Tenho andado a ler este livro. António Barreto chegou à Suiça em 1963, com 20 anos. Não havia "zonas de conforto". Nem no Portugal de chumbo de Salazar, nem no país de exílio. Barreto fez de tudo um pouco. Até estudar apesar da "falta de tempo". Foi «vendedor de móveis no Grand Passage, mudanças de casas e de escritórios, carregador nos correios ou nos caminhos de ferro, modelo para pintores, distribuição de jornais, criado de café e restaurante, porteiro de hotel, recepcionista de noite, ajudante de tipógrafo e impressor de offset...» Outro tempo. Outra gente.
2 comentários:
Certo, outro tempo outra gente.
Mas neste tempo (com menos idade do que Barreto) há gente que fez e faz tarefas e actividades para viver e sobreviver "fora da zona de conforto=malandrice e ócio desmesurado.
Eu já fui torneiro mecânico, caixeiro de peças auto, vendeodr de publicidade, empregado de escritório, moço de trolha (sabem o que isso é?. Hoje faço de professor.Amanhã não sei o que farei. Mas serei sempre uma PESSOA a lutar por mim, pela minha família e pelo nosso país. Quanto ao meu país sinto tristeza pela maus tratos que lhe dão.
Um aparte: Deveria existir uma comissão de protecção aos países e nações maltratadas.
não estou a ver grande avanço ... ou recuo .... entre os meus alunos com média de entrada de 18,2 há muitos que tem de ir virar hamburgueres na McDonalds para poderem pagar quartos e comer ... e claro está ...são os mais prováveis candidatos a sair daqui com uma velocidade astrofísica...
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