3.10.06

NÃO É FÁCIL DIZER BEM - 5


O professor (imagino que seja professor) Carlos Leone, faz os possíveis e os impossíveis para atrair leitores ao que resta do Esplanar do João Pedro George. Mistura bola com outras coisas, e de novo bola com mais coisas, sendo estas quase todas provenientes da INCM. Desta vez, deu-lhe para promover a revista de que é director, a Prelo, da dita Imprensa Nacional- Casa da Moeda. Conheci essa revista quando ela era viva, apesar de ser então dirigida por Diogo Pires Aurélio. Nos anos oitenta, produziram-se números de inequívoca qualidade, incluindo hors série, que valem como verdadeiras "revistas de cultura" minimamente sérias. Entretanto deixei de a ler e, por indicação amiga, soube que Leone a dirigia. Não me interessa. Prefiro ir a um número antigo, dedicado a Eduardo Lourenço, e respigar esta expressão de José Augusto-França acerca dos seus "trabalhos", numa "carta aberta a um mito chamado Eduardo Lourenço": "... tratar dos nossos anos 20 que foram o que foram e nos fizeram, em última instância (é a minha tese), como somos, perdendo o comboio de sermos outra coisa". É isto que falta a Carlos Leone - e a tantos como ele - e que ele ainda não percebeu: patine. O resto é nem sequer chegar a sair da estação.

1 comentário:

Anónimo disse...

O Esplanar leonizou-se, isto é, esplanou-se ao comprido tal como a Prelo.
Volta George. Volta George.Volta George.