12.6.03

10 DE JUNHO

Por não ter escutado a crónica das terças-feiras de Miguel Sousa Tavares na TVI, acabei de a ler publicada hoje no Diário Econó³mico. No essencial, S. Tavares discorre sobre três assuntos: o 10 de Junho, Rumsfeld/Portas/EUA/Iraque e a desgraçada situação da pesca portuguesa. O 10 de Junho, nestes anos de democracia, tem servido para o País se medalhar a si próprio indistintamente, ao ponto de olharmos para o lado e perguntar quem é que ainda não é comendador. Ou seja, está vulgarizada e banalizada a função e os discursos de circunstância em prol da Pátria e do Vate de quem quase ninguém já se lembra. Quanto ao episódio Rumsfeld, não passou disso mesmo: uma passeata rápida ao sol da barra de Oeiras, entre dois dichotes, para acentuar a dedicação do Ministro da Defesa Nacional, quer ao lugar que ocupa mais sossegadamente desde há 3 dias, quer à  magnífica prestação bélica do Sr. Rumsfeld exibida recentemente ,jurando ambos pela existência das célebres armas iraquianas que persistem em não aparecer.Depois da devastação consentida que se tem vindo a produzir de há anos no sector das pescas, a consolação encontrada ontem pelas autoridades portuguesas, consistiu no possível adiamento de uma solução comunitária que nos penalize em definitivo. Esta é a verdadeira imagem da Pátria do 10 de Junho:deixar para amanhã...

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