18.6.03

O ANEL DA CULTURA II

Conforme prometido, e uma vez regressado de Barcelona onde pude perceber que Elizabete Matos, nossa conterrânea nascida em Braga, radicada em Espanha ( que poderia ela fazer cá? ), é só uma das melhores cantoras wagnerianas da actualidade, disponho-me a reflectir acerca do estado presente da cultura em Portugal, depois de uma breve mas esclarecedora passagem pela direcção do nosso único teatro de ópera, o São Carlos, entre Maio do ano passado e Abril de 2003. Nesse período, ouvi a Matos em S. Carlos interpretar Manuel de Falla e parece que reaparecerá no Outono, numa versão concerto do "Navio Fantasma", se se cumprir o que estava previsto antes da minha saída.Ontem à noite proporcionou ao público do Teatro Liceu de Barcelona uma sublime Sieglinde em "As Valquírias" de Richard Wagner.Portugal é reconhecido lá fora não apenas pelas (dizem que) belas pernas do Figo, mas, embora a ópera seja uma espécie de "filha de um deus menor" , Elizabete Matos é hoje um nome já muito consensual nos teatros mais prestigiados, com uma carreira a acompanhar atentamente.

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