Pelas contas do DN, trinta "figuras de topo" do regime foram a seu tempo, e sucessivamente, informadas sobre a Madeira, a pira conveniente para onde - desde a última vaca dos Açores ao primeiro taxista especado no aeroporto de Lisboa - se tem estado agora a atirar todo o lixo acumulado em décadas de incúria colectiva e de impunidade cúmplice. Confesso que sou pouco dado a espíritos de manada sobretudo quando ela integra muitos dos responsáveis morais ou materiais pela referida impunidade. Aliás, gostava de ver a mesma "indignação" manifestar-se a propósito de coisas como as PPP's, as empresas públicas, as fundações, os institutos, as "agências", etc., etc. ou das próximas "surpresas", É só, de facto, fazer as contas e rezar menos o terço do moralismo de ocasião. É fácil atirar a honra das pessoas aos cães, como afirmou Mitterrand num outro contexto. Aliás, isto funciona mais ou menos como uma declinação da "trama" da Os Maias, de Eça. Não era tanto a circunstância de os irmãos dormirem um com o outro como o facto de se saber que dormiam que importava. Ou seja, podiam dormir desde que não se soubesse. Não venham depois dizer, na noite de 9 de Outubro, aquando da derradeira vitória de Jardim, que afinal somos todos madeirenses. Haja então, já que ululantemente o exigem, um bocadinho de decoro.
7 comentários:
Já tinha saudades suas homem.É assim mesmo,esta rapaziada do PSD que jamais,em tempo algum virá a ter um homem que com a sua governação,discutível como todas as governações, marca-se tanto POSITIVAMENTE a área onde actuou, neste caso uma região,a sua região. E qual é o pecado do homem? gastou mais do k devia! Mas existe neste pobre país alguma área em que assim não fosse, com o agravamento de nada terem para apresentar como contrapartida ao torpedeamentos de todos os orçamentos? Não! E isso é que dói à cambada
O Jardim é o "Vale e Azevedo" da política, porque é o único que se pede que seja julgado enquanto a corrupção é a quase a regra na classe política. Não se perde nada se Jardim sair de cena, mas também não embarco nesta encenação da esquerda de centralizar a questão da dívida na Madeira.
Especialmente por causa pouca vergonha que foram as (des)governações guterrista e socretina, e porque ainda falta saber muita coisa sobre os Açores, sobre as autarquias e sobre todo o sector do Estado.
Aguardo também com muita expectativa o resultado das auditorias aos bancos porque vamos "aprender" muito (como se já não soubessemos...) sobre como e a quem se concede o crédito em Portugal. Atente-se particularmente no financiamento que Joe Berardo obteve junto da CGD para se meter no BCP e como agora o banco do Estado está a arder. Mais uma "intervenção" socretina que tem de ser bem esmiuçada publicamente que é para as pessoas não ficarem vidradas em "miudezas" como as aldrabices na Madeira.
Há uma hipocrisia insustentável dos socialistas sobre esse assunto que enjoa:
http://largodasalteracoes.blogspot.com/2011/09/sem-hipocrisia-nem-histerismo-portugal.html
Este zig-zag político, moral, ético em torno da trajectória carnavalesca de Jardim é próprio cá do burgo - sempre calhandrento e pouco dado à verticalidade. O que era condenável em sócrates não pode ser desculpável em Jardim. Este último tem deixado obra feita - mas a que preço e com que custos: rios de dinheiro e trafulhices; terceiromundização das mentes madeirenses; criminoso separatismo induzido por javardos como Jaime Ramos. Se estas 'boas práticas' assim começaram há 35 anos, elas são inaceitáveis agora. Eram já inaceitáveis quando Sousa Franco recolocou o contador a zero por causa do mortal-e-pestífero-euro; hoje prefiguram crime. Assim como o governo sócrates devia ir todo em conjunto arrastado até à barra dos tribunais - envergando macacos e grilhetas. Entretanto, figuras mais ou menos mumificadas como Soares vão proferindo estultas afirmações: se se trata de criticar o governo dizem "que o dinheiro aparece sempre" ou "que o acordo da troika não é tudo" e "que o déficit está transformado numa obsessão"; depois - acerca de Jardim - deixam escapar "grande preocupação com o déficit da Madeira". O PSD, o Governo não podem deixar-se resvalar para esta imoralidade de duplos critérios e de ardis políticos tão próprios do desonesto e incompetente PS. Esse lixo de caracter ficará melhor a personagens como Seguro e aos seus actuais deputados - que materializam um friso de virgens amnésicas e ofendidas que ainda em junho praticavam selváticas coboiadas nos ministérios. A época não está para pactuar com os procedimentos de Jardim; a sua gestão está caduca e fora de moda; não é deste século. O homem devia ter saído já. Mas tipos como ele são também como sócrates: só a pontapé deixarão o poder.
