Estou-me nas tintas para "comentários". Prefiro factos. Ora os factos (não promessas) mostram que no processo "edp" houve clareza, cumprimento de prazos e da lei e rigor técnico sem concessões ao porventura tomado como "correcto". O país demonstrou que não está refém da crise europeia e que concebe conceitos estratégicos alternativos simultaneamente em consonância com a sua história e com a contingência. Financeiramente, Portugal "encaixa" € 2.693 e, a final, entre este valor, a compra de acções e o refinanciamento da empresa pode arrecadar cerca de oito mil milhões de euros. Depois, tratou-se da proposta mais elevada (superior em 156 milhões de euros em relação à segunda melhor proposta, a alemã) e do melhor projecto industrial para o investimento na Europa e no continente americano já que a E.ON "centrava-se" na Península Ibérica. Está todavia garantida a "identidade do património" através da manutenção da sede em Portugal e da preservação dos actuais negócios. Finalmente, e porque há regulação, não há aumento de tarifas junto dos consumidores. As coisas são o que são. O que elas não são é fantasmas que pululam em certas cabeças tagarelas.
7 comentários:
Ontem,Pacheco Pereira, sempre, sempre, do outro lado,como convém para valorizar o mercado da opinião, a este propósito parecia um personagem à procura de autor. Um emaranhado de quem nada tinha para dizer, mas apenas palpites para tentar confundir...
Como há por aí muita gente opinadora a ficar orfão sem a bagunçada socrática.
Não sabem o que dizer, estes pereiras e aqueles lopes, sem lápis...
Pacheco "estava cheio de dúvidas" - as maiores - e receava por 'patentes', 'licenças', coisas várias que tinha descoberto, apenas instantes antes. E temia as "contrapartidas não cumpridas, como geralmente acontece nestes casos". Para Pacheco (como para qualquer outro crítico) nenhuma outra hipótese, nenhuma outra proposta estaria isenta de inconvenientes: se fosse brasileira não daria garantias suficientes ("europeias") e seria "mensalónica"; se fosse alemã seria a submissão a Merkel; sendo chinesa é não-democrática, estatizada e "levanta as maiores dúvidas". Quem estaria então em condições de agradar a Pacheco? Uma proposta cubana? árabe? esquimó? É de fazer notar a Pacheco que quem não tem cumprido "contrapartidas de contratos" são empresas privadas EUROPEIAS e AMERICANAS (o caso da Ferrostal e da Lockheed), com o Estado Português a 'ceder' desde 1999 para não acordar moscas que estão devidamente a dormir e não incomodar suas excelências. Depois, há ainda que considerar que a Europa "não tem dinheiro"; e que a "cláusula de debandada financeira" que os capitais germânicos implicavam era, pelo menos, vergonhosa: afinal tratava-se de uma venda de acções (dinheiro verdadeiro) ou de um simulacro de venda? O futuro - não muito distante - dirá quem tinha razão.
Ass.: Besta Imunda
Dinheiro que depois dalguma «inginharia» será para ir pagando as reformas douradas e as prebendas da nomenklatura que diariamente zurra nas tv's e nas pantalhas do cabo!
Dinheiro que vai ser deitado ao lixo!
joão, parece-me que a pior proposta era precisamente a alemã. Boa política fez o governo em deixar de "colocar os ovos na mesma cesta de sempre". A China tem interesses nos países da CPLP, por exemplo. Convém-nos mais do que alemães dos quais já nem sequer podemos ouvir falar e isto, quando nem sequer somos um país dado a antigermanismos de cepa. Falando em incumprimentos, o que dirá o sr. Pacheco Pereira acerca do descarado incumprimento de contrapartidas como aquelas que eles se comprometeram a realizar quando do "caso submarinos"?
A "Europa" só nos interessa enquanto daí irarmos proveito. Vale quem serve e isto, assumindo nós o pior sentido do termo. É precisamente o que os outros fazem.
O governo enganou a genialidades politólogas que durante um mês nos zurziram com "submissões" à Chancelaria. Viu-se!
Ainda bem que o Governo mandou os alemães para o diabo que os carregue.
Portugal tem que ter alternativas.
E a priomeira será virar o cú à Europa.
Alemães, ingleses, franceses, holandeses, são os nossos inimigos históricos.
Não são os chineses, que foram sempre nossos amigos.
Ainda bem que o governo, isto é, o sr. 1º Ministro e o Sr. Secretário de Estado da Cultura esconderam um relatório do Icomos/Unesco sobre a barragem do Tua!
Senão lá ia o negócio!
Ainda falam do outro que está em Paris?
Ok!
Já percebi!
Os chineses são nossos amigos, porque nos derem mais dinheiro que os outros!
Resta saber para quê!
O facto de se substituir o estado Portuga pelo estado Chino, é irrelevante.
Será que podemos fazer o mesmo e nas mesmas condições na China?
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