Na posse do director do fundido Instituto das Artes, e instado pelo recém nomeado no que respeita às "cativações" em PIDDAC e à ameaça que este e outros eventuais "cortes" orçamentais representam para o sector, no cumprimento dos seus "objectivos" para 2004, o Ministro da Cultura recorreu à sua já gasta algibeira da "gestão flexível". Pedro Roseta, aliás, para além de ministro da jóia perdida, ficará certamente na história da Ajuda como o "gestor flexível". Alguém que, ao depauperamento financeiro e estratégico da sua área de governação, responde com a amabilidade do contorcionismo da intendência. Eu sugeri lá para trás que se fechasse a Ajuda e se entregasse o assunto nas mãos da DGO, até por uma questão de dourada poupança e de maior competência, um registo muito a propos.. Um dia virá em que a "gestão flexível" não vai chegar, e nem sequer os bons ofícios "todo-o-terreno" da multifacetada adjunta do ministro para estes assuntos lhes acudirão. Numa outra banda da cultura, houve notícia de que uma cátedra de Português na Sorbonne fechou, e não me constou que alguém com responsabilidades políticas tivesse emitido um vago pio sobre o tema. Conviria, pois, que estas matérias que se prendem com a qualificação da Pátria- artes, património, leitura, teatro, ópera - não fossem tratadas como couve-flores cambadas ou peixe miúdo, e geridas, nalguns casos, como se se tratasse de bancadas de legumes ou de peixe do mercado do Bolhão.
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