«Poderíamos desejar tudo diferente, mas é este [Governo] que temos e se, no final, chegar a 2012 e 2013 cumprindo os objectivos do défice, fará bem. Esta vontade existe no Governo e isso é muito positivo. A consciência da emergência também existe, e isso também é bom.»
José Pacheco Pereira, Público
«Só ficou espantado com o discurso de Passos Coelho quinta-feira quem pertencia à larga parte dos portugueses que achavam a nossa vida normal até agora: tanto a nossa vida como indivíduos, como a nossa vida como país. Se era razoável copiar a Europa, sem o dinheiro da Europa, então fomos razoáveis. Sucede que não era e nós fomos colectivamente loucos. Não havia um "Estado social", resolvemos fazer um "Estado social" e também (porque não?) auto-estradas por toda a parte, monumentos sem destino e sem utilidade (o CCB), estádios de futebol, exposições, rotundas (para a província) e bairros sobre bairros para os subúrbios de cidades que, de resto, iam pouco a pouco morrendo. Portugal ficou com um ar "moderno", não ficou?»
Vasco Pulido Valente, idem
4 comentários:
Tudo obra do cavaquismo.
Ficou tudo «moderno».
Não foi, pessoal?
Eu sei que o senhor aprecia particularmente VPV e por isso é possível que não lhe seja simpático deixar passar o meu comentário.
Dizer que o CCB não tem utilidade podia ser caracterizado por uma palavra forte, limito-me a dizer que VPV não tem a mínima noção do que escreve.
"rotundas (para a província)": não só. Espelhos de água, fontes com repuxos cada um mais alto que o vizinho. Um delírio!
Pacheco Pereira devia ter mais tento na língua na maneira como fala deste governo. As raivinhas não lhe ficam nada bem.
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