1.11.11

DIA DE FINADOS

O sr. Rompuy e o nosso dr. Barroso escreveram uma cartinha patética aos G20 a, por um lado, pedir que dêem a sua mãozinha a uma Europa destrambelhada e, por outro, a exibirem o putativo "sucesso" do conselho europeu da semana passada como penhor (político?) para essa "ajuda". Entretanto, os sinais são muito claros: bolsas de rastos, bancos de rastos, a zona euro quase de rastos depois do sr. Papandreou - que proclamou o conselho de quarta-feira passada como "um novo dia para a Grécia" - decidir referendar o mencionado "novo dia" por não saber mais o que fazer. Em suma, uma mediocridade financeira e política europeia geral a abrir Novembro depois da "alegria breve" do último encontro de Bruxelas, à espera do próximo e do próximo até ao último. Pobre Europa.

Adenda: Em que parte remota do mundo ou da Europa viverão o sr. Feliz e o sr. Contente?

Adenda2 (de um leitor): «(...) Gostei da decisão do senhor Papandreou: este também não sabe o que é a verdade. E deixa-a nas mãos do povão. Aguardemos ansiosamente pelo "referendo grego" então (faço já a aposta que este será "O" novo termo para a comunicação social se lambuzar de hoje em diante, depois da carroça russa puxada por três cavalos).» Tem razão. Já há para aí umas almas, entre simples e complexas mas que foram sempre contrárias a referendos, a falar do dito "referendo grego" com a típica alegria da necedade. Não lhes ocorre que "o referendo grego" não teria lugar antes de Janeiro o que, traduzido em euros e Europa, ressuma a fim de festividades. Quando a "Europa" do tratado de Lisboa, dos Jerónimos, de Bruxelas et al. se urinou de alegria há para aí uns quatro anos atrás, houve uns loucos do Restelo que avisaram enquanto os do "referendo grego" aplaudiam de pé e de joelhos o "porreirismo, pá" que deu nisto. Razão tinha o outro. Um cretino é um cretino e um vintém é um vintém. E, pelo andar da carruagem, nem vintém. Só cretinos.

11 comentários:

Anónimo disse...

Desculpará mas é dia de Todos os Santos. Dia de Finados é amanhâ, dois de Novembro.
Cumprimentos,
F. d'Aguiar

Gonçalo Correia disse...

O definhamento da banca é confrangedor. Há semanas que escrevo isso... Rapidamente, a euforia da passada quinta-feira deu lugar ao agravamento do estado de decomposição do nosso sistema bancário. Muito doente por culpa própria, sobretudo devido à incompetência na gestão bancária, além da prepotência típica dos banqueiros. A concentração bancária (para já, aposto na dupla BCP+BPI) torna-se mais necessária e urgente. Só não vê quem não quer.

Nota final: entretanto, a economia do Reino Unido cresce, por que será?!

Anónimo disse...

Não percebo o alcance 'milagroso' de pedir dinheiro emprestado à China e ao resto do Mundo, empenhando de caminho o FEEF - que todos se recusam a reforçar com dinheiro vivo, verdadeiro, metálico das suas próprias reservas (ou com dinheiro novo 'feito durante a noite' pelo BCE). Também nada sei de finanças, mas esta "alavancagem"(!) do FEEF vai completamente em sentido contrário àquilo que é impingido aos Estados Membros (à mistura com ameaças de multas para quem não cumprir): "não gastem, não se endividem, controlem as despesas, entesourem, sigam o caminho do 'superavit', reformem estruturalmente", etc, etc. Os líderes europeus deviam perceber de uma vez por todas que sem mudar muito as coisas jamais conseguiremos competir, exportar, trabalhar. Nada deveria ficar na mesma! Em vez disso, parece que as meias soluções (na verdade apenas algodão e gaze nas feridas...) são a escolha de eleição da Europa. E depois, ainda temos estes personagens como Papandreu e o seu referendo... Mas afinal, referendar o quê? E a estas horas, valerá a pena? Será que Frau Merkel já telefonou para lá (Griechenland) aos bérros?

Ass.: Besta Imunda

Lionheart disse...

