19.9.11

AS COISAS SÃO O QUE SÃO

No meio do ruído, um post sereno do Fernando Martins. «Nada pior poderá acontecer (embora já esteja a acontecer), económica e politicamente, para a Madeira, para Portugal, para Europa e, já agora para o mundo, do que andar por aí a fomentar egoísmos mascarados de seriedade, de eficiência e até de xenofobia, mas que na verdade não passam de estrénuos sintomas de esperteza saloia típicos de cabeças que estão convencidas que o mundo não só começou ontem, como, e sobretudo, não é como é mas sim como devia ser.»

5 comentários:

Anónimo disse...

Nenhuma destas considerações filosófico-metafísicas (quem nasceu primeiro: Alberto João ou a Desonestidade ?) pode servir de desculpa ou atenuar as responsabilidades dos governantes e dos povos. Os castigos devem existir; e nem a austeridade que se seguirá será suficiente só por si. Portugal é um Estado e a Finlândia outro; compreende-se muito mais facilmente a 'relutância' dos finlandeses (sejam "verdadeiros" ou não) em desculpar os irresponsáveis lusos; e o paralelo que se pretende fazer com a relação Continente-Madeira acaba justamente aqui. Passos Coelho brandiu em campanha (e bem) mensagens e princípios destinados a diferenciar o PSD do PS-sócrates-do-desvario-orçamental; a Madeira e A. João humilharam Passos, insultaram o País no seu conjunto, retiraram limpidez moral ao Governo, serviram o 'inimigo' de munições, envergonharam a nação perante os credores. E tudo isto feito em tempo real, por meio da 'net', das televisões, transmitido ao mundo com justificações agressivas que (essas sim!) roçam a xenofobia - e não comunicado com 3 meses de atraso num cinema de 'actualidades a preto-e-branco' de acesso restrito. Jardim disse em público, porque a sua arrogância é maior que o mundo, que fez tudo de propósito. Com não guardá-lo numa prisão? O 'Mundo' é como os 'Direitos Adquiridos': são como são até deixarem de o ser.

Ass.: Besta Imunda

Anónimo disse...

A mim só me espanta a solicitude da Procuradoria Geral da República, querendo investigar se há ou não crime na actuação do Alberto João Jardim. Pelos vistos, no tempo do Sócrates, que devastou o país, a Procuradoria andava a dormir... Ou então estava amordaçada...

Cáustico disse...

Muita lata e falta de vergonha em demasia

A actuação e comportamento dos políticos, e não só deles, devem estar sempre sujeitos a crítica, que se deseja objectiva, correcta e salutar.
Os responsáveis pela gestão da Região Autónoma da Madeira, não fugindo à maleita que atinge quase todos os portugueses (terem tudo, mesmo o que até pode ser dispensável, e com plena consciência de jamais poderem pagar por falta de capacidade financeira), contribuíram para tornar ainda mais negro o tenebroso cenário actual português, que é uma criação exclusiva do socialismo de merda.
A crítica ao desaforo madeirense é geral e não pode ser objecto de censura. A todos assiste o direito à crítica. Mas se todos têm direito à crítica, nem todos têm legitimidade para a fazer.
Ao decidir, por conveniência pessoal e da quadrilha a que pertence, mandar o socialismo às malvas (socialismo que, aliás, nunca praticou em toda a sua vida), metendo-o na gaveta, o chamado patriarca da corja do Rato deu início ao socialismo de merda, de tão funestas consequências para o país.
Portugal está num beco sem saída que o levará a desaparecer como Nação. E para esta situação muito contribuiu igualmente, de forma assinalável, a actuação doutro produto do covil do Rato: António Guterres.
Este socialista de merda, obcecado, naturalmente, pela ideia de passar à história como um homem altruísta, de coração muito generoso, conseguiu, com as suas ideias cretinas e decisões absurdas, transformar o país num pântano.
Mais tarde, outro membro da quadrilha do referido patriarca, o grande canalha (quem mente para enganar terceiros não passa de um reles canalha), tomou assento na principal cadeira do poder. Utilizando processos censuráveis, de que usou e abusou: mentiras, manipulações e escamoteamentos de toda a ordem, completou a obra dos seus colegas. Se já estávamos mal, pior ficámos.
As actuações nefastas destas ratazanas mereceram sempre a aprovação quase unânime dos restantes quadrilheiros, os canalhinhas, que muito rejubilaram, principalmente, com a actuação do patriarca e do grande canalha. Este, que aldrabou o país como quis para atingir os seus fins, que inúmeras vezes suscitou vivas suspeitas de desonestidade, depois de tudo o que fez, ainda é desejado por alguns imbecis como um D. Sebastião. Mas este desgraçado rei morreu em Alcácer-Quibir. Ao grande canalha não desejo a sua morte física, que bem a merece, mas simplesmente que seja corrido da política por comportamento indecente e lesivo dos portugueses e impedido de ocupar qualquer cargo de responsabilidade na administração deste país. E se roubou, que pague.
Não me surpreende que qualquer quadrilheiro político de cor diferente à do PSD o ataque por causa dos acontecimentos da Madeira. Quem está com as mãos limpas pode e deve fazê-lo.

