De acordo com Inês Pedrosa. «Os alunos vão aprender a nova ortografia, e o que vai acontecer é que se vai deitar livros fora e as pessoas vão deixar de saber escrever. Li o texto do acordo e posso dizer que dificulta a compreensão da língua.»
Isto está a acontecer devido à qualidade do povo português. Se todos deixassem de comprar jornais, livros, revistas e qualquer publicação que estivesse escrita com a ortografia do acordo; se todos deixassem de ligar aos canais de TV que tivessem as legendas com a ortografia do acordo,como há muito venho fazendo, eram os escritores, as editoras, as administrações dos jornais, das editoras de revistas e dos canais de TV que de pronto imporiam aos salafrários políticos o abandono do acordo, sob pena de terem de fechar o negócio. Infelizmenteos portugueses só têm habilidade para aquilo que não deviam ter.
O fato de não se saber quando usar fato ou fato está no problema de não se saber que fato usar. Porque fatos e fatos são duas coisas completamente diferentes de fato. Com fato ou sem fato. Os gramscianos tudo fizeram e tudo conseguiram destruir em Portugal desde 1974 na Totaler Krieg à cultura e tudo o resto, mas faltava o último resquício do último vestígio da portugalidade do ex-império que ficou espalhado pelo mundo, a língua. Conseguiram destruír substituí-la pelo brasileiro, língua que nem sequer existe mas não interessa porque para os herdeiros da escola de Frankfurt importa apenas a destruição do que está, o que vem depois não interessa e quanto mais absurdo melhor. Parabéns. Depois da bancarrota sócrates talvez a ortografia sócrates? Merkwürdig
O grande país-continente, onde o português impera e prospera, está-se a cagar para o grande passe subserviente dado cá a favor do horrendo e pseudoconvergente 'acordo'.
Tambem não gosto do Acordo,mas não sei se a "escritora" Pedrosa,que tão adequadamente poisa no "Correio", não deveria regressar à Primária. Diz-se "que se vai deitar livros fora" ou "que se vão deitar livros fora"? E a concordanciazinha?
sR dR jOÃO gONÇALVES: ...Quado todos acordarem, o lídimo pátrio português ESTÁ MORTO, EM IN-FÓLIOS AMARELENTOS ENTERRADO...SÓ UMA SAÍDA -- ressuscitá_lo ATRAVÉS DA trans_gres_são!!!! triste fétero, EM PARADOXAL tempo de Esperanças!
Quem faz a língua?: -- Os doutores, ou as gentes? A Tv, ou o povo? (a propósito do anterior 'comment') 'a sandice dos comentários' (diz Fernanda Valente) -- enfie a quem couber a carapuça... 'Carreira académica' (diz Fernanda Valente...) -- Aquilino e Camilo 'aprenderam' com a nata ou a flor do falar português democrático ou seja com O POVO!!! Nada, de nada, tiveram a ver, nem quiseram (ostensivamente) ter a ver com 'académicos'. Que são quem doutrina e instila o veneno do falejar acordado com tricas e minudências. E em última análise 'querem impor 'lei'... Não bastava a tv bombardear-nos com aleivosias, temos agora o mundo Web escorreito e 'light'. Factos... Se as gentes dizem facto, porquê fato? Discutam e discutam que não vão ao fundo da questão, que é: que o simples povilhéu mexilhão é que está a ser atacado com os acordados. O resto é verniz que não abala a estrutura. Entretenham-se, deslindem, esquadrinhem, que não vão ao fundo da questão. Escrevo e escreverei com os filhos da língua mãe, matriz bebida com leite da mama da mãe física. / comentário aposto no facebook às 14h 18'
A gramática portuguesa, a verdadeira gramática, a anterior a Abril/74, esclareça-se, estabelece sem margem para qualquer dúvida, no que se refere à divisão e classificação dos termos de uma oração, que o predicado/verbo tem obrigatòriamente de CONCORDAR com o sujeito /substantivo, seja este explícito ou indefinido/abstracto. Por consequência esta frase da senhora Pedrosa está mal construída, o que para uma pessoa que se diz escritora... é no mínimo escandaloso.
