O primeiro-ministro foi até Moçambique - como bem sintetizou o Miguel Sousa Tavares na TVI- doar Cahora Bassa aos autoctónes. Foram para aí quarenta anos e mais de dois mil milhões de euros enterrados. O "contrato" com Moçambique equivale a eu emprestar mil euros e um carro a um amigalhaço e, depois, de volta, receber uns cêntimos e a cadeirinha do bébé que ia no carro. Parece que há para aí uns duzentos e tal milhões de euros que Moçambique nos deverá dar em "tranches" e, em 2008, está tudo "saldado". Também fica a ex-colónia liberta - e os cofres do Estado português também - dos pagamentos aos administradores lusos que lá andaram a encher a pança. O sr. Gebuza não fez a coisa por menos e lembrou a um vago e "poético" Sócrates que, naquele momento, se enterrava o último vestígio da "ocupação estrangeira". Em delicadeza, foi o melhor que se pôde arranjar. Nunca soubemos lidar com esta coisa chamada Ultramar. Nem o dr. Salazar, nem a democracia. Numa altura em que o país se esfarela na ilusão "tecnológica", na obsessão "deficitária" e no consumismo desenfreado que alimenta o sistema bancário e a inconsciência "tuga", Sócrates foi a Moçambique "aliviar-se" do velho fardo do homem branco. E até pagamos - e de que maneira - para isso.
7 comentários:
No fundo um comentário "Colonialista, mas não trôpego".
Já agora qual era a solução?
Cumprimentos
Cumprimentos tb para si.
Agora já entendo porque vamos construir a OTA! Para podermos ter outra estrutura para doar... mas a quem?
"Portugal assumirá - consciente que está das suas altas responsabilidades históricas - todo o apoio e colaboração ao povo irmão de Moçambique". Inclusivamente prestar-se ao papel de colonizador arrependido a quem esfregam na cara "Cahora Bassa é nossa". Extraordinário! É mesmo a nossa vocação ecuménica!
Os Moçambicanos preparam-se agora para festejar a chegada dos "irmãos" sul-Africanos que desinteressadamente vão operar a central, "Desinteressadamente" sim, pois colonialista tem de ser branco e Europeu.
BARRAGEM DE CABORA BASSA!
Sim esse é o nosso nome.
Cahora Bassa é o que eles quizerem...
Mundo sem rumo!
Obriagado João!
Mário Relvas
gosto, particularmente, da palavra "autóctones"...
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