Do Torquato da Luz, um querido Amigo e "velho" Reformador dos idos de 79, a quem não consigo arrancar as memórias. E que memória.
Vontade de partir, de largar tudo,
de acordar amanhã num hotel em Veneza,
de esquecer o passado, o futuro, o mundo
e baralhar as cartas expostas na mesa.
Vontade de zarpar, de abandonar
as mínimas coisas algum dia amadas
e procurar no mapa das estradas
o que teima em faltar.
Vontade de abalar sem um aceno
sequer de despedida
e de um modo expedito mas sereno
recomeçar a vida.
7 comentários:
Um sentimento inerente atodos que pensam. Gostei.
Um belo e significativo poema de alguém que há muito não vejo.
O forte abraço de sempre, caro João!
As memórias, essas, ficam para a próxima incarnação...:)
Gosto do aspecto e do resultado geral do seu (dele) 'Blog'; e as ilustrações perfazem o resto, ajudando-me; pois não sou suficientemente conhecedor e dado à poesia. Poeta em lugar de "versejador", com o Sr. referiu em Maio de 2010 na Barata.
Ass.: Besta Imunda
Touché!
(...)l'interminable ennui(...)
Rimas a mais :-)
Muito bonito, como todos os poemas deste Senhor.
Nele pressente-se angústia, tristeza, mágoa - talvez desespero. Sentimentos que habitam em muitos de nós, mas só a sensibilidade de um poeta consegue transmiti-los com a verdade que a alma humana encerra.
Maria
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