A pequena seita dos drs. Louçã, Portas e do circunspecto Prof. Rosas decidiu burocratizar-se e formalizar a sua "diferença". Formalizar significa entrar no "sistema" que alegremente diziam combater e ao qual, afinal, estavam mortinhos por pertencer. No fundo, os "bloquistas" querem continuar a chatear - e, muito particularmente, a chatear o PS -, só que agora "por dentro". Não tarda nada estamos a vê-los a pedir, também, a "sua" maioria. O BE, para quem ainda não tenha entendido, representa a "rive gauche" do populismo. Não é por acaso que, com a saída de cena de Santana Lopes e do outro dr. Portas, a verve dos moços esmoreceu. A aparente normalidade "democrática" em que vivemos não lhes convém. Porém, a atracção pelo "poder" é efectivamente mais forte do que qualquer lamúria colorida e demagógica "contra" esse mesmo "poder". Os bravos seis e tal por cento arrancados a 20 de Fevereiro já lhes pesa na consciência verdadeiramente burguesa que é a deles. O BE nada tem de "popular", ao contrário do que os seus cónegos principais apregoam. Esta "institucionalização" limita-se a recuperar os "tiques" avulsos do passado "esquerdista" de cada componente histórica do Bloco. A pátria não fica mais robustecida pela existência do BE, nem tão pouco lhe agradece as "dores" que derrama, com tanta eficácia mediática, em seu nome. Lá por o dr. Louçã ter decidido vestir de fraque o seu rancho folclórico, não consegue desgraçadamente disfarçar a sua íntima natureza. De uma maneira ou de outra, o folclore continua.
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