O nosso amigo Paulo Gorjão fica deliciado cada vez que brota um nome "presidenciável" do Largo do Rato. Manuel Alegre? Um excelente candidato. António Vitorino? Isso nem se fala. Soares II? Por que não? Vitor Constâncio? Outra extraordinária hipótese. Com o devido respeito, não ocorre a Paulo Gorjão que este "jogo da cabra-cega" só é revelador de uma coisa muito simples: o PS não tem a mínima ideia do que fazer com as eleições presidenciais. Eu sei que Vitor Constâncio estima a sua gravidade ao ponto de provavelmente se achar subtilmente presidenciável. Acontece que, a ser assim, o dr. Constâncio já representaria uma quarta escolha, numa falha notória de vontade própria e , por assim dizer, um "amanho". E nós podemos legitimamente perguntar: e por que não uma quinta, uma sexta ou uma dúzia delas? Para além disso, vai ficar associado a esta peripatética do défice, como uma espécie de "prefeito para a congregação da doutrina" do dito. Uma associação - pouco auspiciosa, aliás - que começou com Durão Barroso e Ferreira Leite, e se prolonga com Sócrates e Campos e Cunha. Como escreve a Ana Sá Lopes no Público, "a avaliar pelo caos que atravessa o PS em matéria presidencial, o primeiro que se apresentar corre o "risco" de ser nomeado". Quem será, pois, o "excelente candidato" que se segue?
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