Por acaso vi ontem, entre seis ou sete, Nos Idos de Março, de e com George Clooney. E concordo com Lauro António. «Em “The Ides of March”, tal como em Shakespeare, o que impera é a traição: foi a 15 de Março do calendário romano que Júlio César foi apunhalado por Brutus. Traição que agora não se expressa por um apunhalamento sangrento, mas por algo mais subtil, possivelmente mais letal, e sem deixar marcas visíveis: a deslealdade, o volte face, o truque de baixa política que aniquila uma carreira. Resta saber quem é mais esperto e mais veloz no contra-ataque, quem possui as melhores armas e quem melhor as utiliza. Em “Nos Idos de Março” há vítimas, mas estas são apenas os votantes que aclamam os seus ídolos sem se aperceberem dos seus pés de barro. Nesta campanha, como em qualquer outra rival, de democratas ou republicanos, o que vemos é ausência de valores. Ou como se diz, no final do filme, de integridade e de dignidade.»
3 comentários:
A Lealdade e a Gratidão São Emoções somente acalentadas por Almas Nobres, a marabunta alienada nem faz a mínima ideia do que seja, depois, um dia, aprendem...a Ingratdião e a Deslealdade são dois pecados mortais da alma. E como qualquer tipo de dinâmica do mal, o que custa é 1º passo, depois é uma escalada de degradação...é pena, pois até boas almas, na essência, por vezes, mergulham neste abismo sem volta, só se derem uma reviravolta redentora de 180º...assisti, na 1ª fila a consciências a venderem-se por preços dídspares, mas no fundo, iguais...e porquê? Pela ânsia pelo poder e dinheiro que os perdeu...enfim, opções adstritas ao livre arbítrio que, mais tarde ou mais cedo, se pagam muito caras (e não me estou, aqui, a referir-me a qualquer valor material...:)
Corria tudo menos mal até aparecer uma mulher e ainda dizem que Eva não existiu.
Para mim, mais do que a traição, o filme mostra o quanto a política, que devia ser uma actividade nobre, colocada ao serviço do interesse público, é muitas vezes transformada em algo degradante, para o benefício de poucos.
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