Mas não é só ela que o faz, pràticamente todas as personagens que discursam nas televisões: políticos, doutores, arquitectos, engenheiros, cientistas, professores, alguns escritores(!), jornalistas e um larguíssimo etc., sem esquecer os subtítulos dos documentários nos vários canais e o perfeito escândalo da televisão estatal adoptar o aborto ortográfico até no seu logotipo!! - e o que é mais vergonhoso é que a maior parte destes tem idade para ter feito a escolaridade no anterior regime!, regime este que, no que diz respeito à educação/instrução era rigorosíssimo e em virtude disso com resultados brilhantes como é do conhecimento de todos, facto que este regime não pode desmentir - assassina-a diàriamente, o que não só é inadmissível como causa repulsa a quem ouve ou lê este perfeito ultrage à nossa língua materna.
Deus salve a língua portuguesa do ataque dos apatridas e traidores que vieram para o nosso país com o fim, dentre outros crimes gravíssimos, de a destruir pela raíz.
Obs.: Pela pena da senhora Pedrosa, lê-se: "... se vai deitar livros fora...' - se o sujeito é LIVROS e está no plural, o predicado é VÃO (e não 'VAI'), porque tem de forçosamente concordar com o sujeito. Não sei porque razão a escritora escreveu correctamente: "... as pessoas vão deixar de saber escrever." e não, segundo a sua lógica, como erradamente o fez na oração anterior: "... as pessoas VAI(!) deixar de saber escrever." ou, também correctamente, na primeira proposição do parágrafo: "Os alunos VAI aprender a nova ortografia"... Seria 'lindo' se assim fora..., mas aos seus ouvidos, em ambos os casos, a sematologia deve ter-lhe parecido demasiadamente estranha e lá acertou na sua composição. Já não está mal. Há pior. Maria
Pelo menos que se saiba alguma coisa sobre o tema que se comenta. A palavra «facto» continuará a manter, com o acordo ortográfico, o «c» antes do «t» pela simples razão de que no português europeu esse «c» é pronunciado.
Caro anónimo das 6.43PM: Não obstante concordar, completamente, com o seu ponto de vista, sobre o crime de destruição da Língua Portuguesa, a que, eufemisticamente, chamam acordo ortográfico, já não posso concordar com algumas observações ou reparos sintácticos que faz na frase “…se vai deitar livros fora…”, visto o termo “livros” não ser o sujeito na referida frase, mas fazer parte do complemento directo. Por outro lado, e com o devido respeito, a sua frase “ não sei porque razão a escritora escreveu correctamente…” contém um erro grave de sintaxe, visto a frase correcta ser “não sei por que razão a escritora escreveu correctamente “ e não “ não sei porque razão a escritora escreveu correctamente .“
Tem razão na segunda chamada de atenção, pormenor que me escapou não sei como. Se estiver habituado a ler o que modestamente me permito escrever aqui e ali, terá certamente reparado que nunca troco o 'porque' pelo 'por que' e vice-versa. Isto pela seguinte razão: o 'porque' (conjunção) não é passível de ser confundido com o 'por que' (preposição e pronome relativo).
(já que falo em preposições, aproveito esta oportunidade, o que ando para fazer há anos, para as deixar por extenso, já que quase ninguém - dos que vão às televisões, os que escrevem os respectivos subtítulos, escritores, jornalistas, etc., com honrosas excepções, do mais erudito palrador ao mais humilde comentador - as emprega. O que, convenhamos, é uma falta de respeito para com a língua portuguesa e, pior, empobrece terrìvelmente o nosso discurso oral ou escrito).
Preposições: a (não confundir com o artigo definido feminino singular, que também o é), ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, por, per, perante, sem, sob, sobre, trás (não confundir com o verbo TRAZER no presente do indicativo, 3ª pessoa do singular, embora esta pessoa do verbo se deva escrever com um Z, mas parece que agora (desde há vinte ou trinta anos, claro) todos o fazem erròneamente com S..., isto, como é evidente, para facilitar a vida aos adeptos do "acordo" e já agora aos analfabetos dos políticos que o promoveram, aos linguístas que o geraram e aos professores que inacreditàvelmente o adoptaram).