Ass.: Besta Imunda
Já há um certo tempo, ouvi uma conversa entre dois jovens. Um rapaz, do Porto, e uma rapariga, de Braga. A dado momento, o rapaz, querendo espicaçar a moça, em consequência da rivalidade existente, disse: vocês têm lá um Presidente de Câmara que não se “lava em boas águas”. Responde a moça: Pois é. È ladrão mas faz obra.
Entre a maioria dos portugueses o princípio que vale é este: Não interessa que se roube, o que é preciso é que se faça obra. E o que é válido na coisa pública também o é no campo privado. E em quantas autarquias deste país está em vigor o princípio?
A cidade de Vila Nova de Gaia, onde passei quase toda a minha juventude, causou-me uma surpresa enorme quando lá voltei depois de quase trinta anos de ausência. Fiquei admirado. No entanto, pessoas amigas que sempre lá viveram, dizem-me que a Câmara é a mais encalacrada do país. E não deve ser a única.
Actualmente já não ouço a cantilena: “Anda ver a tua terra, como está bonita agora”. É que antigamente as terras iam ficando, embora lentamente, mais bonitas, mas com dinheiro nosso. Hoje podem estar ainda muito mais bonitas, mas à custa de ferrar o geco a tudo e a todos. Quanto é que Portugal deve? E até quando vai continuar caloteiro?
Creio ser um procedimento curial, aquando da visita turística a uma localidade, e antes dos elogios que não puderem deixar de ser feitos, procurar saber-se, junto da respectiva autarquia, qual é o montante das suas dívidas.
A Madeira fez despesas que não devia ter feito e com isso complicou ainda mais a vida do país. Mas João Jardim é o único Presidente que teve um comportamento incorrecto? O que é que se passou durante a governação do Grande Canalha? E alguém pediu a sua punição? Os restantes presidentes das Câmaras deste país têm todos as mãos limpas? E já alguém levantou a voz a solicitar o merecido castigo?
Os políticos, seja qual for a cor do arco-iris do seu agrado, são a maior peste entre a peste humana.
O Jardim está em maus lençois: políticos de todos os partidos, comentadores, jornalistas querem que o homem seja julgado em tribunal pelo buraco de 2 mil milhões.
Quanto ao homem (não me recordo agora do nome) do buraco de 80 mil milhões disse-se que tinha sido julgado nas eleições e nunca mais se falou nele.
Quem tramou o Jardim? a maçonaria? o lobby gay? as secretas?
É muito curioso e típico este exercício de tentar disfarçar esta concreta trafulhice jardinista, que consiste em sonegar informações obrigatórias sobre operações de endividamento e adiamentos de endividamentos,com toda a panóplia de excessivos gastos,lá ou aqui,que podem ter sido errados politica ou econòmicamente,mas que não consta terem sido omitidos às instituições de acordo com a legislação vigente.Que toda a gente andou a gastar em excesso durante muito tempo,ninguem duvida,mas a artimanha rasteira e ilegal de esconder as manobras contabilísticas a quem de direito,é outra coisa. Penso eu de que...
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