Estava a ler ao almoço o livrinho de Eduardo Cintra Torres, A Televisão e o Serviço Público. Deparei-me com uma frase. «O conceito de qualidade, em relação à TV, cria um bloqueio intelectual aos autores e comentadores das elites cultas, que tendem a confundir qualidade com o (seu) gosto.» Por exemplo, ainda não vi nenhum comentador "das elites cultas" (se calhar por distracção minha, porque não vivo agarrado ao ecrã, e alguém poderá ter intervalado o "financês" - a lingua franca em vigor - com o tema) "comentar" o chamado affair Murdoch e o que ele revela de instintualmente repugnante em qualquer parte do mundo, civilizado ou não. Mas não devemos interferir no conceito de qualidade (mesmo quando ele é "impreciso") de cada um.
8 comentários:
PRECONCEITO
Ou talvez receio,que se comessem a abrir os alçapões!
Murdoch é lixo dourado, e nenhum culto quer comentar lixo dourado, deixam isso para as cronicas cor-de-rosa.
Permitam-me ser advogado de defesa do Diabo. Ele referia-se, concerteza, ao elemento técnico das produções, não ao contéudo das mesmas. A evolução tem sido enorme, nos últimos anos. Claro que o contéudo sofre. A publicidade assim obriga. Como em quase tudo, o povo tem o que merece...
Não se percebe o sentido deste post. Mas percebe-se que o autor tem um complexo qualquer quando escreve a palavra entalada: "financês". Podia ter escrito "eduquês". Só não o fez porque de momento esta não é a luz de ribalta.
Enfim, escrever não custa.
Se as "Carochas" "comessassem" a escrever bem é que "hera"...
Vá-se catar Anónimo
nunca cometeu um erro?
Tão preocupado comigo!!!
"...as elites que tendem a confundir qualidade com o (seu) gosto". Well said. Passa-se exactamente o mesmo no domínio da arquitectura. Tanto arquitecto "de renome" a projectar tanta "qualidade" e o nosso território cada vez mais bruto e desconfortável...
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