De acordo com os nossos pasquins, o sr. Prodi, o "songa-monga" que é chefe do governo italiano, colocou na proposta de orçamento para 2007 uma redução, na ordem dos 30%, nos vencimentos de todos os membros do governo, a começar por o dele. Como não sou populista e julgo que a actividade política deve ser bem paga para evitar os habituais e deprimentes espectáculos de corrupção, não me parece que a medida possa aplicar-se com a miséria reinante. Todavia, gostaria de ver o actual governo, liderado por um cavalheiro que se "inspirou" em Bernstein (não o da música, que ele não deve saber quem é, mas o outro, o "social-democrata"), não ser tão prestimoso em espremer tudo e todos à toa. Ainda hoje, por exemplo, fui pagar o IRS da minha mãe - que é pensionista de apenas três dígitos - e a coisa ficou por mais de dois terços do que ela recebe mensalmente. O tirocínio fiscal aos pensionistas - a estes, não àqueles dos quatro e cinco chorudos dígitos - foi uma manifesta infelicidade socialista. O governo está a "apertar" todas as torneiras para o óbvio. Depois da "presidência" da União Europeia, vai ter de escolher entre continuar a fazer de canalizador - trapalhão e não sofisticado como o polaco - ou de aguadeiro. Para já, o governo tenta impressionar o país com a sua luta "titânica" contra as "corporações": a função pública (de que é chefe supremo), as câmaras municipais, as regiões autónomas (selectivamente, ou seja, só o dr. Jardim - este PS "jurou" para si próprio que há-de acabar com o dr. Jardim, custe o que custar, ou ainda perceberam isso?), os tribunais, os médicos, os doentes, as universidades, os liceus, em suma, o país. Os "privados", tirando os bancos, o engº Belmiro - que já conheceu melhores dias - pouco contam. Mirrados, dependentes do Estado, aguardam pelas migalhas que o irrelevante dr. Manuel Pinho diz ter na algibeira. Estamos - oxalá eu me engane - a viver uma mentira colectiva, apascentada pela "liderança", pela "popularidade" e pela propaganda. Não me perguntem como nem porquê, mas isto não vai acabar bem.
3 comentários:
acaba bem homem, acaba sempre bem. não para todos, mas também nada é para todos (e se fosse isto não tinha graça nenhuma)
...mas o que me embasbaca é a tese rebuscada do aumento dos salários dos politicos com o fito de "acabar com a corrupção"!
- Nós só nos deixamos corromper, porque o nosso salário é muito pequeno...
a isto deve chamar-se populismo elitista.
cá no monte, quem não quer por achar pouco ou não gostar, não faz, faz outra coisa.
Socialista, este governo? Em teoria, o socialismo seria aceitável, mas na prática, graças à tendência humana para a ganância e a maldade, tem derivado em ditaduras (o antigo bloco de leste) ou, na versão Blairiana e Socrática, em quinta-coluna do capitalismo selvagem (que não é muito melhor que o "socialismo científico").
Socialista, este governo? Em teoria, o socialismo seria aceitável, mas na prática, graças à tendência humana para a ganância e a maldade, tem derivado em ditaduras (o antigo bloco de leste) ou, na versão Blairiana e Socrática, em quinta-coluna do capitalismo selvagem (que não é muito melhor que o "socialismo científico").
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