Quanto ao que refere em primeiro lugar, peço desculpa mas não concordo. Para se saber se uma proposição está correctamente elaborada (quando há dúvidas), basta alterar os termos da mesma e verificar-se-á imediatamente se está certa ou errada. Senão, vejamos a frase com os termos trocados - o que dá o mesmíssimo sentido à oração, ainda que escrita diferentemente:
"... livros (sujeito) VÃO-SE (predicado) deitar fora..." Nunca por nunca ser poderíamos escrever esta frase correctamente do seguinte modo: "... livros VAI-SE deitar fora..."
«o que vai acontecer é que se "vai" deitar livros fora e as pessoas vão deixar de saber escrever»
Esta construção de Inês Pedrosa está correcta. Concretamente, a forma “vai”, aqui evidenciada, deve ser usada no singular e não no plural.
Nesta frase, o sujeito não tem a ver com os livros. O verbo "ir" tem aqui o carácter de verbo impessoal, visto que a acção não pode ser atribuída a nenhuma pessoa gramatical, não necessariamente uma pessoa humana.
Nestas circunstâncias, o verbo deve ser conjugado na terceira pessoa do singular.
Não acontece apenas neste caso. O critério aplica-se a outros verbos, de que é exemplo mais frequente o verbo “haver”. Quando usado no sentido de existir não tem plural. "Contra factos não há argumentos". Aqui não tem plural, pois não faria sentido dizer "Contra factos não hão argumentos" !
Mas também acontece frequentemente com o verbo “tratar”. Este verbo também pode ser empregue como impessoal e nessas ocasiões não tem plural. Tem plural quando se diz, por exemplo, "estes livros tratam de assuntos muito interessantes", porque aqui o verbo é pessoal (os livros constituem a pessoa gramatical). Mas não tem plural quando se diz : "trata-se de assuntos muitos interessantes", porque apesar de o complemento vir no plural, o verbo aqui é impessoal. Logo, fica no singular.
Note-se que o verbo "tratar" é usalmente pessoal (os médicos tratam os doentes), mas em certas construções torna-se impessoal (trata-se de questões muito difíceis).
No geral, os verbos impessoais podem ser "essencialmente impessoais" quando são impessoais no seu sentido usual, tal como chover, nevar, amanhecer, etc... visto que nunca são associados a uma pessoa gramatical.
No entanto, verbos que no seu sentido usual são pessoais, podem ser "acidentalmente impessoais" em certas construções. Por exemplo, "fazer" costuma ser verbo pessoal mas pode ser impessoal quando dizemos "faz anos que não o vejo". Aqui é obrigatória a terceira pessoa do singular.
Falou-se do FATO, como se fosse sempre FATO, mesmo quando é FACTO.
O FACTO continua, pois a consoante (C)não é muda, lê-se!.
Para quem não compreende que a língua é e está viva,porque não defendem que se deve escrever como nos primórdios da República? Ah...aceitam essa mudança, porque nasceram depois dela.
Jorge Oliveira, Muito grata pelos seus avisados esclarecimentos. Se me permite discordo num ponto, mas esta é a minha opinião. A segunda oração, pelo facto de possuir dois verbos conjugados na mesma pessoa (e mesmo que tal não acontecesse), ou seja 'VAI acontecer' e 'se VAI deitar', tem obrigatòriamente que ser dividida em duas proposições. Cada oração só comporta um verbo conjugado, o segundo tem que estar ou no infinitivo ou no particípio passado. (Se houver mais verbos numa só oração além dos dois mencionados, eles terão que estar nos dois tempos acima citados). E porque assim acontece, na terceira oração existe um sujeito que é 'livros' e se ele existe e está no plural, o respectivo predicado tem que absolutamente concordar com ele, portanto também no plural. Isto pela simples razão de que não estamos perante um sujeito indefinido ou abstracto.
