Mário Soares, em 2011, não arranjou melhor para apresentar o seu ensaio de memórias do que dois paineleiros televisivos de recente extracção mas que têm em comum o desvelo socrático tardio e fanático. A biografia do antigo pai da pátria merecia melhor. Temos pena.
7 comentários:
Este velhadas não interessa a ninguém... mesmo. É o mister 13%Pai de quê?...
Respeitinho, Dr. Gonçalves. Respeitinho. Com o Dr. Mário Soares não se brinca.
O género de comentários , de um lado e de outro, que geralmente suscitam as intervenções do Dr.Mário Soares, especialmente o género da última, são reveladores daquilo em que o País se afundou.
Ao menos se salvasse a educação
( e a probidade ) dos que se lhe seguirão, dentro e fora da política activa, o que cada vez menos parece possível.
Mario Soares procura acima de tudo sacudir a agua do capote. A "Europa" também e' a sua Europa. Merkel pode não ter a paciência para "seduzir" que Kohl tinha, porque não precisa. Mas o poder que a Alemanha hoje tem foi pacientemente construído ao longo dos anos, para que hoje se possa deixar de salamaleques com figurões insignificantes como Soares, que se acham muito importantes nos seus países e fora deles. A natureza do poder e' o que e'.
Não tenho pachorra para discutir ideias parvas como
revoluções, principalmente vindas de quem, com as suas ideias contribuiu para esta "Europa" desiquilibrada que existe hoje. Gente que continua a não ser frontal, ao não dizer que as implicações profundas para o Estado Português de aceitar as "eurobonds" e a chamada união fiscal. Nesse aspecto prefiro mil vezes Passos Coelho. Ele nao pode dizer publicamente a razão, mas e' obvio que e' contra estas "soluções" devido ao elevadissimo preço a pagar. Nao só Portugal ficaria permanentemente sem soberania orçamental, como ainda (como já se esta' a ver com as tensões existentes com a Troika) ficara' sob vigilância constante, nao tendo autonomia para decidir sob investimentos e política fiscal. O paradigma da "Europa" será evitar a todo o custa que se repita um cenário de sobreendividamento da periferia para que o centro nao tenha de pagar as dividas dos outros, e para isso a periferia nao vai ter redia curta, vai estar 'a mingua. E' bom que se tenha consciencia disto e que se ASSUMA isto, em vez de andar a falar numa UE distributiva para a qual os países ricos nao querem contribuir e por isso nao vai existir. Nestas condições, nunca poderemos aceitar "federalismo" algum. Para ficar sem os parcos poderes que nos restam em troca de coices e uma mão cheia de nada mais vale sair da UE.
Escusado será referir que a supervisão só se aplica aos pequenos, porque se algum dia houver um problema de divida soberania com a Alemanha, jamais esta aceitara' aquilo que a agora quer impor aos outros. Mais. O potencial de conflito de interesses (porque, ao fim e ao cabo, os países são concorrentes) desta tutela, quando se chega ao ponto de haver interferência externa em materia de gastos na Defesa Nacional, e' algo que Portugal nao pode aceitar que se mantenha. Os eurobonds e a uniao fiscal implicam uma troika PERMANENTE sob Portugal. Isto tem de ser ASSUMIDO, e quem nao o faz esta' a enganar os portugueses. Ser contra a troika e a favor de eurobonds (como os alemães entendem este instrumento, e e' como eles os querem que se farão) e' uma FALSIDADE INTELECTUAL!
Três vacuidades publicitando fancaria impressa...
É o pai de uma pessima descolonização, com todos os derivados,povos à mercê de superpotencias, perda de valores e riqueza para Portugal, perda da lingua Portuguesa, sobrelotação de refugiados e retornados, etc etc.Pai da entrada para a Europa e para o Euro, com a devida desindustrialização,destruição da frota pesqueira, agricultura do nada...
Obg, paizinho.
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