6.11.11

ESTAMOS SEMPRE A APRENDER


Um tipo chega a casa depois de mais de cinco horas de excelente Wagner, liga a televisão e o que é que vê? Jerónimo de Sousa, um homem até há pouco aparentemente cordato, a apelidar governantes de "carrascos" e a compará-los a Augusto Pinochet. Atrás dele Ruben de Carvalho, que está longe de ser um burgesso, aplaudia. Jerónimo parecia um anão nibelungo: ressabiado, vingativo, cheio de ódio. Decerto não ignora que só em democracia (e mesmo numa como a nossa, cheia de defeitos instintuais) ele pode ser assim e exibir tranquilamente a sua flatulência partidária, rasca e primitiva, sem desaparecer de um dia para o outro como era costume no regime de Pinochet. Não esperava de Jerónimo tamanha tacanhez e tanta demagogia ordinária. Estamos sempre a aprender.

6 comentários:

eirinhas disse...

Tenho para mim que toda esta sanha que se criou,nestes últimos dias,na sociedade portuguesa,se deve ao facto de o governo,nas medidas que vem tomando,ter dividido em duas a dita sociedade.Penso que a maioria não contesta as medidas,contesta sim a forma da sua execução.

Anónimo disse...

está a ver mal a coisa, também com tacanhez e ressabiamento pessoal que também lhe é (seu) tique (no seu caso, pelos comunistas e outras variantes que foi encontrando pela vida fora ).
penso que realmente é preciso uma revolução violenta, para começar do zero. e nisso o Sr. Jerónimo de Sousa está certo

Lura do Grilo disse...

Em entrevista quer acabar com as maiorias na Rua e com a democracia também. Por muito menos que a rua a Hungria e Checoslováquia foram invadidas pelos seus e os metalúrgicos na Alemanha de leste metralhados quando pediam melhores condições de vida e de trabalho.

Anónimo disse...

Não esperava isto do Jerónimo? Por ser simpático? Mas olhe que a cartilha do PC, desde o Dr. Álvaro Cunhal, se mantém pura e dura, como há 80 anos atrás. Não seja ou não se faça de ingénuo.

João disse...

Provavelmente Jerónimo de Sousa não é fã de Wagner, nem mesmo de Mahler.

Anónimo disse...

Nada a dizer em relação ao texto, é a sua opinião, válida como qualquer outra. Agora, abaixo de cão é a imagem que acompanha oo texto. O contexto é a preparação da Festa do Avante, aonde, de facto, JS aplica o seu labor juntamente com centenas de pessoas. O seu objectivo aqui foi desqualificar as opiniões de alguém, chamando à colação uma imagem do que, na sua óptica, é um trabalho de pobres de espiríto. Fica-lhe mal o preconceito. A outros ficaria mal igualmente se, para ilustrar uma reflexão sua, anexassem uma imagem de si a fazer algo menos, diria, próprio. E o que me oferece comentar.