Por exemplo, não se pode escrever a seguinte frase deste modo: 'vai vender-se todos os livros daquela livraria' mas sim 'vão vender-se... etc.' ,(livros-sujeito, predicado-vão-se); ou: 'acelera-se as despesas...' (José Alberto Carvalho, TVI, 30/6 às 20 horas), se 'despesas' é o sujeito, o predicado será 'aceleram-se'; ou: 'vai surgir boatos...' (Armando Gama num programa de Fátima Lopes em 28/6. Honra lhe seja, corrigiu imediatamente, o mesmo aconteceu com uma calinada de Fátima no verbo 'ir' mas que também corrigiu no momento), se o sujeito 'boatos' está no plural o verbo também tem que o estar, como é mais do que óbvio; ou: 'não existe parques' (ouvido há tempos numa televisão), o mesmo erro permanentemente; ou ainda: 'vai haver filmes em reposição', este é um erro continuado que não há meio de ser corrigido nem por mais uma! Se substituirmos o Haver pelo Existir (que aqui significam o mesmo) a frase então fica uma autêntica "maravilha" ...: 'vai existir filmes em reposição'...
Com o verbo HAVER é uma desgraça. Lá porque este verbo quando significa existir não se conjuga, todos esses que falam e escrevem por aí, resolvem não conjugar o verbo principal da oração, esquecendo-se de que o Haver nestes casos é o auxiliar e como tal permanece no infinitivo, mas jamais o verbo principal! E não se trata só do verbo Haver. Desde há décadas que não conjugam convenientemente os verbos principais inseridos numa oração! A grafia e a verbalização dos dois verbos, para eles é a mesma coisa, isto é, empregam o principal e o auxiliar na terceira pessoa do singular sem a mais pequena noção de que estão a cometer dois erros gramaticais e por extensão lexicais, crassos.
Tudo o que escrevi mais não é do que aquilo que aprendi há muito tempo e nunca mais esqueci, graças às excelentes professoras que felizmente tive a honra de ter como mestras.
Quanto ao verbo 'tratar' estou completamente d'acordo com o que escreveu. Terá certamente reparado que aqueles que vão às televisões, todos eles conjugam o verbo no plural, tenha ele um sujeito definido, indefinido ou abstracto! Agride os tímpanos do mais distraído. E a festa continua sem que haja sequer uma personagem instruída que os ensine. Os tratos de polé que sofre este verbo, (mais o principal que o acompanha) é inadmissível vindo de quem tem a obrigação de saber falar e escrever em bom português dados os cargos que ocupam. O mínimo que se lhes exige é respeito pelo cargo que desempenham, pela língua e por quem os vê e ouve cuja estimativa se cifra em muitos milhões de telespectadores em todo o mundo.
Quer-me cá parecer ou melhor, tenho a certeza que os fautores do AO (com os políticos à cabeça) querem à força que nós falemos e escrevamos como os brasileiros, que, como é sabido, sobretudo na oralidade não fazem a concordância dos verbos com os substantivos, em que numa única frase, metade é proferida no singular e outra metade no plural! E quanto ao 'você' e 'tu' na mesma proposição, é de bradar aos Céus. Maria
No que diz respeito ao Aborto Ortográfico penso que não houve acordo nenhum, mas sim um conluio dos nossos representantes no processo com os representantes brasileiros de forma a sermos levados a adoptar a ortografia deles. É obrigação dos portugueses com um mínimo de dignidade não acatar esta fantochada.
Quanto a alguns exemplos que apresenta já tenho alguma relutância em anuir.
Quando diz que a frase “vai vender-se todos os livros daquela livraria' deveria ser “vão vender-se todos os livros daquela livraria”, repare que os livros não são o sujeito. Os livros não vendem nada, nem se vendem a si próprios. O agente da acção, embora indeterminado, é a pessoa que vai vender os livros. Logo, o verbo ir deve ficar na terceira pessoa do singular.
Já no exemplo “vai surgir boatos” tem razão. O correcto é “vão surgir boatos”. Aqui os boatos são o agente de uma acção descrita por uma forma verbal composta “ir surgir", ou seja, os boatos são o sujeito, pelo que o verbo “ir” deve conjugar-se no plural, ficando o verbo surgir no infinitivo.
20 comentários:
Padecemos de um problema que, malfadadamente, faz parte do nosso ADN cultural : a evidência demora décadas a evidenciar-se.
na rtp escrevem direto, na tvi aparece directo.
numa altura de crise financeira nada melhor que fazer novos livros.
preferível emendar os livros nas aulas
DEVE-SE ANULAR O ACORDO. JÁ!!!
Isto está a acontecer devido à qualidade do povo português.
