22.5.05

CONTRA O OPTIMISMO OBTUSO

Do suplemento Actual do Expresso, retenho quatro coisas interessantes: a entrevista de António Guerreiro a Alberto Manguel, "Babel revisitada", sobre o livro e a "concorrência" da "web"; o artigo de Joaquim Manuel Magalhães, "Poesia que não se defende a si mesma", sobre o barroco poético português; a entrevista a Allain de Botton, autor de "Status Ansiedade" ("a misantropia pode representar uma calibragem perante o optimismo obtuso e doentio da nossa época") e o artigo do entrevistador, Paulo Nogueira, sobre o livro (tradução de Pedro Serras Pereira para a Dom Quixote): "Como antídoto contra a angústia do status, o ensaísta sugere a "misantropia inteligente" de Schopenhauer, cuja posição é curta e grossa: o que é que interessa aquilo que uma cambada de bestas pensa de nós?... E, afinal de contas, é melhor ser um falhado inteligente do que um idiota eficiente (acho)". Também acho.

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