Cáustico disse...

Mas não me venha a rataria, a escumalha política do Rato, criticar noutros as acções que constituíram o prato forte do grande canalha e que sempre receberam a sua aprovação ou o seu silêncio conivente. Precisam não esquecer que também se é responsável por omissão.
O actual Ali-Babá da quadrilha do Rato não se cansa de atacar o Presidente do Governo Regional da Madeira, dizendo dele o que Mafona não diria do toucinho. Procura esquecer que aquilo que fez João Jardim não tem comparação com os desmandos, as diatribes, as porcarias, os buracos feitos pelo grande canalha, que sempre venerou. João Jardim endividou a Madeira, o que é censurável, não para seu governo de vida ou da sua família. Não vive em casa de luxo, passa a maior parte das férias em Porto Santo e não tem, nem a família, dinheiros em paraísos fiscais. O chefe actual da rataria muito grita e barafusta apenas para se fazer notado, porque sabe bem que o obreiro do pântano e o autor da desgraça final de Portugal são seus companheiros de quadrilha. E enquanto os citados salafrários faziam o pior que podiam ao país, cavando livremente o buraco para onde nos atiraram, o Ali-Babá manteve um silêncio conveniente. Mas agora já fala sem um mínimo de vergonha.
Consta que o maioral dos canalhinhas é proprietário de duas farmácias. A gestão que nelas está implementada obedece aos sãos princípios socialistas ou apenas ao socialismo de merda?

Anónimo disse...

Alberto João Jardim também vai estudar filosofia para Paris?
Viemos agora a saber que, também na Madeira, como no continente, o peso das Parcerias Público Privadas rodoviárias assume a parte de leão da dívida pública.
No caso da Madeira o peso da dívida das Parcerias rodoviárias soma 1/3 da dívida global de 7.5 mil milhões de Euros, ou seja 2.5 mil milhões.
Ora, ficamos a perceber a natureza semelhante do abuso e dos dislates na governação e das condutas criminosas dos seus titulares, tanto em Lisboa como na Madeira, e que foram exactamente iguais.
Não deixa contudo de ser irónico: tanto AJ Jardim como José Sócrates afinal eram bem mais parecidos do que eles próprios julgavam, e até mesmo nos abusos cometidos com o erário público ambos usaram dos mesmos expedientes para chegarem a resultados semelhantes.

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Ainda mais escandaloso é, também à semelhança dos favoritismos políticos já antes conhecidos em Lisboa - quem não não lembra o triângulo dourado Sócrates/PS-Mota Engil-Jorge Coelho - ficamos também a conhecer a natureza do triângulo laranja da Madeira: AJ Jardim/PSD(Madeira)-Tecnovia-Jaime Ramos.
Para quem se encontre menos informado a Tecnovia é a empresa campeã das obras públicas da Madeira e o seu principal accionista Jaime Ramos, é o todo poderoso secretário-geral do PSD Madeira e numero dois da hierarquia laranja na Madeira, onde tem assento na Assembleia Regional.
O seu filho, também deputado na Madeira, é o líder da JSD local.
Jaime Ramos e o seu filho são ambos deputados regionais, mas acumulam estas funções com importantes posições accionistas e a participação em conselhos de administração em mais de 50 empresas.
Destas empresas, a maioria tem florescido através das suas ligações ou negócios com o Governo Regional.

A MJ Ramos, é uma empresa que pertence em exclusivo a Jaime Ramos e participa no capital de algumas das maiores empresas de construção civil da região: Tecnovia, Tâmega e também da TecnoRocha, três empresas que ganham regularmente os concursos públicos para obras adjudicadas pelo Governo Regional da Madeira.
Estas mesmas empresas participam no capital social da Sociedade Via Litoral e Sociedade Via Expresso, as empresas que detêm a concessão das vias rápidas com o mesmo nome.
No final do ano passado, a Controlmedia - outra empresa da família Jaime Ramos - venceu o concurso para a promoção turística da Madeira, no valor de 644 mil euros.

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Bem feito, o rei da Madeira vai nu.