Se todos deixassem de comprar jornais, livros, revistas e qualquer publicação que estivesse escrita com a ortografia do acordo; se todos deixassem de ligar aos canais de TV que tivessem as legendas com a ortografia do acordo,como há muito venho fazendo, eram os escritores, as editoras, as administrações dos jornais, das editoras de revistas e dos canais de TV que de pronto imporiam aos salafrários políticos o abandono do acordo, sob pena de terem de fechar o negócio.
Infelizmenteos portugueses só têm habilidade para aquilo que não deviam ter.
O fato de não se saber quando usar fato ou fato está no problema de não se saber que fato usar. Porque fatos e fatos são duas coisas completamente diferentes de fato. Com fato ou sem fato.
Os gramscianos tudo fizeram e tudo conseguiram destruir em Portugal desde 1974 na Totaler Krieg à cultura e tudo o resto, mas faltava o último resquício do último vestígio da portugalidade do ex-império que ficou espalhado pelo mundo, a língua. Conseguiram destruír substituí-la pelo brasileiro, língua que nem sequer existe mas não interessa porque para os herdeiros da escola de Frankfurt importa apenas a destruição do que está, o que vem depois não interessa e quanto mais absurdo melhor. Parabéns. Depois da bancarrota sócrates talvez a ortografia sócrates?
Merkwürdig
O grande país-continente, onde o português impera e prospera, está-se a cagar para o grande passe subserviente dado cá a favor do horrendo e pseudoconvergente 'acordo'.
Tambem não gosto do Acordo,mas não sei se a "escritora" Pedrosa,que tão adequadamente poisa no "Correio", não deveria regressar à Primária. Diz-se "que se vai deitar livros fora" ou "que se vão deitar livros fora"? E a concordanciazinha?
sR dR jOÃO gONÇALVES:
...Quado todos acordarem, o lídimo pátrio português ESTÁ MORTO, EM IN-FÓLIOS AMARELENTOS ENTERRADO...SÓ UMA SAÍDA -- ressuscitá_lo ATRAVÉS DA trans_gres_são!!!! triste fétero, EM PARADOXAL tempo de Esperanças!
Quem faz a língua?: -- Os doutores, ou as gentes? A Tv, ou o povo? (a propósito do anterior 'comment') 'a sandice dos comentários' (diz Fernanda Valente) -- enfie a quem couber a carapuça... 'Carreira académica' (diz Fernanda Valente...) -- Aquilino e Camilo 'aprenderam' com a nata ou a flor do falar português democrático ou seja com O POVO!!! Nada, de nada, tiveram a ver, nem quiseram (ostensivamente) ter a ver com 'académicos'. Que são quem doutrina e instila o veneno do falejar acordado com tricas e minudências. E em última análise 'querem impor 'lei'... Não bastava a tv bombardear-nos com aleivosias, temos agora o mundo Web escorreito e 'light'. Factos... Se as gentes dizem facto, porquê fato? Discutam e discutam que não vão ao fundo da questão, que é: que o simples povilhéu mexilhão é que está a ser atacado com os acordados. O resto é verniz que não abala a estrutura. Entretenham-se, deslindem, esquadrinhem, que não vão ao fundo da questão. Escrevo e escreverei com os filhos da língua mãe, matriz bebida com leite da mama da mãe física.
/ comentário aposto no facebook às 14h 18'
Plenamente d'acordo com o comentador das 12.53.
A gramática portuguesa, a verdadeira gramática, a anterior a Abril/74, esclareça-se, estabelece sem margem para qualquer dúvida, no que se refere à divisão e classificação dos termos de uma oração, que o predicado/verbo tem obrigatòriamente de CONCORDAR com o sujeito /substantivo, seja este explícito ou indefinido/abstracto.
Por consequência esta frase da senhora Pedrosa está mal construída, o que para uma pessoa que se diz escritora... é no mínimo escandaloso.
Mas não é só ela que o faz, pràticamente todas as personagens que discursam nas televisões: políticos, doutores, arquitectos, engenheiros, cientistas, professores, alguns escritores(!), jornalistas e um larguíssimo etc., sem esquecer os subtítulos dos documentários nos vários canais e o perfeito escândalo da televisão estatal adoptar o aborto ortográfico até no seu logotipo!! - e o que é mais vergonhoso é que a maior parte destes tem idade para ter feito a escolaridade no anterior regime!, regime este que, no que diz respeito à educação/instrução era rigorosíssimo e em virtude disso com resultados brilhantes como é do conhecimento de todos, facto que este regime não pode desmentir - assassina-a diàriamente, o que não só é inadmissível como causa repulsa a quem ouve ou lê este perfeito ultrage à nossa língua materna.
