O ANEL DA CULTURA
Leio e ouço que, para presidir ao novo Instituto das Artes, o novo produto fundido entre o Instituto Português das Artes do Espectáculo (IPAE) e o Instituto de Arte Contemporânea (IAC), foi escolhido o Dr. Paulo Cunha e Silva que, de entre outros méritos constantes dos dados fornecidos oficialmente, fez parte duma comissão de honra que apoiou o Dr. Ferro Rodrigues na liderança do PS. É curioso que a "fonte oficial" se tenha lembrado disto agora, pois não se descortina relação entre as funções que vai desempenhar e aquela atitude cívica. É como quem diz: "este não é dos "nossos", mas, nós, magnânimos e alheios a quaisquer interesses partidários, lá o nomeamos". Cunha e Silva, como bem nos lembramos, foi dos poucos a defender esta fusão, e antes disto, já tinha passado pela Porto 2001 como responsável pelos Projectos Transversais. É médico e professor na Faculdade de Motricidade Humana do Porto.
Cunha e Silva vai chefiar um Instituto que ainda não tem lei orgânica aprovada e, numa pequena entrevista de rádio que ouvi no carro, já perorou acerca dos subsídios e do orçamento, naturalmente preocupado. Tem motivos de sobra para isso. O IPAE ainda não atribuiu os subsídios aos candidatos aos ditos, na dança ou no teatro, porque não tem dinheiro. Do IAC pouco sei. Ele, porém, que repouse. A famosa "mão invisível" da "gestão flexível" do gabinete do Ministro da Cultura erguer-se-á na altura adequada. Nem que seja para dar uma machadada.
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