O sr. Papandreou, o derradeiro herói da "esquerda moderna" e dos ingénuos, custa a perceber que deve sair. Faz lembrar outro também ex-herói da "esquerda moderna" doméstica que teve de encarar a luz das urnas para perceber. A pusilanimidade revelada por Papandreou em apenas meia dúzia de dias seria o suficiente para não aparecer em público tão cedo. Se a Europa está no estado em que está, a esta parafernália de pusilânimes o deve e quanto mais depressa eleições ou outra coisa qualquer os varrer de cena, melhor. O "romântico" Berlusconi começa a ceder na sua diletante demagogia. Merkel e Sarkozy, infelizmente, ainda ficam mais uns tempos para desgraça de uma "casa europeia" que exibe como mordomos Barroso e Rompuy, ou seja, pouco mais que nada. A "Europa" é hoje um animal moribundo e acossado graças a esta trupe de ineptos que só agora, tarde, acordou para a política. Os G20 não são melhor. O mundo - que já não é nem "ocidental" nem "de leste" porque a argamassa dos seus principais dirigentes é de fabrico "único" - tal como o conhecíamos, previsível e em módico equilíbrio, despareceu para dar lugar a maus apresentadores de televisão arvorados em estadistas. E por cá? Bem, por cá é como escreve Pulido Valente no Público. Por cá, «o Bloco e o sumo da esquerda bem pensante também contam com um milagre de fora. Uns recomendam, prometem ou profetizam a famigerada "saída" do euro, sem perceber que essa "saída" destruiria rapidamente a classe média e poria a pão e água a maioria dos portugueses. Outros lamentam que a Alemanha e o BCE não se ponham por aí a imprimir dinheiro e provoquem uma inflação descomunal capaz de absorver a dívida, qualquer que ela fosse, e de caminho devastar a Europa. E outros, que se distinguem pela sua particular ingenuidade e espessura, persistem em pensar no tio do Brasil, isto é, em eurobonds generosamente concedidos, por razão nenhuma, à indigência universal. Como os sarilhos da direita, a absoluta nulidade da esquerda é um sinal de morte.» Wotan, o Viajante, anda por aí.
4 comentários:
por não poder actuar
limito-me a ver passar o funeral mundial.
como na mitologia grega os acompanhantes são coxos e taradinhos
Respeitinho, Dr. Gonçalves. Respeitinho.
A Europa é uma anedota; os "mordomos", patéticos. O Canadá já afirmou, seca mas categoricamente 'à cidade e ao mundo', que não contribuirá nem com a ponta de um chavelho para o "Fundo". Ninguém confia na "Europa", o que é perfeitamente natural, pois os próprios 'europeus' acham a 'europa' uma farsa.
Ass.: Besta Imunda
Aqueles que profetizam a saída do euro não ignoram necessariamente as consequências.
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