24.6.03

S. JOÃO

Ontem, pela noite dentro, comemorou-se no Porto o célebre S. João, com aquelas marteladas de plástico dadas em todas as cabeças disponíveis. Julgo que o costume impunha alho-porro, mas desde há anos que foi substituído pelos adereços plásticos. A monotonia destas festividades é evidente, se bem que a animosidade que liga os dois presidentes de Câmara da zona, Rio e Menezes, tenha dado um ar de outra graça ao acto. Disputaram-se - vejam só - as excelências dos respectivos fogos de artifício e, ao que depreendi, terá ganho o espectáculo de Gaia. Nessa banda do Douro, passeavam-se o anfitrião, o Ministro dos Negócios Estrangeiros - que, numa das tv's, comentou o evento com uma daquelas enigmáticas frases que caracterizam a sua extraordinária fluência verbal - e o Sr. Pinto da Costa. Do outro lado, com Rio no meio, Sampaio e as chamadas entidades oficiais e oficiosas. Por entre graçolas de circunstância, percebeu-se que , mais tarde ou mais cedo, Menezes vai querer enfrentar Rio e, eventualmente, substituí-lo como candidato "laranja" à Câmara do Porto. Os actuais lugares-tenentes do PSD/Porto, a começar pelo Sr. Marco António, que não perdeu a oportunidade para lançar uma farpa a Sampaio por causa de Burmester, lá estavam perfilados atrás de Rio. Fico perplexo com a insolência como, roçando algum anafalbetismo preocupante em muitos dos casos, a maioria, na vereação do Porto e nas secções partidárias, anda a tratar as coisas da cultura. Parece que o insuportável triângulo Gomes/Narciso/Gaspar, já tem sucessores à altura. Lastimo-o por Rui Rio.

Sem comentários: