6.5.09

O REI VAI NU?

Ainda pensei que ele fosse candidato em Almada. Afinal, ficou ao lado, em Setúbal pelo PPM. Pedro Namora é uma personagem desagradável que adquiriu notoriedade através do caso "Casa Pia". É uma espécie de alter ego de Catalina Pestana, outra ex-revolucionária do PREC que deu para outro género de moralismo mais recentemente. Não sou monárquico - e com escolhas destas só dão razão ao outro que se lhes referia como "os nossos pobres monárquicos" - e, talvez por isso, escapa-me a motivação. É como escreve o José Teófilo Duarte. «O partido que pretende representar os monárquicos serôdios e ressabiados, vai agora propor o zurzidor comunista para a presidência da Câmara da cidade do Sado. Não nutro a mais reduzida simpatia pela actual responsável pela edilidade da cidade, mas quando a alternativa é Namora... As comadres zangam-se, pondo a descoberto o baixo nível aferido. Mas se calhar tudo faz sentido: Quando no Poder, são os arautos desta ideologia bacoca os defensores dos mais arreigados princípios monárquicos. O rei vai nu?»

19 comentários:

Anónimo disse...

Pedro Namora e Catalina Pestana são irrelevantes. Salvo o devido respeito. O que era - FOI - fundamental era o "caso Casa Pia". Sempre o foi, e a sua importância decisiva como teste à justiça desta lusa terra vê-se hoje com cristalina clareza. O teste fracassou, como hoje é evidente! Depois de todos os casos - habilitações literárias, projectos da Covilhã, Freeport, submarinos, casino Lisboa, BPN, etc, etc, etc -a sinistra acção do ainda chamado e sobrevivente Ministério Público, a perplexante intervenção da PJ, a pressão - repito PRESSÃO - de altos - ALTÍSSIMOS! - cargos públicos justificava amplamente que se olhasse para a realidade sem cuidar de direitos humanos, presunções de inocência, segredo de justiça e outras balelas usadas para castrar a justiça. Porque pensando na Casa Pia, houve vítimas. Então onde estão os culpados? Pensando no Freeport, há gravação de som e imagem. É do ponto de vista físico um facto, ou uma montagem? Pensando nas habilitações literárias, há documentos contraditórios e excessos de papel timbrado. É tudo puro como a água ou há tráfico de influências?
Ou seja, embora seja jurista, eu preferia justiça a direito. A verdade é que se houver justiça o regime cai e, com ele, a classe política dominante; se houver direito, o país fica - como está, de resto, - razoavelmente classificado nos realatórios internacionais, em que se avalia o que o governo informa, sem cuidar de saber se o que se informa é realidade.
Chega, meeus senhores, chega!!
Comparado com tudo isto, Pedro Namora e Catalina Pestana não merecem duas linhas. São apenas duas pessoas como eu ou como tu. Que se saiba, não são, nem estão em condições de ser, réus de nada.

garganta funda.... disse...

Desde há duas décadas (ou talvez três) o Partido Comunista é um alforge ou "escola de quadros", segundo a terminologia comunista, que abastece todos os partidos portugueses; desde a extrema- esquerda até à extrema-direita.

No meu concelho, o candidato do CDS à Câmara Municipal é um ex-militante do PC nos tempos áureos do PREC.

Não me admira estas "conversões" dos comunistas a outras áreas politicas.

Actualmente o eleitorado da Frente Nacional em França é práticamente formado por ex-militantes e eleitores do P.C. de Georges Marchais.

No fundo o P.C. é o partido mais reaccionário e conservador que existe em Portugal, basta olhar para a sua direcção e o seu eleitorado.

Ainda recentemente um ensaísta português conotado com a direita clássica classificou as Forças Armadas, a Igreja Católica e o Partido Comunista como os três pilares mais conservadores na sociedade portuguesa.

Anónimo disse...

A melhor solução seria "talvez" a sua candidatura a "Elvas".

A

Rui

Anónimo disse...

A Catalina é uma Mulher que devia merecer da sua parte a maior consideração,pelo menos a mesma que tem por ela a Dra.Manuela Ferreira Leite.Catalina foi das pessoas que mais levou do PS.Metê-la no mesmo plano das aventuras politico-eleitorais do Namora é ,no mínimo, uma grande injustiça para os enormes serviços que ela prestou ao País e contribuir para a campanha de calúnias que o PS e as redes pedófilas lançaram sobre ela.

João Gonçalves disse...

É a sua opinião.

Anónimo disse...

Subscrevo inteiramente o comentário do Anónimo das 10.56 p.m.. E acrescento: o que fizeram Pedro Namora e Catalina Pestana de mal?

Anónimo disse...

Há muitos anos que o PPM deixou de ter a credibilidade e a honorabilidade que lhe emprestara o Arq. Ribeiro Telles. Fadistas há muitos ...

Nuno Castelo-Branco disse...

Subscrevo aquilo que o anónimo das 12.12 diz e apenas acrescento isso: o tal PP"m" é hoje uma republicana arma de arremesso contra os monárquicos.

