Esta semana foi fértil em prosas inflamadas, em entrevistas disparatadas e em opiniões mais e menos respeitáveis sobre serviço público de comunicação social, com particular realce para a televisão. Provavelmente consegue-se a partir disso tudo, e pelo respigar de uma frase ou outra retirada de diferentes autores, uma "redacção" equilibrada acerca do tema. Nem uns têm toda a razão do seu lado, nem os outros têm toda a desrazão do seu. A coisa serviu para que o "sistema" (sim, em torno disto existe uma ecologia muito específica quase sempre reservada aos mesmos) reagisse e para que velhos porta-vozes de velhas "teorias" saltassem dos jazigos de família para apanhar um pouco de ar fresco. Ou para que novos porta-vozes de novas "teorias" se exibissem à conta de dois ou três equívocos. Ora as coisas são como são. Como diz o autor do livro ali à direita, convém frequentar a escola da realidade. E quem decide vai a votos e anda nessa escola que, ainda por cima, está longe de ser gratuita. Não são rosas, senhor, mas é a democracia. Com todas as suas imperfeições e jubilações.
2 comentários:
Eu só queria saber quem é o responsável por todo o lixo de filmes que nos atiram para dentro de casa quase diariamente. Ainda há dias, no programa "Curtas",na RTP2, que até costuma ter a bolinha vermelha no canto - a maior parte das vezes nem sei porquê - passou, SEM BOLINHA, um filme sobre o abuso de uma criança por parte de um adulto, dentro de um automóvel, com cenas praticamente explícitas. O imbecil que mandou projectar aquilo devia ser julgado, incluído no processo "Casa Pia". Há que ter mão nesses biltres que, provalemente, escolhem os filmes de acordo com as suas taras. È preciso, sem dúvida, reformar a televisão pública...
Está na hora de ouvir, de Copland, Canticle of Freedom.
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