PORTAS ESTREITAS

A semana das marchas populares começou com o depoimento de Paulo Portas ao colectivo do Tribunal de Monsanto que julga o "caso Moderna". Pelo que sabemos dos relatos dos jornais e tv's, Portas começou acabrunhado e terminou mais soltinho, tendo, pelo meio, o gesto nobre de consideração manifestado de viva voz em relação ao principal arguido, José Braga Gonçalves, não o renegando. Aparentemente, Portas livrou-se, para já, das trapalhadas relativas à gestão da "Amostra" e, em princípio, terá encerrado a sua participação neste processo. Fica , porém, isso mesmo, a ideia de trapalhada indelevelmente associada ao agora gestor da Defesa Nacional, mesmo que sem mácula penal ou outra. Portas, inteligente como é, deve intuir que a sua boa e frívola estrela política, vai brilhar menos de agora em diante, arrastando consigo o tal "pequeno partido à direita" do Dr. Barroso, com o qual ele nunca se quis preocupar em demasia, mas sem o qual o seu "Portugal em acção" não irá muio longe.