Deus salve a língua portuguesa do ataque dos apatridas e traidores que vieram para o nosso país com o fim, dentre outros crimes gravíssimos, de a destruir pela raíz.
Obs.: Pela pena da senhora Pedrosa, lê-se: "... se vai deitar livros fora...' - se o sujeito é LIVROS e está no plural, o predicado é VÃO (e não 'VAI'), porque tem de forçosamente concordar com o sujeito.
Não sei porque razão a escritora escreveu correctamente: "... as pessoas vão deixar de saber escrever." e não, segundo a sua lógica, como erradamente o fez na oração anterior: "... as pessoas VAI(!) deixar de saber escrever." ou, também correctamente, na primeira proposição do parágrafo: "Os alunos VAI aprender a nova ortografia"... Seria 'lindo' se assim fora..., mas aos seus ouvidos, em ambos os casos, a sematologia deve ter-lhe parecido demasiadamente estranha e lá acertou na sua composição. Já não está mal. Há pior.
Maria
Pelo menos que se saiba alguma coisa sobre o tema que se comenta. A palavra «facto» continuará a manter, com o acordo ortográfico, o «c» antes do «t» pela simples razão de que no português europeu esse «c» é pronunciado.
Caro anónimo das 6.43PM:
Não obstante concordar, completamente, com o seu ponto de vista, sobre o crime de destruição da Língua Portuguesa, a que, eufemisticamente, chamam acordo ortográfico, já não posso concordar com algumas observações ou reparos sintácticos que faz na frase “…se vai deitar livros fora…”, visto o termo “livros” não ser o sujeito na referida frase, mas fazer parte do complemento directo. Por outro lado, e com o devido respeito, a sua frase “ não sei porque razão a escritora escreveu correctamente…” contém um erro grave de sintaxe, visto a frase correcta ser “não sei por que razão a escritora escreveu correctamente “ e não “ não sei porque razão a escritora escreveu correctamente .“
Comentador das 12.08:
Tem razão na segunda chamada de atenção, pormenor que me escapou não sei como. Se estiver habituado a ler o que modestamente me permito escrever aqui e ali, terá certamente reparado que nunca troco o 'porque' pelo 'por que' e vice-versa. Isto pela seguinte razão: o 'porque' (conjunção) não é passível de ser confundido com o 'por que' (preposição e pronome relativo).
(já que falo em preposições, aproveito esta oportunidade, o que ando para fazer há anos, para as deixar por extenso, já que quase ninguém - dos que vão às televisões, os que escrevem os respectivos subtítulos, escritores, jornalistas, etc., com honrosas excepções, do mais erudito palrador ao mais humilde comentador - as emprega. O que, convenhamos, é uma falta de respeito para com a língua portuguesa e, pior, empobrece terrìvelmente o nosso discurso oral ou escrito).
Preposições: a (não confundir com o artigo definido feminino singular, que também o é), ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, por, per, perante, sem, sob, sobre, trás (não confundir com o verbo TRAZER no presente do indicativo, 3ª pessoa do singular, embora esta pessoa do verbo se deva escrever com um Z, mas parece que agora (desde há vinte ou trinta anos, claro) todos o fazem erròneamente com S..., isto, como é evidente, para facilitar a vida aos adeptos do "acordo" e já agora aos analfabetos dos políticos que o promoveram, aos linguístas que o geraram e aos professores que inacreditàvelmente o adoptaram).
Quanto ao que refere em primeiro lugar, peço desculpa mas não concordo.
Para se saber se uma proposição está correctamente elaborada (quando há dúvidas), basta alterar os termos da mesma e verificar-se-á imediatamente se está certa ou errada. Senão, vejamos a frase com os termos trocados - o que dá o mesmíssimo sentido à oração, ainda que escrita diferentemente:
"... livros (sujeito) VÃO-SE (predicado) deitar fora..."
