17.5.09

SE

«Se Portugal fosse um país a sério reagiria com veemência ao anúncio do primeiro-ministro de ir à Madeira distribuir 200 computadores Magalhães, num acto de pura propaganda política, que transmite todas as mensagens erradas sobre a apropriação partidária e pessoal do Estado por um homem e por um partido. Esta noção patrimonial do Estado, que é "deles", que "eles" oferecem ao sabor das conveniências, das compras dos votos, é a do país das "cunhas", dos "pedidos", dos "favores", da corrupção, do partidarismo, das clientelas, o mesmo Portugal de sempre de que não nos livramos nunca, o do Senhor Joãozinho das Perdizes e a sua fila submissa de eleitores paga a copos de vinho. Ao lado de Sócrates, atacar Valentim Loureiro, que dava electrodomésticos em campanha, é pura hipocrisia. Valentim dava os seus próprios electrodomésticos, pagos com o seu dinheiro, Sócrates dá os computadores, pagos com o nosso dinheiro, a que só falta colocar um emblema do PS, como certamente Elisa Ferreira quereria, ela que disse que Rui Rio pintou os bairros sociais do Porto, "mas esqueceu-se de vos dizer que o dinheiro é do Estado, é do PS". É do Estado, logo é do PS.»

José Pacheco Pereira, Abrupto


5 comentários:

Anónimo disse...

Os 4 meses que ainda faltam "disto" vão parecer 4 séculos. Já não se aguenta...

PC

Anónimo disse...

Para que serve o Presidente da República?

ATTO, VENº E OBGDO. disse...

Lembremos s. francisco de assis: é dando que se recebe.

Brasil, brasis: assim, assis :)

Anónimo disse...

Entretanto, uma corridinha para espalhar a palavra do senhor: "novas oportunidades". Na qual participou desinteressadamente.

joshua disse...

Nunca se denunciará suficiente a baixeza moral de uma Política Corrupta servida em géneros.