro) ter sido objecto da mais elementar concretização. E o famoso FEEF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira), criado para fazer face à crise, continua a ser em grande parte uma hermética fantasia, apesar dos anúncios que lhe atribuem milhares de milhões, tendo-se chegado a garantir habilitá-lo, em Outubro, com um bilião de euros. A situação é tal que, na reunião da semana passada, os ministros das finanças da Zona Euro acabaram por decidir recorrer, se for preciso, ao FMI, a que o dinheiro seria emprestado pelo... BCE!.. Os responsáveis europeus têm passado ao lado do essencial, Ignorando, por um lado, que se trata de uma crise sistémica e civilizacional decorrente da globalização e do fim do paradigma do ilimitado: de recursos, de consumo, de crédito, etc. E, por outro lado, que a crise europeia só se avolumou até ao ponto que hoje conhecemos devido ao seu modelo de governação, com níveis de indecisão, de incapacidade e de impotência nunca vistos, que acabaram por fragilizar ainda mais os débeis alicerces do euro.» Who cares?
2 comentários:
Mas poder do Estado sobre a economia já pode ser ilimitado para Manuel Maria Carrilho.
Eurobonds, FEEF's ou seja impressoras sofisticadas - instrumentos de especualção financeira-
por quem ele clama já podem ser ilimitados.
lucklucky
Tb tem alguma culpa de ja nao existir ministerio...
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