Nunca por nunca ser poderíamos escrever esta frase correctamente do seguinte modo:
"... livros VAI-SE deitar fora..."
E muito obrigada pela sua oportuna achega.
Maria
Humildemente, peço desculpa ,Maria,mas "livros", no último exemplo que dá, continua a não ser o sujeito dessa proposição.
«o que vai acontecer é que se "vai" deitar livros fora e as pessoas vão deixar de saber escrever»
Esta construção de Inês Pedrosa está correcta. Concretamente, a forma “vai”, aqui evidenciada, deve ser usada no singular e não no plural.
Nesta frase, o sujeito não tem a ver com os livros. O verbo "ir" tem aqui o carácter de verbo impessoal, visto que a acção não pode ser atribuída a nenhuma pessoa gramatical, não necessariamente uma pessoa humana.
Nestas circunstâncias, o verbo deve ser conjugado na terceira pessoa do singular.
Não acontece apenas neste caso. O critério aplica-se a outros verbos, de que é exemplo mais frequente o verbo “haver”. Quando usado no sentido de existir não tem plural. "Contra factos não há argumentos". Aqui não tem plural, pois não faria sentido dizer "Contra factos não hão argumentos" !
Mas também acontece frequentemente com o verbo “tratar”. Este verbo também pode ser empregue como impessoal e nessas ocasiões não tem plural. Tem plural quando se diz, por exemplo, "estes livros tratam de assuntos muito interessantes", porque aqui o verbo é pessoal (os livros constituem a pessoa gramatical). Mas não tem plural quando se diz : "trata-se de assuntos muitos interessantes", porque apesar de o complemento vir no plural, o verbo aqui é impessoal. Logo, fica no singular.
Note-se que o verbo "tratar" é usalmente pessoal (os médicos tratam os doentes), mas em certas construções torna-se impessoal (trata-se de questões muito difíceis).
No geral, os verbos impessoais podem ser "essencialmente impessoais" quando são impessoais no seu sentido usual, tal como chover, nevar, amanhecer, etc... visto que nunca são associados a uma pessoa gramatical.
No entanto, verbos que no seu sentido usual são pessoais, podem ser "acidentalmente impessoais" em certas construções. Por exemplo, "fazer" costuma ser verbo pessoal mas pode ser impessoal quando dizemos "faz anos que não o vejo". Aqui é obrigatória a terceira pessoa do singular.
Falou-se do FATO, como se fosse sempre FATO, mesmo quando é FACTO.
O FACTO continua, pois a consoante (C)não é muda, lê-se!.
Para quem não compreende que a língua é e está viva,porque não defendem que se deve escrever como nos primórdios da República? Ah...aceitam essa mudança, porque nasceram depois dela.
Então façam um pequeno esforço e aceitem esta.
Joaquim Costa
A língua é viva mas certas alterações não fazem mais do que matá-la.
Foi o que fizeram os ignorantes brasileiros à língua portuguesa e só um português desnaturado aceita participar em tal matança.
Jorge Oliveira,
Muito grata pelos seus avisados esclarecimentos.
Se me permite discordo num ponto, mas esta é a minha opinião.
A segunda oração, pelo facto de possuir dois verbos conjugados na mesma pessoa (e mesmo que tal não acontecesse), ou seja 'VAI acontecer' e 'se VAI deitar', tem obrigatòriamente que ser dividida em duas proposições. Cada oração só comporta um verbo conjugado, o segundo tem que estar ou no infinitivo ou no particípio passado. (Se houver mais verbos numa só oração além dos dois mencionados, eles terão que estar nos dois tempos acima citados). E porque assim acontece, na terceira oração existe um sujeito que é 'livros' e se ele existe e está no plural, o respectivo predicado tem que absolutamente concordar com ele, portanto também no plural. Isto pela simples razão de que não estamos perante um sujeito indefinido ou abstracto.
