24.7.11

MARIA LÚCIA LEPECKI (1940-2011)


A última vez que vi Maria Lúcia Lepecki foi numa apresentação do terceiro volume da biografia política de Cunhal da autoria de José Pacheco Pereira. Aconteceu em 2005, na FNAC do Colombo. Mas, muito antes disso, "conhecia" a professora brasileira de um livrinho original acerca de Eça, "Eça na ambiguidade". Era, literalmente, uma amante da nossa literatura. «Eu sempre achei que o acordo ortográfico não é preciso: um brasileiro lê perfeitamente a ortografia portuguesa e um português lê perfeitamente a ortografia brasileira.» Concordo consigo, Maria Lúcia. Até sempre.

7 comentários:

Anónimo disse...

Era de uma lucidez, de uma erudiçao, bonita e tão simples
fez uma trabalho notável, que nem todos conhecem.

Grande perda para quem realmente honra a Língua Portuguesa. Não será com certeza para quem com ela "brinca", num "jogo" de interesses, tal como se brinca com quase tudo o que merece seriedade e respeito no nosso Portugal!

G.

vg disse...

Nem mais. A riqueza do Português está nas suas ramificações, na forma como se alargou para grafias e fonemas diferentes. Querer unificar à força aquilo que naturalmente se expande e diverge é perfeitamente estúpido.

Menos uma cliente disse...

Do Alfarrabismo português

Anónimo disse...

Ao Anónimo G, É exactamente isso, brinca-se «com quase tudo o que merece seriedade e respeito no nosso Portugal!»
Parece que nada está a salvo de poder ser usado, apoucado, vendido, ou cedido gratuitamente a terceiros, em nome sabe-se lá de quê. Aposta-se, ou assim parece, em desfazer a intagibilidade do que devia ser património de Portugal e onde todos os portugueses se revissem.
As negociatas com a Língua Português, um acto sem paralelo no mundo inteiro, é um exemplo perfeito desse desrespeito malsão e ignorante. VSC

Q disse...

Lúcida observadora. E explicava, com simplicidade as sua observações.
Eu amei-a. Amo-a.

Anónimo disse...

Foi minha professora de português no Colégio Estadual de Minas Gerais na década de 60. Ótima professora e muito bonita também.

Isabel disse...

Se os romanos tivessem criado um acordo ortográfico imitando embrionárias línguas, hoje latinas, teríamos, como hoje, a beleza da diversidade linguística? E ninguém consegue parar esta aberração? Será mesmo verdade o que o tendencioso Expresso afirma: que Passos Coelho e Portas mudaram de opinião a este respeito? Onde poderemos depositar a nossa esperança?