Besta, não e' a Merkel que tem de dar a cara em Atenas. E' muito fácil ordenar austeridade aos outros a partir de Berlim ou Paris. O pior e' quem chega da "Europa" e tem de explicar aos gregos aquele "acordo" de "perdão" da divida da semana passada. Para os gregos a "Europa" neste momento significa austeridade, pobreza, imposições, enxovalhos e desespero. Ninguém quis saber da Grécia, ninguém se deu ao trabalho de ver o que significa para aquela gente o "perdão". E daqui a uns meses podemos ser nos a estar naquela situação. Basicamente, a "Europa" mete nojo neste momento, e os gregos não estão para se sacrificar pelos outros. A "Europa" lixou-os bem mas eles ainda podem lixar a "Europa" também. Não os censuro.

Anónimo disse...

Dia de Finados: o feriado da Europa!

Anónimo disse...

Finalmente boas notícias. Os cidadãos gregos vão a referendo decidir se querem lançar o país na bancarrota, sim ou não. É tão nonsensical a situação que chega a ser hilariante. Seria bom que ganhasse a posição dos "mediáticos" ou do vulgo "rua" como gostam de dizer por cá, para que o narrenschiff em que transformaram a UE (nomeadamente o ex-maoísta e o outro cavalheiro aparentado do Conde Orlok do Murnau, tenebroso) seja finalmente abalado em vez de continuarem a adiar o inevitável (as consequências para Portugal caso esta opção vença também são óbvias e "desagradáveis"; tanto melhor).
Mas enfim, como os cidadãos gregos partilham do mesmo ADN ideológico dos portugueses mais coisa menos coisa, o que se prevê é que tal como cá há uns anos, aquela que ficou célebre como a "maioria silenciosa" irá às urnas e votará a favor de manter o estado social e evitar a catástrofe económica no país. Gostei da decisão do senhor Papandreou: este também não sabe o que é a verdade. E deixa-a nas mãos do povão. Aguardemos ansiosamente pelo "referendo grego" então (faço já a aposta que este será "O" novo termo para a comunicação social se lambuzar de hoje em diante, depois da carroça russa puxada por três cavalos).
Merkwürdig

Anónimo disse...

Propor o referendo, nestas circunstâncias, é como colocar o PCP e o Bloco de Esquerda a governar Portugal. Vai dar em catástrofe, com toda a certeza.

Anónimo disse...

"dar a cara"; é isso! Agora que havia sido perdoada 50% da dívida (como se fez vezes sem conta a Angola, por exemplo), agora que existia um esquema para tentar colar as coisas com fita-cola e aguentar a Grécia, prevenindo alguma especulação e agitação imbecil nos "mercados", eis que Papandreu surge com a fabulosa ideia de referendar - e não é senão justo. Pergunte-se pois ao Povo da economia paralela, das piscinas não declaradas às finanças, dos registos prediais falsificados, dos sobornos na saúde a médicos que passam atestados a metro e que cobram pessoalmente por exames, da corrupção nos hospitais e nos organismos do Estado que emitem licenças, dos taxistas que desligam o taxímetro e pré-combinam o preço das corridas, dos 13º, 14º e 15º meses, do excesso de funcionários e de tarefeiros, das câmaras municipais com excesso de pessoal, dos 10 jardineiros para 2 árvores, do espírito de clandestinidade - sempre abaixo do radar das fiscalizações, da pensão vitalícia de 1000 Euros para filhas órfãs; pergunte-se agora a esta gente de altíssima qualidade, e que sabe de plena consciência o que é cumprir um dever e ser 'cidadão', se querem o plano de ajuda, o perdão, a austeridade e o caminho do trabalho e da recuperação da credibilidade. Pergunte-se, porque é de extrema utilidade, e o resto do Mundo merece ficar pendurado dos éticos beiços dos gregos - enquanto estes articulam as suas razões e despeitos.

Ass.: Besta Imunda

Anónimo disse...

Referendo, sim.

Ou têm medo do povo?

É preciso pôr os «migueis vasconcelos» que todos os dias vendem a Pátria aos estrangeiros, dentro da prisão.

É preciso fechar as fronteiras, quanto antes!

observador disse...

Caro João, obrigado a me ter poupado ao papel de Cassandra, ao não publicar o post que lhe enviei.

Mas qu'isto 'tá megro, 'tá ....

Anónimo disse...

Besta, voçê toma "coisas"? È que no mesmo post voçê faz dois coments completamente diferentes, o primeiro completamente absurdo e estupido , o segundo completamente parvo e idiota dizendo o que ja se sabe há muito...
ou voçê muda muito de ideias ou manda dosi posts diferentes e o seu "Dr Gonçalves" ha-de publicar um...