Por exemplo, não se pode escrever a seguinte frase deste modo: 'vai vender-se todos os livros daquela livraria' mas sim 'vão vender-se... etc.' ,(livros-sujeito, predicado-vão-se); ou: 'acelera-se as despesas...' (José Alberto Carvalho, TVI, 30/6 às 20 horas), se 'despesas' é o sujeito, o predicado será 'aceleram-se'; ou: 'vai surgir boatos...' (Armando Gama num programa de Fátima Lopes em 28/6. Honra lhe seja, corrigiu imediatamente, o mesmo aconteceu com uma calinada de Fátima no verbo 'ir' mas que também corrigiu no momento), se o sujeito 'boatos' está no plural o verbo também tem que o estar, como é mais do que óbvio; ou: 'não existe parques' (ouvido há tempos numa televisão), o mesmo erro permanentemente; ou ainda: 'vai haver filmes em reposição', este é um erro continuado que não há meio de ser corrigido nem por mais uma!
Se substituirmos o Haver pelo Existir (que aqui significam o mesmo) a frase então fica uma autêntica "maravilha" ...: 'vai existir filmes em reposição'...
Com o verbo HAVER é uma desgraça. Lá porque este verbo quando significa existir não se conjuga, todos esses que falam e escrevem por aí, resolvem não conjugar o verbo principal da oração, esquecendo-se de que o Haver nestes casos é o auxiliar e como tal permanece no infinitivo, mas jamais o verbo principal! E não se trata só do verbo Haver. Desde há décadas que não conjugam convenientemente os verbos principais inseridos numa oração! A grafia e a verbalização dos dois verbos, para eles é a mesma coisa, isto é, empregam o principal e o auxiliar na terceira pessoa do singular sem a mais pequena noção de que estão a cometer dois erros gramaticais e por extensão lexicais, crassos.
Tudo o que escrevi mais não é do que aquilo que aprendi há muito tempo e nunca mais esqueci, graças às excelentes professoras que felizmente tive a honra de ter como mestras.
Quanto ao verbo 'tratar' estou completamente d'acordo com o que escreveu. Terá certamente reparado que aqueles que vão às televisões, todos eles conjugam o verbo no plural, tenha ele um sujeito definido, indefinido ou abstracto! Agride os tímpanos do mais distraído. E a festa continua sem que haja sequer uma personagem instruída que os ensine. Os tratos de polé que sofre este verbo, (mais o principal que o acompanha) é inadmissível vindo de quem tem a obrigação de saber falar e escrever em bom português dados os cargos que ocupam. O mínimo que se lhes exige é respeito pelo cargo que desempenham, pela língua e por quem os vê e ouve cuja estimativa se cifra em muitos milhões de telespectadores em todo o mundo.
Quer-me cá parecer ou melhor, tenho a certeza que os fautores do AO (com os políticos à cabeça) querem à força que nós falemos e escrevamos como os brasileiros, que, como é sabido, sobretudo na oralidade não fazem a concordância dos verbos com os substantivos, em que numa única frase, metade é proferida no singular e outra metade no plural! E quanto ao 'você' e 'tu' na mesma proposição, é de bradar aos Céus.
Maria
Maria :
Parece que estamos de acordo em quase tudo.
No que diz respeito ao Aborto Ortográfico penso que não houve acordo nenhum, mas sim um conluio dos nossos representantes no processo com os representantes brasileiros de forma a sermos levados a adoptar a ortografia deles. É obrigação dos portugueses com um mínimo de dignidade não acatar esta fantochada.
Quanto a alguns exemplos que apresenta já tenho alguma relutância em anuir.
Quando diz que a frase “vai vender-se todos os livros daquela livraria' deveria ser “vão vender-se todos os livros daquela livraria”, repare que os livros não são o sujeito. Os livros não vendem nada, nem se vendem a si próprios. O agente da acção, embora indeterminado, é a pessoa que vai vender os livros. Logo, o verbo ir deve ficar na terceira pessoa do singular.
Já no exemplo “vai surgir boatos” tem razão. O correcto é “vão surgir boatos”. Aqui os boatos são o agente de uma acção descrita por uma forma verbal composta “ir surgir", ou seja, os boatos são o sujeito, pelo que o verbo “ir” deve conjugar-se no plural, ficando o verbo surgir no infinitivo.
Espero ter sido claro.
Cumprimentos
Jorge Oliveira.
Tem todo o direito de não concordar com a minha opinião e de exprimi-la publicamente.
Não tem é o direito de me insultar.
"desnaturada" é a sua mãezinha.
Joaquim Costa
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