João, sinto-me um tanto ou quanto injustiçado com os teus adjectivos.

Aliás, porque será o psd a muleta das roufenhas desgarradas do falso dom Câmara? Já agora, vá buscar mais uns candidatos que dizem que "são fulano e sicrano", para encher mais a lista. O Júlio de Matos está cheio deles!

João Gonçalves disse...

Injustiçado por mim ou pelo Doutor Salazar, o dos pobres monárquicos? Ehehe

Anónimo disse...

O par Pedro Namora/Nuno da Câmara Pereira não destoa, estão bem um para o outro. O segundo ainda consegue cantar o fado, o primeiro, todas as vezes que o vi na televisão, foi para bolsar as suas frustrações, insultando tudo e todos. Espero que após estas eleições - o PCP nunca o re-aceitará - desapareça definitivamente da cena pública.

joshua disse...

Estou com quem asseste nos danosos 'donos' regimentais de Portugal! Etou absolutamente com o Grande Anónimo das 12.12! E estou com o Nuno, o que não me impede de continuar a estar como o resto do País: injustiçado, maltratado e pior servido.

Chloé disse...

O PPM e os monárquicos não se confundem, e não só porque aquele seja um naipe diferente entre outros do mesmo baralho.
Desde logo porque a monarquia não é uma questão partidária, é (ou devia ser) uma questão nacional.
Mas como essa evidência ainda não está madura no espírito dos portugueses (e aliás também não no espírito da maioria dos próprios monárquicos...), a coisa fica reduzida a este folclore recorrente, de 4 em 4 anos.
Assim, entre homens de bigode retorcido e robe de chambre, e homens de acção no terreno (arenas e coisas mais sérias como o poder local), a coisa não só é de uma falta de homogeneidade confrangedora como, sobretudo, de uma enorme inconsequência
Pessoalmente, tenho pena.
E até concordo com o JG: :- continua a ser verdade que os monárquicos não precisam de mais ninguém para lhes reduzir a credibilidade, eles próprios dão perfeitamente conta do recado (como em 1910).
Fraca noção dos objectivos, nenhuma estratégia, falta de alinhamento na missão, amadorismo.
Se virmos bem, retrato dos monárquicos, retrato dos portugueses.

hajapachorra disse...

Namora e, sobretudo, Catalina, merecem respeito: ousaram aquilo a que poucos, muito poucos, se dispuseram, a enfrentar a maçonaria, o PS e o omnipresente lobi homossexual. Há quem se incomode com isto.

Miguel Neto disse...

Concordo com muito do comentário de "Chloé".

E por causa da referida "diversidade" monárquica e porque acho que o "debate" sobre a monarquia se desenvolve muitas vezes num plano "desadquado", não me sinto atingido pelo texto do João Gonçalves. Aliás, da perspectiva de como eu vejo as coisas, concordo com o sentido geral do texto, com exepção da parte do "O partido que pretende representar os monárquicos serôdios e ressabiados" porque acho que o PPM não representa os monárquicos.

Quanto "aos pobres monárquicos" do dr. Salazar ... mais "pobres" ainda são os republicanos portugueses porque andam ainda mais iludidos.

Anónimo disse...

Hajapachorra, não deve confundir a pedofilia com a homosexualidade. Nada tenho contra estes: é uma opção legítima. O P. Namora e a C. Pestana também me merecem respeito mas nunca os ouvi zurzir nos homosexuais mas sim nos pedófilos. E, sim, tiveram o grande mérito de denunciar aquela bandalheira, sem receio das retaliações. E também me convenci que aquilo não foi mais fundo porque há fortíssimas cumplicidades e encobrimentos ...

cristina ribeiro disse...

Confundir a árvore podre com a floresta, João, desculpe que lhe diga, mas não é honesto...
PPm ( m minúsculo, como bem escreveu o Nuno )o que é afinal?

Anónimo disse...

João, o PPM não representa de todo os monárquicos.

O Nuno da Câmara Pereira é um tonto, que descobriu que descende de uma filha de Dom João VI (que era conhecida por ser uma oferecida) e por isso é monárquico.

O fadista pateta tem feito tudo o que pode para dizer mal do Duque de Bragança. O PPM é neste momento uma montra de vaidades, disfarçada de políticos...

joshua disse...

Não confundamos os monárquicos patrióticos, nos quais me revejo, e os republicanos patrióticos com uma outra caterva de gente menor usando uma e outra plataformas para inchaço estéril e peneirento de Ego.

Não são homens nem mulheres para se insurgirem contra o que estrangula Portugal, para mostrar uma ideia operativa, um filamento de nobreza moral.

E, obviamente, secundo o Miguel Neto e a Chloé, assim como, já o disse, nesta matéria, estou inteiramente com o Nuno C-B!

Nuno Castelo-Branco disse...

Obrigado pela compreensão. Se o BE amanhã se declarar monárquico, isso não quererá dizer que é "o partido dos monárquicos". Ou não será assim?