Até por se tratar de uma situação que conheço razoavelmente bem, não resisto a reproduzir um post sonegado à Grande Loja, lamentando, no entanto, o anonimato do autor. Se já havia qualquer coisa de absurdo nisto há três, quatro anos, constato que não se registaram entretanto alterações significativas. Aí está um bom sítio - tão bom como outro qualquer - para começar o trabalho de "avaliação" anunciado por José Sócrates. Para além do que evidencia este texto, o Instituto de Reinserção Social possui uma pesadissima estrutura de direcção "intermédia", tipo "em cascata", absolutamente injustificada. Não é, naturalmente, "filho único". Por outro lado, e como se constatou no "caso Vanessa", as famosas "equipas de reinserção social", tantas vezes afogadas no jargão mais primitivo da "psicologia social", passam amiúde ao lado do fundamental. O IRS deve ser um dos instrumentos para a prossecução da "política criminal" do governo e não propriamente um local para elaborados "testes psico-sociais" de reduzida valia prática.
Seisvirgulaoitentaetrês
Acompanhei esta manhã a visita do Senhor Ministro da Justiça a um dos centros de reeducação de menores, geridos pelo IRS (...não, é o outro, o Instituto de Reinserção Social).O Centro conta com modelares instalações, nas quais não faltam piscina e picadeiro e estábulo com vários cavalos, para aulas de equitação. Nele trabalham 31 funcionários administrativos, de todas as categorias, desde director e sub-director a tratador de cavalos. Para além destes 31 administrativos, conta ainda com a indispensável colaboração de 9 professores, médico e até um sacerdote, embora estes últimos não trabalhem ali a tempo integral. Ao todo são mais de 50 (cinquenta) funcionários e prestadores de serviços que, diariamente, ali labutam de forma esforçada, em prol da reinserção social de jovens que, por uma razão ou por outra, se desviaram das normas sociais estabelecidas ou, como dirá o sacerdote, que pecaram. Um último pormenor: estão internados neste centro 9 (nove) jovens.
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